Histórico

A Paróquia Santo André, foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, fundada em 20 de junho de 1971, tem como padroeiro o Apóstolo André, santo que a Igreja celebra sua memória no dia 30 de novembro, data de seu martírio. No dia 30 de novembro de 2014, Dom Redovino Rizzardo elevou à qualidade de paróquia, nomeando o primeiro pároco, o Padre Otair Nicoletti. A equipe de Coordenação do Conselho Comunitário de Pastoral - CCP está formada pelas seguintes pessoas: Coordenação: Laudelino Vieira, Paulo Crippa; Assuntos Econômicos: José Zanetti, Valter Claudino; Secretaria: Marcus Henrique e Naiara Andrade.

sábado, 31 de março de 2012

NOTÍCIAS: CATEQUESE PROMOVE ENCONTRO COM PAIS

A Pastoral da Catequese da Comunidade Santo André, promoveu na noite (19h30) do sábado, dia 31 de março, o primeiro encontro com pais de catequizandos(as). Os encontros acontecerão sempre no último sábado de cada mês, no salão superior do Centro de Formação.
A coordenadora da Catequese, Rosângela, apresentou a equipe de catequistas, mencionando o nome e a turma que catequiza. O tema principal da noite, sobre a Campanha da Fraternidade, tendo como a leitura bíblica do Bom Samaritano, como pano de fundo da reflexão e aproveitou o momento para falar da Semana Santa, foi abordado pela catequista Sidneide. Estava presente neste encontro o vigário paroquial, o padre Leão, que fez importantes colocações.


NOTÍCIAS: REUNIÃO DE ANIMADORAS DE PEQUENAS COMUNIDADES CRISTÃS


Na tarde do sábado (31/03), aconteceu a reunião mensal com animadoras e animadores de pequenas comunidades cristãs (grupos de reflexão, círculos bíblicos, terços) da Comunidade Santo André. Com a presença do pároco Padre Rubens, que acompanhou a reunião coordenada pela Linéia e José Vieira, foram abordados diversos assuntos.
1. Missa e Encerramento dos Encontros em famílias durante a Quaresma: realizará na terça-feira santa (03 de abril), às 19 horas. No setor Sagrada Família e Nossa Senhora das Graças, será na casa do casal João Augusto e Nevelcina (rua Cuiabá, n.º 3226); no setor Rainha da Paz e Mãe Peregrina, a residência escolhida foi da família do sr. Alvino e Marisete (Rua Palmeiras, 583). Levar a Bíblia.
2. Distribuição dos Ministros da Eucaristia nos setores:
- Setor Mãe Peregrina - Rosangela, Teresinha, Dionísia
- Setor Rainha da Paz - Mirian, Evanilda, Raimundo
- Setor Nossa Senhora das Graças - Bete, Nivaldo, Gertrudes
- Setor Sagrada Família - Derci, Marcos, João Viegas
3. Coordenação de Missa
Todos os meses quando houver o 5º domingo, as Pequenas Comunidade coordenará a liturgia da missa matutina (8h). Em 2012, os meses serão abril (29), julho (29), setembro (30) e dezembro (30). Em razão da primeira missa acontecer no dia 29 de abril, as pessoas envolvidas na coordenação da missa se reunirão para preparar a liturgia no dia 21 de abril, às 15h, no salão de reunião.
4. Semana Santa
Foi comunicado a programação das atividades litúrgicas da semana santa que acontecerão na comunidade Santo André. Destacando a participação das pequenas comunidades na coordenação de uma hora de adoração ao Santíssimo, já na manhã da sexta-feira, das 6 às 7 na igreja.
5. Próxima reunião de animadoras(as): dia 28 de abril, às 15h.

sexta-feira, 30 de março de 2012

PRIORIDADES: MENSAGEM DO PAPA AOS JOVENS


Mensagem do Papa Bento XVI para a 27ª Jornada Mundial da Juventude

«Alegrai-vos sempre no Senhor!» (Fil 4,4)

Queridos jovens,

Fico feliz em dirigir-me novamente a vocês, em ocasião do XXVII Dia Mundial da Juventude. A recordação do encontro em Madri, em agosto passado, permanece muito presente no meu coração. Foi um extraordinário momento de graça, no qual o Senhor abençoou os jovens presentes, vindos do mundo inteiro. Dou graças a Deus por tantos frutos que fez nascer naqueles dias e que no futuro não deixarão de multiplicar-se para os jovens e para as comunidades as quais pertencem. Agora, estamos já nos orientando para o próximo encontro no Rio de Janeiro, em 2013, que terá como tema “Ide, pois, fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28, 19).
Este ano, o tema do Dia Mundial da Juventude nos é dado de uma exortação da Carta de São Paulo apóstolo aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor!” (4,4). A alegria, de fato, é um elemento central da experiência cristã. Também durante cada Jornada Mundial da Juventude fazemos a experiência de uma alegria intensa, a alegria da comunhão, a alegria de ser cristãos, a alegria da fé. Esta é uma das características destes encontros. E vemos a grande força atrativa que essa tem: num mundo muitas vezes marcado pela tristeza e inquietude, é um testemunho importante da beleza e da confiabilidade da fé cristã.
A Igreja tem a vocação de levar ao mundo a alegria, a alegria autêntica e duradoura, aquela que os anjos anunciaram aos pastores de Belém na noite do nascimento de Jesus (cfr Lc 2,10): Deus não só falou, não só realizou prodígios na história da humanidade, mas Deus se fez próximo, fazendo-se um de nós e percorreu todas as etapas da vida do homem. 
No difícil contexto atual, tantos jovens em torno a nós têm uma grande necessidade de sentir que a mensagem cristã é uma mensagem de alegria e de esperança! Gostaria de refletir com vocês, então, sobre as estradas para encontrá-la, a fim que possam vivê-la sempre mais em profundidade e que vocês possam ser mensageiros entre aqueles que estão a sua volta.

1. O nosso coração é feito para a alegria
A inspiração à alegria está impressa no intimo do ser humano. Além da satisfação imediata e passageira, o nosso coração busca a alegria profunda, plena e duradoura, que pode dar ‘sabor’ à existência. E aquilo que vale, sobretudo, para vocês, para a juventude é um período de continua descoberta da vida, do mundo, dos outros e de si mesmos. É um tempo de abertura em direção ao futuro, no qual se manifestam os grandes desejos de felicidade, de amizade, de partilha e de verdade, no qual si é movido por ideais e se concebem projetos.
E cada dia são tantas as alegrias simples que o Senhor nos oferece: a alegria de viver, a alegria diante da beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro. E se olhamos com atenção, existem tantos motivos de alegria: os belos momentos de vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e o alcance de bons resultados, o apreço por parte de outros, a possibilidade de expressar-se e de sentir-se capaz, a sensação de ser úteis ao próximo. E depois, a conquista de novos conhecimentos mediante os estudos, a descoberta de novas dimensões por meio de viagens e encontros, a possibilidade de fazer projetos futuros. Mas também a experiência de ler uma obra literária, de admirar um grande trabalho de arte, de escutar e tocar música ou de ver um filme podem produzir em nós verdadeiras alegrias. 
Cada dia, porém, nos deparamos também com tantas dificuldades e nos corações existem preocupações para com o futuro, ao ponto que podemos nos perguntar se a alegria plena e duradoura a qual aspiramos não é talvez uma ilusão e uma fuga da realidade. São muitos os jovens que se interrogam: é realmente possível a alegria plena nos dias de hoje? E esta busca percorre várias estradas, algumas das quais se revelam erradas ou pelo menos perigosas. Mas como distinguir as alegrias realmente duradouras dos prazeres imediatos e enganosos? Como encontrar a verdadeira alegria na vida, aquela que dura e não nos abandona também nos momentos difíceis?

2. Deus é a fonte da verdadeira alegria
Na realidade as alegrias autênticas, aquelas pequenas do cotidiano ou aquelas grandes da vida, encontram toda sua origem em Deus, mesmo se não parece à primeira vista, porque Deus é comunhão de amor eterno, é alegria infinita que não permanece fechada em si mesma, mas se expande naqueles que Ele ama e que o amam. Deus nos criou à sua imagem por amor e para derramar sobre nós este Seu amor, para encher-nos com sua presença e sua graça.
Deus quer fazer-nos participantes de sua alegria, divina e eterna, fazendo-nos descobrir que o valor e o sentido profundo da nossa vida está no ser aceito, acolhido e amado por Ele, e não com uma acolhida frágil como pode ser aquela humana, mas com um acolhimento incondicional como é aquela divina: eu sou querido, tenho um lugar no mundo e na história, sou amado pessoalmente por Deus. E se Deus me aceita, me ama e eu me torno seguro, sei de modo claro e certo que é bom que eu seja, que exista.
Este amor infinito de Deus por cada um de nós se manifesta de modo pleno em Jesus Cristo. Nele se encontra a alegria que buscamos. No Evangelho, vemos como os eventos que marcam o início da vida de Jesus são caracterizados pela alegria. Quando o anjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que será mãe do Salvador, inicia com esta palavra: “Alegra-te” (Lc 1,28). No nascimento de Jesus, o anjo do Senhor diz aos pastores: “Eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é Cristo Senhor” (Lc 2,11). 
E os magos que procuravam o menino, “a aparição daquela estrela se encheram de profunda alegria” (Mt 2,10). O motivo desta alegria é, portanto, a aproximação de Deus, que se fez um de nós. E é isto que queria dizer São Paulo quando escreveu aos cristãos de Filipo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo”. (Fil 4,4-5). A primeira causa da nossa alegria é a proximidade do Senhor, que me acolhe e me ama.
E, de fato, do encontro com Jesus nasce sempre uma grande alegria interior. Nos Evangelhos podemos ver isso em muitos episódios. Recordamos a visita de Jesus a Zaqueu, um cobrador de impostos desonesto, um público pecador, ao qual Jesus diz: “é preciso que eu hoje fique em tua casa”. E Zaqueu, diz São Lucas, “recebeu-o alegremente” (Lc 19,5-6). É a alegria do encontro com o Senhor; é o sentir o amor de Deus que pode transformar toda a existência e levar a salvação. E Zaqueu decide mudar de vida e dar a metade de seus bens aos pobres.
Na hora da paixão de Jesus, este amor se manifesta em toda sua força. Nos últimos momentos de sua vida terrena, na ceia com os seus amigos, Ele diz: “Como o pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor... Disse-vos essas coisas para que a minha alegria seja completa” (Jo 15,9.11). Jesus quer introduzir seus discípulos cada um de nós na alegria plena, aquela que Ele partilha com o Pai, porque o amor com o qual o Pai o ama esteja em nós (cfr. Jo 17,26). A alegria cristã é abrir-se a este amor de Deus e pertencer a Ele.
Narram os Evangelhos que Maria Madalena e outras mulheres foram visitar a tumba onde Jesus foi colocado depois de sua morte e receberam de um Anjo o anuncio incrível, aquele de sua ressurreição. Então deixaram rapidamente o sepulcro, escreve o evangelista, “com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria” correram para dar boa notícia aos discípulos. E Jesus veio ao encontro deles e disse: “Salve!” (Mt 28,8-9). É a alegria da salvação que é oferecida a eles: Cristo vive, é Aquele que venceu o mal, o pecado e a morte. Ele está presente em meio a nós como o Ressuscitado, até o fim do mundo (cfr Mt 28,20). O mal não deu a última palavra sobre a nossa vida, mas a fé em Cristo Salvador nos diz que o amor de Deus vence.
Esta alegria profunda é o fruto do Espírito Santo que nos torna filhos de Deus capazes de viver e de provar sua bondade, de voltar-nos a Ele com o termo “Abbà”, Pai (cfr Rm 8,15). A alegria é sinal de sua presença e de sua ação em nós.

3. Conservar no coração a alegria cristã
Neste ponto, nos perguntamos: como receber e conservar este dom da alegria profunda, da alegria espiritual?
Um Salmo nos diz: “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração” (Sal 37,4). E Jesus explica que “o Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai vende tudo o que tem para comprar aquele campo” (Mt 13,44). Encontrar e conservar a alegria espiritual nasce do encontro com o Senhor, que pede para segui-Lo, para fazer a escolha decisiva de voltar tudo para Ele. 
Queridos jovens, não tenhais medo de colocar à disposição toda a vossa vida, dando espaço para Jesus Cristo e seu Evangelho; é a estrada para haver a paz e a verdadeira felicidade no íntimo de nós mesmos, é a estrada para a verdadeira realização de nossa existência de filhos de Deus, criados à Sua imagem e semelhança.
Busquem a alegria no Senhor: a alegria da fé, é reconhecer cada dia sua presença, sua amizade: “O Senhor está próximo!” (Fil 4,5); é colocar nossa confiança Nele, é crescer no conhecimento e no amor Dele. O ‘Ano da fé’, que daqui alguns meses iniciaremos, será para nós ajuda e estímulo. Queridos amigos, aprendam a ver como Deus age em suas vidas, descubram-O escondido no coração dos acontecimentos do seu cotidiano. Creiam que Ele é sempre fiel à aliança que fez convosco no dia do vosso batismo. Saibam que não vos abandonará jamais. Volteis sempre o olhar para Ele. Na Cruz, doou sua vida porque ama cada um de vocês.  
A contemplação de um amor assim grande leva aos nossos corações uma esperança e uma alegria que nada pode abater. Um cristão não pode ser jamais triste porque encontrou Cristo, que deu a vida por ele.
Buscar o Senhor, encontrá-lo na vida, significa também acolher sua Palavra, que é alegria para o coração. O profeta Jeremias escreve: “Vossa palavra constitui minha alegria e as delícias do meu coração” (Jer 15,16). Aprender a ler e meditar a Sagrada Escritura, ali encontra-se uma resposta às perguntas mais profundas de verdade que brotam em vossos corações e em vossas mentes. A palavra de Deus faz descobrir as maravilhas que Deus operou na história do homem e, pleno de alegria, abre-se ao louvor e à adoração: “Cantai ao Senhor... adoremos, de joelhos diante do Senhor que nos fez” (cfr Sal 95,1.6).
De modo particular, a Liturgia é um lugar por excelência no qual se exprime a alegria que a Igreja atinge do Senhor e transmite ao mundo. Cada domingo, na Eucaristia, a comunidade cristã celebra o Mistério central da salvação: a morte e ressurreição de Cristo. È este o momento fundamental para o caminho de cada discípulo do Senhor, no qual se rende presente o seu Sacrifício de amor; é a via na qual encontramos Cristo Ressuscitado, escutamos Sua Palavra, nos nutrimos de seu Corpo e Seu Sangue. 
Um Salmo afirma: “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!” (Salmo 117, 24). E na noite de Páscoa, a Igreja canta o Exultet, expressão de alegria pela vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte: “Exulta o coro dos anjos... Alegra-se a terra inundada de tão grande esplendor... e este templo todo ecoa para as proclamações do povo em festa!”. A alegria cristã nasce da consciência de ser amado por um Deus que se fez homem, que deu Sua vida por nós e venceu o mal e a morte; e é viver de amor para ele. Santa Teresinha do Menino Jesus, jovem carmelita, escreveu: “Jesus, minha alegria é amar-te!” (P. 45, 21 de janeiro de 1897, Op. Compl., pág. 708).

4. A alegria do amor
Queridos amigos, a alegria é intimamente ligada ao amor: são dois frutos inseparáveis do Espírito Santo (cfr Gal 5,23). O amor produz alegria, e a alegria é uma forma de amor. A beata Madre Teresa de Calcutá, fazendo ecoar as palavras de Jesus: “É maior felicidade dar que receber!” (At 20,35), dizia: “A alegria é uma rede de amor para capturar almas. Deus ama quem dá com alegria. E quem dá com alegria dá mais”. E o Servo de Deus Paulo VI escreveu: “Em Deus mesmo tudo é alegria, pois tudo é dom” (Exort. ap. Gaudete in Domino, 9 de maio de 1975).
Pensando aos vários ambientes da vida de vocês, gostaria de dizer-lhes que amar significa constância, fidelidade, ter fé nos empenhos. E este, em primeiro lugar, nas amizades: os nossos amigos esperam que sejamos sinceros, leais, porque o verdadeiro amor é perseverante também e, sobretudo, nas dificuldades. E o mesmo vale para o trabalho, os estudos e as atividades que desempenham. A fidelidade e a perseverança no bem conduzem à alegria, mesmo que ela não seja sempre imediata.
Para entrar na alegria do amor, somos chamados também a ser generosos, a não nos contentarmos em dar o mínimo, mas a empenhar-nos a fundo na vida, com uma atenção especial para com os mais necessitados. O mundo necessita de homens e mulheres competentes e generosos, que se colocam a serviço do bem comum. Empenhem-se nos estudos com seriedade; compartilhem seus talentos e os coloquem desde já a serviço do próximo. Busquem a maneira de contribuir para uma sociedade mais justa e humana, onde vocês estiverem. Que toda sua vida seja guiada pelo espírito do serviço, e não pela busca do poder, do sucesso material e do dinheiro.
A propósito da generosidade, não posso não mencionar uma alegria especial: aquela que se encontra na resposta à vocação de dar toda a vida ao Senhor. Queridos jovens, não tenham medo do chamado de Cristo para a vida religiosa, monástica, missionária ou ao sacerdócio. Estejam certos que Ele enche de alegria aquele que, dedicando a vida nesta perspectiva, responde ao seu envio deixando tudo para permanecer com Ele e dedicar-se de coração inteiramente a serviço dos outros. Do mesmo modo, grande é alegria que Ele reserva ao homem e à mulher que se doa totalmente um ou outro em matrimônio para constituir uma família e tornar-se sinal do amor de Cristo por sua Igreja.
Quero destacar novamente um terceiro elemento para entrar na alegria do amor: fazer crescer em suas vidas e na vida de suas comunidades a comunhão fraterna. Existe uma estreita ligação entre a comunhão e a alegria. Não é por acaso que São Paulo escreve sua exortação no plural: não se dirige a cada um singularmente, mas afirma: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fil 4,4). Somente juntos, vivendo a comunhão fraterna, podemos experimentar esta alegria. O livro dos Atos dos Apóstolos descreve assim a primeira comunidade cristã: “Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e simplicidade de coração” (At 2,46).  Empenhem-se vocês também a fim que as comunidades cristãs possam ser lugares privilegiados de partilha, de atenção e de cuidado um com o outro.

5. A alegria da partilha
Queridos amigos, para viver a verdadeira alegria é preciso também identificar com atenção quem está longe. A cultura atual induz muitas vezes a buscar objetivos, realizações e prazeres imediatos, favorecendo mais o inconstante que a perseverança no cansaço e a fidelidade aos empenhos.
As mensagem que vocês recebem impulsionam-lhes a entrar na lógica do consumo, provendo uma felicidade artificial. A experiência ensina que ter não coincide com a alegria: existem tantas pessoas que, mesmo tendo tantos bem materiais em abundância, estão sempre assombradas pelo desespero, pela tristeza e sentem um vazio na vida. Para permanecer na alegria, somos chamados a viver no amor e na verdade, a viver em Deus.
E a vontade de Deus é que nós sejamos felizes. Por isso, nos foram dadas indicações concretas para o nosso caminho: os Mandamentos. Observando-os, nós encontramos a estrada da vida e da felicidade. Mesmo que à primeira vista possa parecer um conjunto de proibições, quase um obstáculo à liberdade, se os meditamos mais atentamente, à luz da Mensagem de Cristo, estes são um conjunto de essenciais e preciosas regras de vida que conduzem a uma existência feliz, realizada segundo o projeto de Deus. 
Quantas vezes, ao contrário, constamos que construir a vida ignorando Deus e Sua vontade leva à desilusão, tristeza, sensação de derrota. A experiência do pecado, como a recusa a segui-Lo, como uma ofensa à sua amizade, traz sombra aos nossos corações.
Mas se às vezes o caminho cristão não é fácil e o empenho de fidelidade ao amor do Senhor encontra obstáculos ou registra quedas, Deus, em sua misericórdia, não nos abandona, mas nos oferece sempre a possibilidade de retornar a Ele, de nos reconciliarmos com Ele, de experimentarmos a alegria do Seu amor que perdoa e acolhe novamente.  
Queridos jovens, recorram sempre ao Sacramento da Penitência e da Reconciliação! Este é o Sacramento da alegria reencontrada. Peçam ao Espírito Santo a luz para saber reconhecer seus pecados e a capacidade de pedir perdão a Deus, recebendo este Sacramento com freqüência, serenidade e confiança. O Senhor abre sempre Seus braços a vocês, vos purificará e vos fará entrar em Sua alegria: Haverá alegria no céu mesmo que por um só pecador que se converte (cfr Lc 15,7).

6. A alegria nas provas
Por fim, porém, poderá permanecer em nosso coração a pergunta se realmente é possível viver na alegria mesmo em meio a tantas provas da vida, especialmente as mais dolorosas e misteriosas, se realmente seguir o Senhor, confiar-nos a Ele, temos sempre felicidade.
A resposta pode vir-nos de algumas experiências de jovens como vocês que encontraram justamente em Cristo a luz capaz de dar força e esperança, mesmo em meio às situações mais difíceis. O beato Pier Giorgio Frassati (1901-1925) experimentou tantas provas em sua breve existência, entre elas, uma relacionada à sua vida sentimental, que o feriu de maneira profunda. Justamente esta situação, escreve a sua irmã: “Você me pergunta se estou alegre; e como não poderia ser? A fé me dará sempre força para ser alegre! Todo católico não pode não ser alegre... A finalidade para a qual fomos criados nos mostra que o caminho está repleto de muitos espinhos, mas não um caminho triste: esse é a alegria mesmo em meio às dores” (Carta à irmã Luciana, Torino, 14 de fevereiro de 1925). E o beato João Paulo II, apresentando-o como modelo, dizia dele: “era um jovem de uma alegria contagiante, uma alegria que superava tantas dificuldades de sua vida” (Discurso aos jovens, Torino, 13 de abril de 1980).
Mais próxima a nós, a jovem Chiara Badano (1971-1990), recentemente beatificada, experimentou como a dor pode ser transfigurada pelo amor e ser misteriosamente habitada pela alegria. Aos 18 anos de idade, num momento em que o câncer a fazia particularmente sofrer, Chiara rezou para que o Espírito Santo intercedesse pelos jovens de seu Movimento [Movimento dos Focolares]. Antes de sua cura, pediu a Deus que iluminasse com Seu Espírito todos aqueles jovens, dando a eles a sabedoria e a luz: “Foi mesmo um momento de Deus: sofria muito fisicamente, mas a alma cantava” (Carta de Chiara Lubich, Sassello, 20 de dezembro de 1989). A chave de sua paz e sua alegria era a completa confiança no Senhor e a aceitação também de sua doença como misteriosa expressão de Sua vontade para o seu bem e de todos. Repetia sempre: “Se você quer, Jesus, eu também quero”.
São duas simples testemunham entre tantas que mostraram como o cristão autêntico não é nunca desesperado e triste, mesmo diante das provas mais duras e mostram que a alegria cristã não é uma fuga da realidade, mas uma força sobrenatural para enfrentar e viver as dificuldades cotidianas. Sabemos que Cristo crucificado e ressuscitado está conosco, é o amigo sempre fiel. Quando participamos de seus sofrimentos, participamos também de suas alegrias, Com Ele e Nele, o sofrimento é transformado em amor. E lá se encontra a alegria (cfr Col 1,24).

7. Testemunhas da alegria
Queridos amigos, para concluir, gostaria de exortar-lhes a serem missionários da alegria. Não se pode ser feliz se os outros não são: a alegria, portanto, deve ser compartilhada. Vão e contem aos outros jovens a alegria de vocês por terem encontrado aquele tesouro precioso que é o próprio Jesus. Não podemos guardar para nós a alegria da fé: para que esta possa permanecer conosco, devemos transmiti-la. São João afirma: “O que vimos e ouvimos, isso nós anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco... Estas coisas vos escrevemos, para que o vossa alegria seja plena. (1Jo 1,3-4).
Muitas vezes é descrita uma imagem do cristianismo como de uma proposta de vida que oprime a nossa liberdade, que vai contra nosso desejo de felicidade e de alegria. Mas esta não corresponde à verdade! Os cristãos são homens e mulheres realmente felizes porque sabem que nunca estão sozinhos, mas estão sempre apoiados pelas mãos de Deus! Cabem, sobretudo, a vocês, jovens discípulos de Cristo, mostrar ao mundo que a fé leva a uma felicidade e a uma alegria verdadeira, plena e duradoura. E se o modo de viver dos cristãos parece às vezes cansativo e chato, testemunhem vocês por primeiro a alegria e a felicidade da fé de vocês. O Evangelho é a boa nova que Deus nos ama e que cada um de nós é importante para Ele. Mostrem ao mundo que é mesmo assim!
Sejam, portanto, missionários entusiasmados pela nova evangelização! Levem àqueles que sofrem, àqueles que buscam, a alegria que Jesus quer doar. Levem-na para suas famílias, em suas escolas e universidades, nos lugares de trabalho e nos grupos de amigos, lá onde vivem. Vocês verão que essa é contagiosa. E receberam o cêntuplo: a alegria da salvação para vocês mesmos, a alegria de ver a Misericórdia de Deus operando nos corações.
No dia do seu encontro definitivo com o Senhor, ele poderá lhe dizer: “Servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu Senhor!” (Mt 25,21).
A Virgem Maria vos acompanha neste caminho. Ela acolheu o Senhor dentro de si e anunciou com um canto de louvor e de alegria, o Magnificat: “Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47). Maria respondeu plenamente ao amor de Deus dedicando sua vida a Ele num serviço humilde e total. É chamada de “a causa da nossa alegria”, porque ela nos deu Jesus. Que Ela vos introduza nesta alegria que ninguém vos poderá tirar!

assinatura_bento 


quinta-feira, 29 de março de 2012

MENSAGEM: PAI, TÔ COM FOME!


Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou:
- Pai, tô com fome!!!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência..... 
- Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!! 
Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente... 
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão:
- Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar!!! 
Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho... 
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo... 
Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua.... 
Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá... 
Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada... 
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades... 
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:
- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?!?!
Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer...
Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho... 
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas... 
Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório... 
Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de
pequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada... 
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias... 
Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho... 
Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso...
Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores... 
No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho... 
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando... 
Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele
chamava-o para ajudar aquela pessoa... 
E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres... 
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar... 
Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta... 
Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula...
Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro... 
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno... 
Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço.... 
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho , o agora nutricionista Ricardo Baptista... 
Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um... 
Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido... 
Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho: 
'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!' 
(História verídica)

Embora não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim!!!

LITURGIA: QUINTA-FEIRA SANTA



Datas e terminologia

A celebração da quinta-feira santa como memória especial da Ceia do Senhor tem sua primeira notícia histórica no Século IV. O Sacramentário de Gelásio (século VII [?]) traz três missas: uma para a reconciliação dos penitentes que tinha a mesma antífona que cantamos hoje: "Nos autem gloriairi opportet in cruce" ("Nós, porém, nos gloriamos na cruz..."); a segunda missa era a Missa Crismal, da Bênção dos Santos Óleos e a terceira comemorava a Instituição da Eucaristia.
No século VI e VII, a quinta feira santa era chamada de "Natalis Calicis". Até antes da reforma, era chamada de "Feria V in Coena Domini". Após a reforma litúrgica, a terminologia passou a ser "Feria V Hebdomadae Sanctae" (Quinta-feira da Semana Santa) para a terminologia geral e, para as duas missas celebradas neste dia: "Ad Missam Chrismatis" para a missa crismal, realizada na quinta-feira santa pela manhã e "Missa vespertina in Cena Domini", para a Missa vespertina da Ceia do Senhor.

Características
Com a missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Celebra-se nesta noite, a Páscoa Ritual: aquilo que Jesus realizaria posteriormente na cruz, ele o fez em forma ritual dando à Igreja e à humanidade o sacramento da Eucaristia. A antífona de entrada desta missa, do texto de Gl 6,14, anuncia o tema global de todo o Tríduo Pascal: a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa glória; nele está a nossa vida e ressurreição e nele está a salvação e a libertação. É a redenção presente no Mistério Pascal celebrado no Tríduo: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. 
No Missal de Pio V, que antecedeu o atual Missal de Paulo VI, o padre deveria consagrar duas hóstias grandes, uma das quais era colocada, depois da comunhão, num segundo cálice, coberto com pala, patena e véu, para a adoração ao Santíssimo, que dava prosseguimento à celebração.
Outra particularidade desta missa era a ausência do abraço da paz. Antigamente, porque os penitentes (aqueles que seriam reconciliados com a Igreja na Vigilia Pascal) já haviam recebido o abraço da paz antes da missa e, nos séculos posteriores (Idade Média de modo particular), para se ter o cuidado de não cair no mesmo erro do beijo traidor de Judas Iscariotes.
Interessante perceber que o clero, inclusive os padres que participavam da missa, recebiam a comunhão somente do pão e das mãos do presidente da celebração. Juntamente com a desnudação do altar, todas as pias de água benta deveriam ser esvasiadas e permanecer secas até a bênção da água lustral, na Vigília Pascal.
Depois do Hino do Glória, os instrumentos eram calados, bem como os sinos e sinetas. Cantava-se a capela e, em vez dos sinos, batia-se a matraca, um instrumento sonoro de madeira, em respeito ao clima da Paixão de Jesus que já começava a ser celebrado nesta missa. Alguns alegoristas do século IX, entre eles Amalário de Metz, denominava este gesto de jejum dos ouvidos. 

Característica do dia litúrgico
Duas celebrações marcam a quinta-feira santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor. Por motivos pastorais, esta celebração poderá ser antecipada para 4ª feira santa. 
A Missa Crismal reúne em torno do Bispo o clero da diocese (padres e diáconos) e todo o povo de Deus, ou ao menos uma boa representação das comunidades paroquiais que formam a diocese. Nesta missa são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma. Uma vez que esta missa caracteriza-se como uma grande ação de graças a Deus pela instituição do ministério sacerdotal na Igreja, nesta missa, os padres presentes renovam as promessas sacerdotais.
A missa "In coena domini" (Ceia do Senhor) é celebrada ao anoitecer da quinta-feira santa. Nesta celebração faz-se memória da Instituição da Eucaristia e do mandamento novo. Após a homilia, pode-se realizar o rito do lava-pés (é facultativo), repetindo assim o gesto de Jesus que, na última ceia lavou os pés de seus discípulos (Cf. Jo 13,3-17).
No final da missa, depois da última oração da missa, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão até um tabernáculo fora da igreja ou localizado na lateral da mesma, diante do qual, a comunidade é convidada a fazer adoração solene até a meia noite e, após este horário, a adoração é simples e silenciosa. Fora do rito, o altar é desnudado e todas as flores e enfeites são retirados da igreja.

Organização da celebração
A celebração acontece em quatro momentos:
1- Liturgia da Palavra = apresenta uma conexão entre Páscoa judaica e Páscoa cristã
2- Lava-pés = descreve em modo gestual a Páscoa de Cristo como serviço
3- Eucaristia = destaca o memorial da instituição da eucaristia ("neste dia" no Canon Romano)
4- Reposição do Santíssimo = gesto de adoração pela presença do Senhor na eucaristia.

Pesquisa realizada por:
Serginho Valle

LITURGIA: TRÍDUO PASCAL


O Tríduo pascal, mais que um conjunto de celebrações episódicas e desconexas, é uma espécie de celebração contínua e rica, com aspectos múltiplos e diversos, que exprimem o mistério central da vida e da fé cristã: a passagem da morte à vida (a Páscoa).
"A Igreja celebra em cada ano os grandes mistérios da redenção humana desde a Missa vespertina de Quinta-Feira "na ceia do Senhor", até às Vésperas do Domingo da ressurreição" (Carta circular da Congregação para o Culto divino, 1988, sobre "Preparação e celebração das Festas Pascais = PCFP, 38). A celebração deste mistério assim condensada tem um ritmo litúrgico próprio que é assinalado no tempo pelo tríptico da Crucifixão, Sepultura e Ressurreição do Senhor.
2. O ponto culminante do Tríduo é a Eucaristia da Vigília pascal (Cf. PCFP, 90). Muito embora se deva dar relevo justo à Eucaristia de Quinta-Feira santa, importa não transformá-la na Eucaristia mais importante do ano. O dinamismo impresso na liturgia do Tríduo aponta noutro sentido: após a explosão do Gloria, aguarda-se o Gloria da Vigília.
3. O Tríduo inicia-se, por isso, com a Ceia do Senhor, na Véspera da sua Paixão (1º dia do Tríduo). Assim, a Missa de Quinta-Feira Santa que comemora a Ceia do Senhor, deve celebrar-se pelo fim da tarde ou em hora mais conveniente a uma grande participação de fiéis, porventura, mais tardia.
4. As orientações litúrgicas apontam todas para uma estreita relação entre a celebração da Missa da Ceia do Senhor e a Celebração da Paixão: "O Sacrário deve estar completamente vazio ao começar a celebração. Hão-de consagrar-se nesta Missa as hóstias necessárias para a comunhão dos fiéis, e para que o clero e o povo possam comungar no dia seguinte... Para a reserva do Santíssimo... recomenda-se que não se perca de vista a sobriedade e austeridade que correspondem à Liturgia destes dias, evitando ou corrigindo qualquer forma de abuso... Com efeito a capela da reposição é preparada não para representar a "sepultura do Senhor", mas para guardar o pão eucarístico para a comunhão que será distribuída na Sexta-Feira na Paixão do Senhor". (Cf. PCFP, 48, 49, 55). 
A Missa da Ceia do Senhor nem tem bênção, nem despedida. E a Celebração da Paixão, não tem canto de entrada, nem saudação do Presidente. Os ritos iniciais são a procissão em silêncio e a prostração (Cf. PCFP, 65).
5. A Celebração da Paixão do Senhor deve celebrar-se numa hora entre as 12 e as 15 horas. Se motivos pastorais sérios aconselharem outra hora, nunca seja antes do meio-dia, nem depois das 9 da noite (Cf. PCFP, 63). A adoração da Cruz é feita a uma única cruz e de forma pessoal. No caso excepcional de extraordinária concorrência de fiéis que impeça que o rito se desenrole de forma digna e em tempo conveniente, então, poder-se-á propor uma adoração colectiva. Nunca, entretanto, a adoração simultânea de várias cruzes (Cf. PCFP, 69). A celebração conclui com a oração sobre o povo, sem despedida.
6. Neste dia não se celebra a Eucaristia. E a comunhão aos fiéis, com excepção dos doentes ausentes, é distribuída apenas durante a celebração. É proibido, também, celebrar qualquer sacramento, com excepção da Penitência e da Unção dos doentes. No sábado não há Missa, nem comunhão aos doentes, a não ser o viático. É proibida a celebração do Matrimônio e de outros sacramentos, para além do Sacramento da Penitência e da Unção dos doentes (Cf. PCFP, 59, 61, 75).
6. Neste dia não se celebra a Eucaristia. E a comunhão aos fiéis, com excepção dos doentes ausentes, é distribuída apenas durante a celebração. É proibido, também, celebrar qualquer sacramento, com excepção da Penitência e da Unção dos doentes. No sábado não há Missa, nem comunhão aos doentes, a não ser o viático. É proibida a celebração do Matrimônio e de outros sacramentos, para além do Sacramento da Penitência e da Unção dos doentes (Cf. PCFP, 59, 61, 75).
7. O sábado santo (2º dia do Tríduo) é um dia cheio de grande significado. Não é o "sábado de aleluia", mas o sábado do repouso junto do túmulo do Senhor, em que a igreja medita na Paixão, na Morte e na descida à mansão dos mortos do seu Redentor e aguarda, no jejum e na oração, a sua Ressurreição. Para além da reunião da comunidade para a oração, não há qualquer outra celebração, a não ser o carácter do próprio dia (Cf. PCFP, 73).
8. A Vigília (3º dia do Tríduo) é o cume do Tríduo. Realiza-se integralmente de noite, "uma noite de vela em honra do Senhor" (Cf. PCFP, 77). Não faz parte do sábado, nem é, nem pode ser substituída por uma missa vespertina. "Por isso não deve escolher-se uma hora tão cedo que ela comece antes do início da noite, nem tão tardia que termine depois da alba do Domingo. Esta regra é de interpretação estrita. Qualquer abuso ou costume contrário... é de reprovar..." (PCFP, 78). A celebração deve começar, quanto possível, fora da igreja, à volta de uma fogueira. O círio pascal deve ser de cera, novo em cada ano, nunca fictício. A entrada na igreja deve ser apenas iluminada pelo círio que todos seguem (Presidente, ministros e fiéis). A liturgia da Palavra consta de 7 leituras do antigo Testamento e duas do novo. Excepcionalmente, poderá reduzir-se o número das leituras do A.T., nunca abaixo de três e sem omitir a leitura do Êxodo 14. O ponto alto é a celebração da Liturgia Eucarística. Evite-se que seja apressada. 

LITURGIA: VIGÍLIA PASCAL - CRISTO RESSURGIU DA MORTE


A Vigília Pascal é a grande festa dos cristãos e possui a liturgia a mais solene da Igreja, a mãe de todas as vigílias e liturgias. A celebração mais bonita e marcada pela emoção e pelo louvor. No Exultet cantamos: Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o real Cordeiro se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino sangue nos salvou. 
Na celebração, somos acolhidos com palavras muito afetuosas: Nesta noite santa, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte para a vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.
Na Vigília pascal, noite toda iluminada com a luz do Ressuscitado, nela nós mergulhamos. Na liturgia sentimos o passado, hoje presente na celebração. Vivemos o presente com a Ressurreição de Cristo e nossa ressurreição, aqui e agora. Sentimos o futuro como presença, aqui e agora, de um final feliz. É a noite da vitória, da alegria, da festa, pois a nossa vida em Cristo ressuscitado tornou-se luz, vida e vitória. Aleluia.
Nesta noite, a comunidade se reúne para celebrar a ressurreição do Senhor - acontecimento histórico que a constitui e identifica. Celebra Cristo, o novo Adão, a nova criação do mundo. Cristo é o Moisés que liberta o povo de todas as escravidões. Em Cristo o povo livre e peregrino, fundamentado na nova Aliança com Deus, vive a plenitude da promessa e faz a experiência da fraternidade e da partilha.
O Círio Pascal é o símbolo de Cristo Ressuscitado que vence toda escravidão. Acendemos as nossas velas no Círio e saímos pelas ruas cantando a nossa ressurreição e nossa vitória no Ressuscitado.
Na Vigília Pascal lembramos e renovamos o nosso batismo. Pelo batismo morremos e ressuscitamos com Cristo. Mergulharmos nas águas para enterrar todo pecado. Saímos da água para simbolizar que em Cristo iniciamos uma nova vida, renovada e vivida no Espírito Santo.
O momento alto desta noite é a celebração da eucaristia. Bendizemos ao Pai que ressuscitou seu Filho e nos faz participantes da sua vitória sobre a morte. Reunidos ao redor da mesa, comemos o pão partilhado e bebemos o vinho, sangue derramado, como convivas, na esperança de um dia participar para sempre na festa do Reino, que um dia será plena e nunca se acabará.
A Vigília, portanto, é constituída de três momentos fundamentais: o momento da Palavra, o momento do batismo e o momento da eucaristia como ponto alto. Mas é preciso ver a Vigília pascal no contexto do tríduo pascal que engloba a sexta-feira, o sábado e o domingo. 
Para os primeiros cristãos a grande participação na páscoa de Cristo se dava na Vigília pascal. O desafio hoje é resgatar o sentido original da Vigília pascal como ápice do ano litúrgico e expressão máxima de participação na Ressurreição do Senhor. 
Nesta celebração da Vigília pascal, acolhamos a palavra da ressurreição e deixemo-nos abençoar por esta palavra. Passando pelas águas batismais, mergulhemos na imensidão da compaixão do Pai que nos recria para um novo jeito de viver.
A Vigília Pascal nos liga e nos introduz na celebração do Domingo da ressurreição e nos move para a festa dos cinqüenta dias de festa: "Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e Nele exultemos" (Sl 118). Mas a missa da Vigília é a verdadeira missa da Domingo de Páscoa. As outras missas durante o domingo são prolongamento da Vigília e mantém o clima pascal festivo.

Perguntas para a reflexão pessoal e em grupos: 
Por que a Vigília Pascal é tão importante e tão significativa na vida da Igreja e nas celebrações litúrgicas?
Como fazer referência, ao longo do ano, nas celebrações litúrgicas, à Vigília Pascal?
Como você costuma participar da Vigília Pascal? O que ela significa em sua vida?

Formação Litúrgica em Mutirão
Pe. Marcelino Sivinski

PRIORIDADES: A ACOLHIDA FAZ A DIFERENÇA



Precismos aprender a ser uma Igreja acolhedora

“A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído” (Augusto Cury). 
Quando fomos criados, saímos todos empolgados do AMOR (Deus) e partimos em direção a este mundo. Nos braços do Pai, fomos amados e tratados com todo o carinho. Nossa primeira grande decepção ocorreu na chegada. Encontramos pais carregados de marcas hereditárias negativas; e muitos de nós sequer estávamos nos planos deles para iniciar a vida naquele momento. Por inúmeras razões e situações fomos mal recebidos e maltratados desde o momento da concepção. A primeira impressão é a que fica. E a primeira refere-se à acolhida.
Se formos bem atentos nos daremos conta de que o que mais importa numa festa, curso, encontro ou casa é como somos acolhidos. Se o dono da casa ou quem nos convidou para a festa, encontro, reunião, etc., preocupa-se e se interessa por nós. Se ele está preocupado em que não fiquemos sozinhos, se pergunta em que pode nos ajudar e servir. A atenção e cuidado que recebemos é que nos faz sentir bem. Muito além do que nos oferecer algo para comer e beber.
Numa pesquisa científica sobre a importância da comunicação entre as pessoas chegou-se aos seguintes dados:
a) Para 7% delas o que importa são as palavras que são ditas;
b) Para 38% delas o importante é o tom da voz com que são ditas as palavras;
c) Para 55% delas a linguagem corporal utilizada por quem está se comunicando (acolhendo) é o mais importante.
Com isso, podemos concluir que as pessoas pouco prestam atenção ao “que” dizemos, mas em “como” dizemos e na linguagem de nosso corpo. Assim, é possível afirmar que as pessoas retornam à igreja se foram bem recebidas, tratadas e amadas. Facilmente perdoam uma linguagem errada, mas não fazem o mesmo se não se sentem bem-vindas e acolhidas.
Precisamos ser uma Igreja acolhedora. Nós somos a Igreja. As pessoas verão em nós a Igreja de Jesus. Se não gostarem de nós, será que gostarão da Igreja? A acolhida envolve primeiramente os padres, a secretaria paroquial, a livraria, a cantina, a Pastoral da Acolhida, coordenadores de pastorais e movimentos... Mas, também, você, que está lendo: ajude-nos também sendo um acolhedor.
Expresse o que você sente a respeito da acolhida da sua igreja. Dê sugestões. Acima de tudo, acolha bem os que estiverem próximos a você. Disse Jesus: “Eu era peregrino e me acolhestes”. É por Ele que acolheremos bem as pessoas.
Muito nos alegramos por aqueles que estão abraçando e se dispondo a atuar na Pastoral da Acolhida nas diversas comunidades. Aproveitemos isso dando um passo de gigante: tornemo-nos todos acolhedores, para que tenhamos UMA IGREJA ACOLHEDORA.
Isso fará a diferença.
Padre Alir
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 26 de março de 2012

NOTÍCIAS: POR ONDE ANDA...

    Padre Vilmo Nolasco de Souza
    Nasc.: 14/02  Ord.: 27/04
    Pároco da Paróquia Bom Jesus - Jardim Flórida I 
    Tel.: (67) 3426-0220  DOURADOS  - MS


    Frei Cícero Martiniano da Silva, OFMCap
    Nasc.: 14/08   Ord.: 29/11
    Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
    (64) 3613-1814  Rio Verde - GO


    Padre Marcos Roberto Pereira da Silva
    Nasc.: 23/03   Ord.: 16/08
    Pároco da Paróquia Santa Teresinha - Jardim Maracanã
    Tel.: (67) 3424-7982  DOURADOS - MS


    Padre Marcos José Lemos
    Nasc.: 22/02   Ord.: 04/08
    Pároco na Cidade do México
    MÉXICO




domingo, 25 de março de 2012

NOTÍCIAS: PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA



01/04 - DOMINGO DE RAMOS
07h00 Benção dos Ramos (em frente do Centro de Formação)
           Procissão e Missa
19h00 Benção de Ramos e Missa

03/04 - TERÇA-FEIRA SANTA
19h00 Celebração Eucarística (setores: Sagrada Família e Rainha da Paz)
           com Encerramento dos Encontros em Família

04/04 QUARTA-FEIRA SANTA
15h00 Celebração Eucarística

05/04 QUINTA-FEIRA SANTA
20h00 Celebração Eucarística com Lava-Pés
           Adoração ao Santíssimo Sacramento

06/04 SEXTA-FEIRA SANTA
09h00 Via Sacra
15h00 Celebração da Paixão e Adoração da Cruz
           Procissão com Via Sacra e Apresentação da Peça Teatral Paixão de Cristo

07/04 SÁBADO SANTO
20h00 Vigília Pascal (trazer vela e água para benzer)

08/04 DOMINGO DA RESSURREIÇÃO
08h00 Celebração Eucarística Pascal
19h00 Celebração Eucarística Pascal



NOTÍCIAS: PADRE OTAIR VISITA COMUNIDADE

Esteve presidindo a celebração eucarística, no domingo, dia do Senhor, 25 de março às 8 horas, o padre diocesano Otair Nicoletti, atual pároco e reitor do Santuário Nossa Senhora Aparecida, Vila São Pedro.
Otair foi vigário paroquial da Catedral e atendeu a Comunidade Santo André por sete anos (1996 a 2002).
A visita foi possível, em razão do padre Leão ter presidido a Eucaristia no Santuário no mesmo dia e horário.