Histórico

A Paróquia Santo André, foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, fundada em 20 de junho de 1971, tem como padroeiro o Apóstolo André, santo que a Igreja celebra sua memória no dia 30 de novembro, data de seu martírio. No dia 30 de novembro de 2014, Dom Redovino Rizzardo elevou à qualidade de paróquia, nomeando o primeiro pároco, o Padre Otair Nicoletti. A equipe de Coordenação do Conselho Comunitário de Pastoral - CCP está formada pelas seguintes pessoas: Coordenação: Laudelino Vieira, Paulo Crippa; Assuntos Econômicos: José Zanetti, Valter Claudino; Secretaria: Marcus Henrique e Naiara Andrade.

sábado, 2 de junho de 2012

ARTIGOS: O MEIO AMBIENTE NO INTERIOR DA ESCOLA

O primeiro passo para trabalhar bem a educação ambiental é criar na escola um ambiente capaz de envolver todos os professores e também a comunidade. O meio ambiente vai além das dimensões biofísicas, como vegetação, recursos hídricos, fauna, solos, atmosfera... Envolve as configurações dos conhecimentos, das técnicas, das estruturas e das relações sociais.
A educação é um ato político e que, para ser identificada como um ato educativo na perspectiva ambiental, necessita mais de uma mudança qualitativa da escola do que de informações eficientes. Isto será possível com uma maior ênfase nos aspectos éticos e políticos da questão ambiental.
O planejamento do trabalho de desenvolvimento dos profissionais da educação no interior da escola pressupõe uma reflexão e uma discussão coletiva da escola - em particular, suas condições objetivas, considerando dois eixos de análise: a história da própria escola e os reflexos da história e do atual contexto educacional e social brasileiro sobre o cotidiano escolar.


O projeto de escola

A partir de uma análise assim realizada, é possível que, com mais segurança, os profissionais da escola, de comum acordo, estabeleçam as estratégias mais valiosas e viáveis que possam trilhar na busca de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento do processo educativo de que participam.
Pensar o trabalho de desenvolvimento do pessoal da escola é, em primeiro lugar, diagnosticar as condições objetivas de cada escola e situá-la no contexto do movimento educacional e social mais amplo pelo qual passa a sociedade.
Confrontar os determinantes sociais gerais com os locais, procurando equacionar os pontos de estrangulamento, é a melhor forma de se iniciar o trabalho na escola. Todo diagnóstico deve ter como referência um padrão a se alcançar, um parâmetro em função do qual a análise será feita. É aqui que se apresenta como fundamental que os agentes pedagógicos explicitem seu projeto de escola.
O meio ambiente no interior da escola tem por finalidade auxiliar na formação e na qualificação dos alunos e professores, com base nos princípios e na metodologia que envolve a comunidade. Este auxílio na qualificação visa também a promover um maior conhecimento sobre novos processos de preservação e conservação, adequação às formas de regulamentação, bem como criar condições que facilitem a difusão da informação científica.


O processo

Para obter um meio ambiente no interior da escola deve-se:
• Promover uma conscientização de todos os atores da escola;
• Elaborar metas e missões a serem atingidos;
• Conservar o ambiente da escola em constante organização;
• Criar uma cultura ambiental dos professores e alunos em relação à preservação;
• Limpar e retirar tudo que impede a promover a questão ambiental;
• Organizar ações de limpeza e conservação com os alunos todos os dias;
• Plantar árvores, flores e grama nos espaços da escola;
• Orientar os alunos para a reprodução das ações ambientais em suas casas;
• Plantar, com os alunos, árvores e flores, dialogando sobre o cuidado para com cada planta.
• Elaborar textos e trabalhos em sala de aula sobre as atividades realizadas no pátio;
• Reciclar e reutilizar os lixos da escola;
• Criar caixas para guardar o lixo reciclado;
• Trabalhar em sala de aula, a questão ambiental junto com os aspectos sociais, como saúde e qualidade de vida.

O meio ambiente, compreendido como construção contínua, no interior da escola proporciona:
• Um ambiente sadio onde professores e alunos se sentem naturais;
• Um espaço de leitura e de estudo harmônico;
• Árvores bem preservadas ajudam e melhoram o bem-estar do ser humano;
• A descoberta de que a educação ambiental ajuda a compreender como se constrói o pensamento.
Em suma, educação ambiental para o desenvolvimento sustentável é uma vida ampla e longa que sustente com inteligência cada desafio individual, das instituições e das sociedades que visualizem o amanhã com uma diferença que pertença a todos nós, ou não pertença a ninguém.

Sérgio José Both
Professor de História no Ensino Fundamental e de Metodologia Científica na União das Faculdades Integradas de Tangará da Serra, MT. both@vsp.com.br

ARTIGOS: O POEMA DOS ENAMORADOS

O mês de junho é especial para a juventude porque um de seus dias é o “dia dos namorados”. Um dia de ternura, sem dúvida. É um convite para sermos, acima de tudo, “enamorados da vida”. Por isso que é bom conversarmos sobre afetividade e sexualidade, um poema a ser vivido por todos.

Sintomas
Todos queremos ser felizes e são muitas as expressões de felicidade. A alegria da vida é vivida nas festas, onde a dança é parte importante da curtição. A bebida é outra expressão de fazer do mundo uma festa. Há quem acrescenta a isso o “homem” e a “mulher” como fonte de gozo irrecusável. O próprio uso do corpo, com seus agradáveis mistérios, se inscreve nas possibilidades de gerar felicidade. O cultivo das aparências como a moda, o jogo de luz, a agitação, as “viagens” não são nada mais que anseios de fazer de tudo um gozo.
Infelizmente, da forma como todas estas realidades são vividas, podem ser um sintoma da cultura de morte disfarçada em vida. 

O sonho é a vida
Não há dúvida de que ninguém, sadio, vai dizer que o nosso destino é a morte, ou, então, afirmar que a vida se inscreve no capítulo da morte. Acreditamos que tudo, neste mundo, está voltado para a vida, apesar de todas as agressões dos cultivadores da morte do homem e da natureza. Tudo está bem quando há verdadeira harmonia, quando as relações são de amizade, quando o outro não é objeto, mas sujeito, quando não se “tem” somente o corpo, mas quando se “é” corpo, quando a vida não é rotina, quando os valores que moram em nós têm chance de crescer em nossos jardins. Em outras palavras, somos feitos para viver e cultivar a afetividade. O desafeto é uma agressão, assim como a opressão, a injustiça e a exploração.

O corpo
Há algumas balizas de vida que merecem toda a nossa atenção. A primeira, é o próprio corpo. É preciso amá-lo e cultivá-lo em nós e nos outros. Não gostar da gente é, na maioria das vezes, não gostar do nosso corpo. Podemos dizer que o corpo é a nossa casa. A casa que não falta pra ninguém. Pode haver maus tratos e invasões, mas a casa do corpo deve ser motivo de muita ternura. A casa deve ser bonita e acolhedora para nós e para os outros. 

A família
Outra baliza da vida é a família. É claro que muitas vezes ela não nos agrada porque aquilo que vemos poderia ser bem melhor. Mas não fujamos da família. Não basta negá-la porque vamos substituí-la por outra. A afetividade e a sexualidade não podem abstrair da preparação e da vivência familiar. A afetividade e a sexualidade, aliás, não são exclusivamente dos jovens. Vale para os “coroas” e os jovens.

Aldeia fraterna
Outra baliza da vida é a sociedade que chamamos, em nossa utopia, de “aldeia fraterna”. Aí entra a afetividade da ecologia, das relações de produção, da convivência política partilhada, da utopia do Reino e da curtição de um Deus que é amor.
O grande convite da afetividade e da sexualidade é de sermos, pois, enamorados da vida em todos os seus aspectos. É muito pobre restringirmos este assunto ao estritamente “sexual” ou “genital”. Estamos ante uma proposta de vivência global, que seja sexual e afetiva. Não nos foi dada a vocação de sermos agressivos e duros. Nosso coração é de carne e o coração da realidade também sonha que descubramos que o coração dela não é de pedra, mas de poemas que sonham ser lidos e declamados.

Hilário Dickassessor de juventude, Porto Alegre, RS

A12 - Romaria Nacional da Legião de Maria deve reunir 120 mil pessoas neste final de semana

A12 - Romaria Nacional da Legião de Maria deve reunir 120 mil pessoas neste final de semana

sexta-feira, 1 de junho de 2012

LEITURA ORANTE: SÁBADO MARCOS 11,27-33

MARCOS 11,27-33 - DE ONDE VEM A AUTORIDADE DE JESUS?
Começo pedindo luzes para todos que nos encontramos neste espaço virtual, 
para bem rezarmos a Palavra: 
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me. 
Que eu conheça Jesus Mestre 
e compreenda o seu Evangelho. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Mc 11,27-33, e observo as palavras de Jesus que fala sobre autoridade.
Depois voltaram para Jerusalém. Quando Jesus estava andando pelo pátio do Templo, chegaram perto dele os chefes dos sacerdotes, os mestres da Lei e os líderes dos judeus que estavam ali e perguntaram:
- Com que autoridade você faz essas coisas? Quem lhe deu autoridade para fazer isso?
Jesus respondeu:
- Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Se me derem a resposta certa, eu direi com que autoridade faço essas coisas. Respondam: quem deu autoridade a João para batizar? Foi Deus ou foram pessoas?
Aí eles começaram a dizer uns aos outros:
- Se dissermos que foi Deus, ele vai perguntar: "Então por que vocês não creram em João?" Mas, se dissermos que foram pessoas, ai de nós!
Eles estavam com medo do povo, pois todos achavam que, de fato, João era profeta. Por isso responderam:
- Não sabemos.
- Então eu também não digo com que autoridade faço essas coisas! - disse Jesus.
Neste encontro de Jesus com os doutores da lei, fica comprovado que é difícil convencer que se recusa a crer. Sobretudo, depois que viram e testemunharam claramente a autoridade de Jesus como Filho de Deus. Jesus lhes responde utilizando o estilo rabínico: com outra pergunta.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje? 
Como vivo este amor anunciado por Jesus? Mais que isto: este preceito do amor? É meu distintivo? Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da autoridade de Jesus que é amor. " A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um "sim" que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro "até o extremo" (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: "Te seguirei por onde quer que vás" (Lc 9,57).(DA, 136).

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Disponho-me a colaborar com Jesus Mestre na sua missão para todos e rezo: 
Trindade Santa, 
na sua rede de comunicação eu me coloco. 
Acolho, via online, a tua Palavra. 
Sob a ação do Espírito Santo, transformo-a em motivação da minha vida. 
Por mandato do Filho, Jesus Cristo, assumo a missão de levar 
pelo mundo inteiro e a todas as pessoas o teu Evangelho. 
Pai nosso, proponho colaborar com todos os meios - 
relações interpessoais, sociais e neste ambiente da web - 
para que a comunhão e a solidariedade seja uma realidade 
em nosso mundo! Amém. 

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é de acolhimento da autoridade de Jesus. Sou seu/sua discípulo e missionário. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós. 

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ARTIGOS: UM ETERNO APRENDIZ

Um catequista precisa ser antes de tudo,  um líder. E liderar não é fazer. Liderar é fazer fazer. E ninguém faz com que os outros façam alguma coisa sem um trabalho conjunto e de equipe. E criar uma equipe significa engajar, capacitar e, acima de tudo, inspirar. Líderes devem inspirar pessoas.
Na medida em que vamos nos  envolvendo nesta linda missão que nos é  confiada, Deus parece ampliar seu chamado. E quando nos damos conta, já estamos completamente envolvidos. Quem descobre a bênção que é servir e trabalhar em prol de um projeto diferente, não recua, mas sim, avança.
 Quando chegamos nesta estágio, muita coisa muda. Chega um ponto no trabalho de um líder que é não é mais suficiente inspirar quem faz. Torna-se necessário inspirar quem inspira quem faz. É o tamanho da missão que muda. Começamos a perceber a magnitude da missão e da nossa capacidade de envolvimento. Um líder precisa saber lidar com as exigências e aí, terá que saber trabalhar muito bem com a equipe que tem ao seu lado.Empoderar outras pessoas, fazê-las fazer, inspirar quem inspira quem faz. Ao líder, torna-se imprescindível formar pessoas capazes de ampliar os horizontes, mantendo as conquistas, avaliando a caminhada, corrigindo rumos que precisam ser corrigidos, e encorajando a equipe a continuar caminhando.
Nem sempre as pessoas  se dão  conta do quanto  são  importantes para o projeto do Pai. Falta  a percepção  de que o convite que  foi feito, não é  humano, mas divino.  Eis a razão pela qual, muitos cristãos ficam zanzando para lá e para cá, agindo apenas na casca, no externo, sem a  verdadeira radicalidade que exige o discipulado.
Falta o envolvimento verdadeiro, concreto, a ponto de fazer com que outros também façam,  que  inspira e encoraja, que eleva e empodera.
Não existe missão evangelizadora sem que surjam outros seguidores. Líderes precisam de seguidores. Liderar necessita de opção concreta, além de conhecimento, estudo, aprendizado, dedicação e, principalmente,  o gosto pelas pessoas.
De uma vez por todas, precisamos assumir com coragem e ardor a condição e a atitude de discípulos.  É a prática do Evangelho e não apenas a teoria.
O Doutor em Teologia José Comblin diz no livro Evangelizar, publicado pela Paulus em 2010, que o Evangelho de Jesus fica escondido para as pessoas que não o praticam. Segundo ele, existe o privilégio da ação ou da prática. “Quem não começa a agir como discípulo não pode entender nada. Pois é agir como discípulo, a ação que consiste em seguir Jesus na verdadeira lei do Pai, que fornece a chave do Evangelho. Quem não procura se empenhar ou se comprometer nunca chegará a ver nada daquilo que Jesus proclama”, diz Comblin.
E ele diz mais. “O discípulo é uma pessoa comprometida, engajada de modo definitivo e radical. Para ser discípulo, é preciso dedicar-se totalmente a essa tarefa e deixar tudo o que for obstáculo. Ser discípulo torna-se norma última. O que caracteriza o discípulo é a sua radicalidade.”
É desafiador para um reles catequista  viver a radicalidade do evangelho.  Ser radical , nesse caso, significa comprometer-se. Comprometimento tem a ver com mudanças profundas no próprio comportamento. Passa também pela coragem  de agir, de denunciar o que não faz parte do projeto do Pai e, ao mesmo tempo, pela humildade de saber se relacionar e aprender com a caminhada. Um líder não é o dono da verdade.
O discípulo é um eterno aprendiz. O evangelho é um convite para sermos aprendizes. O discípulo não pode ter a pretensão de ser grande, porque sempre está na condição das crianças que aprendem: “Se não nos tornardes como crianças, não podereis entrar no reino dos céus” (Mt 18,3) O líder precisa ter consciência que não será eterno nem infalível. Cedo ou tarde, ele precisará ser substituído, temporária ou definitivamente. É assim que as coisas funcionam na nossa vida pastoral. Infelizmente, alguns sentem-se eternos nos cargos que ocupam na comunidade. Com isso, não abrem caminhos, não formam novas lideranças, ficam avessos a novas idéias. E não surgem novos líderes, novos apaixonados pela missão, novas pessoas engajadas e imbuídas do mesmo espírito que nos fez permanecer até então na caminhada.
Um catequista precisa ser antes de tudo, um líder. E liderar não é fazer. Liderar é fazer fazer. Mas ninguém faz sozinho. É preciso caminhar em equipe. E criar uma equipe significa engajar, capacitar e, acima de tudo, inspirar.
Líderes devem inspirar pessoas.
E eternos aprendizes.
E radicais na obediência do evangelho.
Se não for assim, não é missão, nem mesmo discipulado.
É tarefa que qualquer um faz, de qualquer jeito!
 Alberto Mezeguzzi
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(*A parte de liderança deste texto foi inspirada num artigo de Eugênio Mussak, publicado na página 134 da Revista Você S/A, edição de novembro de 2010. Li, gostei e fiz algumas adaptações)

(* A parte sobre discipulado neste texto foi inspirada no livro do Teólogo José Comblin chamado EVANGELIZAR, páginas 26 e 27. O livro é leitura obrigatória para todos os catequistas, ou alguém que atua como catequistas acha que não é necessária nenhuma leitura ou estudo?  O livro EVANGELIZAR foi publicado pela Paulus em 2010)

REFLEXÃO: O PALHAÇO E O MENDIGO

O palhaço entrou na igreja gritando, para estarrecimento geral de quem estava naquela missa. Gritava, cantava, pulava, abraçava as pessoas e beijava outros no rosto. Ninguém entendia o que estava acontecendo. O palhaço continuava gritando, pedindo a atenção de todos. É lógico que uma cena destas numa missa de páscoa na hora destinada a homilia, gerava um certo desconforto. Que palhaçada era aquela, quem teve esta ideia de colocar um palhaço fazendo duas estripulias numa celebração de páscoa?
Mas ele não se intimidou e correu faceiro (como diz o gaúcho) em direção ao altar.
- Boa noite pessoal – e como não ouviu um boa noite forte, e cheio de vontade, o palhaço insistiu – B.O.A N.O.I.T.E P.E.S.S.O.A.L.!!!!!
E aí sim a resposta foi um sonoro “BOA NOITE”, dos fiéis que lotavam a igreja naquele dia.
- Vim aqui desejar uma feliz páscoa para todos e perguntar, se vocês sabem que Jesus ressuscitou e está aqui, nesta Igreja, bem pertinho de cada um de nós? Vocês sabiam disso?
O silêncio tomou conta do local. As pessoas não sabiam ao certo o que dizer e por isso silenciaram.
- Muitas vezes estamos tão preocupados em rezar, louvar a Deus, em chegar logo na missa, que esquecemos de observar o mundo ao nosso redor. Procuramos Jesus longe e não nos damos conta de onde ele verdadeiramente possa estar. Por isso, vim aqui, para lhes trazer Jesus. Vocês não o viram?
O silêncio foi ainda maior. Criou-se um clima de expectativa. O que aquele palhaço estava querendo dizer ou mostrar?
Ele não falou mais nada e saiu correndo pelo corredor central da Igreja até a porta de entrada. Abriu. Era escuro, pois a missa acontecia às 18h30min, e já era por volta das sete da noite. Quando a porta abriu, lá estava Jesus, vestido de mendigo, maltrapilho e sujo. O palhaço deu um abraço nele, pegou-o pelo braço e foi lentamente em direção ao altar enquanto o coral, formado por jovens do grupo da época, iniciou um canto que dizia assim:
“Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, e clama pela boca dos famintos, e a gente quando vê passa adiante, às vezes para chegar depressa a Igreja. Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos. Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está, e nós o desprezamos.”
Foi um dos momentos mais emocionantes que eu vivi na minha vida de Igreja. Um jovem, vestido de palhaço e outro, de Jesus Cristo, caminhando lentamente pelo corredor de uma paróquia de centro, formada basicamente por pessoas de classe média e alta. O silêncio que tomou conta da igreja era algo que eu nunca tinha visto igual. Nem a respiração das pessoas a gente ouvia. Na medida em que o palhaço e o mendigo se aproximavam do altar, as pessoas iam reconhecendo o Jesus Cristo que ali estava sendo apresentado.
-Reconhecem Ele, o Jesus ,que hoje ressuscitou e está entre nós? Perguntou o palhaço, de microfone em punho.
Ninguém respondeu e o silêncio permaneceu. Nem um ruído sequer!
E o palhaço voltou a perguntar, agora num tom mais severo:
-Reconhecem este homem, que deu sua vida por nós e que estava ali na porta da Igreja, como um mendigo e maltrapilho, esperando a atenção de cada um de vocês? E que vocês fizeram quando entraram? Não o viram ali?
Enquanto isso, a turma do Grupo de Jovens voltou a cantar:
-“Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos.
Entre nós está, e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos”.
O palhaço desceu as escadarias lentamente de mãos dadas com Jesus, e saiu em direção a porta pelo corredor central. E aí, o que era um imenso silêncio virou uma choradeira só.
Quando eu, no auge do meu fervilhar de idéias da adolescência, pensei esta encenação, imaginei fazer a diferença, tocando corações, mas principalmente, dando um tapa de luvas em muita gente fazendo-os refletir sobre suas posturas em datas especiais como esta. Por isso idealizei um mendigo, ali, deitado, na porta da Igreja, uma hora antes da missa. Convidei um jovem do grupo para esta missão. Ele aceitou e por volta das 17h30min, quando a Igreja estava aberta (a missa era às 18h30min), se deitou ali, em cima de panos rasgados e sujos. Ficou parecendo que estava dormindo.
Na minha imaginação aconteceria o que realmente aconteceu, ou seja, as pessoas passariam pelo mendigo na porta da Igreja e não fariam nada, absolutamente nada, nem uma esmola, nem uma abordagem e muito menos teriam a preocupação de saber como estaria aquele indivíduo.
Mas e o palhaço, o que tem a ver com isso?
O palhaço representa a pureza, a sinceridade, a alegria, a coragem de enfrentar e empolgar uma platéia, a vontade de fazer bem aos outros e de levar sorrisos a quem está triste. Um palhaço não significa tudo isso? 
O palhaço era o diferente naquela encenação. Tinha que causar impacto. Um palhaço numa igreja, brincando e gritando, trazendo um mendigo pelas mãos, causaria um enorme frisson. Foi isso que imaginei. Queria impacto mesmo, reflexão, arrependimento e até um sentimento de vergonha. Eram quase 500 pessoas naquela missa e nenhuma se dignou a fazer alguma coisa pelo mendigo, que estava ali na porta, por onde passaram para ir numa missa especial de páscoa.
Foi demais. Objetivo alcançado. O povo não tinha reconhecido Jesus. Depois chorou de emoção, mas tinha também, um pouco de vergonha naquelas lágrimas por não o terem reconhecido. 
Jesus anda tão perto da gente em coisas simples do dia-a-dia em coisas que as vezes, por pressa, nem observamos.
Precisamos um pouco mais do espírito do palhaço, da coragem de querer alegrar e mudar sentimentos de tristeza e desânimo, trocando-os por sentimentos de alegria e encorajamento.
Esta é minha missão como catequista, é a sua como evangelizador.
Seja um palhaço e tenha a coragem de mostrar Jesus para as pessoas, mesmo que na pressa elas o rejeitem e insistem em não vê-lo.
Alberto Meneguzzi

quinta-feira, 31 de maio de 2012

CANTINHO DA CRIANÇA: SANTÍSSIMA TRINDADE (TEATRO)

Teatro Santíssima Trindade
Personagens: pessoa idosa e uma criança.

Uma criança vai perguntar a sua avó sobre a Santíssima Trindade:
- Vó, lá na igreja (catequese) falaram que hoje é dia da Santíssima Trindade, o que é Santíssima Trindade?
Fazendo o sinal da cruz na criança, a avó explica:
- Santíssima Trindade é DEUS que é PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO!
- Ah, quer diz que existem três deuses?
- Não, de jeito nenhum!! É um único DEUS em três pessoas!!!
- Como assim, Vó? Ou é um ou são três!
- Vou tentar explicar melhor...Olhe para aquele (este) quadro.

(imprimir a imagem numa folha)
- Aquele (Este) quadro foi a inspiração que um pintor teve sobre a Santíssima Trindade. Veja que existem três figuras iguais, elas representam o PAI, o FILHO JESUS e o ESPÍRITO SANTO.
- Então DEUS é trigêmeo?
- Não!! DEUS é um só!! Vejamos o exemplo de três velas acesas: quando elas se unem fazem uma só chama. Se vela 1 é o PAI, a vela 2 é o FILHO JESUS e a vela 3 é o ESPÍRITO SANTO, DEUS é a chama formada pelas três velas, sendo que essas velas nunca estão separadas e sim sempre unidas!!
- Estou começando a entender mas não totalmente.
- Pois bem! Vou contar a história de um homem que viveu até os 33 anos de idade sem ligar para DEUS, tendo até um filho sem ser casado. Após essa idade, ele se converteu, foi batizado, distribuiu todos os seus pertences aos pobres e começou uma vida de penitências. Ele é Santo Agostinho. Certo dia, Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade:
- Um DEUS em três pessoas distintas...
Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito. Após ver, repetidas vezes, o menino fazer a mesma coisa, Sto. Agostinho perguntou-lhe:
- O que você está querendo fazer, minha criança?
O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade:
- Estou querendo colocar a água do mar neste buraco.
Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe:
- Mas você não percebe que é impossível?
Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe:
- Ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem! Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria. Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse em os perscrutar perderia totalmente a fé.
- Ou seja, o mistério da SANTÍSSIMA TRINDADE é conhecido, mas não é compreendido em sua totalidade. Podemos, contudo, fazer algumas comparações: o raio branco de luz, sendo apenas um, pode ser decomposto em vermelho, amarelo e azul; o fogo queima, ilumina e aquece, sendo apenas fogo. Vamos, então, ensinar o sinal da SANTÍSSIMA TRINDADE na linguagem dos surdos para as crianças?
- SANTÍSSIMA TRINDADE (3X).

SANTÍSSIMA TRINDADE 
DINÂMICA DA CAIXINHA DE FÓSFOROS

Só há um Deus, mas são três Pessoas.
Com a dinâmica da caixinha de fósforos podemos entender melhor.
Tira-se um palito da caixinha e pede-se para que olhem bem para o fósforo.
- "Vou riscar este fósforo e vocês terão que ver quem chega primeiro: a luz, o calor ou o fogo, ok? Prestem bem atenção!".
Risca-se o fósforo e espera um tempo para que os catequizandos se decidam qual dos três elementos chegou primeiro.
- "Agora explicarei quem chegou primeiro. Não foi a luz! Não foi o calor nem o fogo. Os três chegaram ao mesmo tempo. No momento em que risquei o fósforo surgiu uma chama. Essa chama tem três jeitos de ser: luz que ilumina (mando alguém apagar a luz e depois acendo outro fósforo), calor que aquece (encosto minha mão e digo que está quentinho) e fogo que transforma (queimo um pedaço de papel que se transforma em cinzas).
Vocês estão vendo? É uma chama só, mas tem três propriedades. Assim é a Santíssima Trindade: um só Deus com três jeitos de se manifestar. Ele se manifesta como Pai, Criador de tudo. Como Filho, que vem a nós, que nasce da Mãe do Céu, que morre e ressuscita por nós e assim nos redime, nos salva. Ele é o Espírito Santo que nos queima por dentro, nos transforma e nos santifica".


LEITURA ORANTE: SEXTA-FEIRA MARCOS 11,11-26

MARCOS 11,11-26  - A MINHA CASA É "CASA DE ORAÇÃO"
Preparo-me para a Leitura Orante,
fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade - Caminho - Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mc 11,11-26
Jesus entrou em Jerusalém, foi até o Templo e olhou tudo em redor. Mas, como já era tarde, foi para o povoado de Betânia com os doze discípulos.
No dia seguinte, quando eles estavam voltando de Betânia, Jesus teve fome. Viu de longe uma figueira cheia de folhas e foi até lá para ver se havia figos. Quando chegou perto, encontrou somente folhas porque não era tempo de figos. Então disse à figueira:
- Que nunca mais ninguém coma das suas frutas!
E os seus discípulos ouviram isso.
Quando Jesus e os discípulos chegaram a Jerusalém, ele entrou no pátio do Templo e começou a expulsar todos os que compravam e vendiam naquele lugar. Derrubou as mesas dos que trocavam dinheiro e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não deixava ninguém atravessar o pátio do Templo carregando coisas. E ele ensinava a todos assim:
- Nas Escrituras Sagradas está escrito que Deus disse o seguinte: "A minha casa será chamada de 'Casa de Oração' para todos os povos." Mas vocês a transformaram num esconderijo de ladrões!
Os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar um jeito de matar Jesus. Mas tinham medo dele porque o povo admirava os seus ensinamentos.
De tardinha, Jesus e os discípulos saíram da cidade.
No dia seguinte, de manhã cedo, Jesus e os discípulos passaram perto da figueira e viram que ela estava seca desde a raiz. Então Pedro lembrou do que havia acontecido e disse a Jesus:
- Olhe, Mestre! A figueira que o senhor amaldiçoou ficou seca.
Jesus respondeu:
- Tenham fé em Deus. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês poderão dizer a este monte: "Levante-se e jogue-se no mar." Se não duvidarem no seu coração, mas crerem que vai acontecer o que disseram, então isso será feito. Por isso eu afirmo a vocês: quando vocês orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado. E, quando estiverem orando, perdoem os que os ofenderam, para que o Pai de vocês, que está no céu, perdoe as ofensas de vocês. [Se não perdoarem os outros, o Pai de vocês, que está no céu, também não perdoará as ofensas de vocês.]
Em Jerusalém, no tempo de Jesus, o templo era o lugar privilegiado de encontro com Deus. A celebração da Páscoa consumia grande quantidade de bois, ovelhas e pombas; com licença das autoridades do templo, um átrio se convertia em estábulo ou mercado. Para o tributo do templo ou para oferendas voluntárias, o povo que vinha de outros países tinha que trocar dinheiro. Jesus chega a Jerusalém por ocasião da festa de Páscoa, e expulsa todos do templo os comerciantes, e também os próprios animais do sacrifício. Simbolicamente, ele expulsou o culto praticado ali. (Zc 14,21)
“O zelo por tua casa me devora”, diz Jesus tomando as palavras do Salmo 69,10. Jesus quer purificar o templo que se transformara em lugar de comércio, de troca de moeda, de exploração do povo pobre e de enriquecimento da classe sacerdotal. A ação de Jesus podia ser interpretada por seus contemporâneos na linha dos protestos proféticos contra a profanação da casa de Deus. Purificar, limpar aquele templo era o sinal de que a era messiânica havia chegado. A ação de Jesus era grave porque o templo era o centro econômico, político e ideológico do judaísmo daquela época. Jesus estava atacando a raiz da estrutura social.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A reação de Jesus diante dos vendedores e cambistas que comerciavam dentro do templo de Jerusalém, serve para nós como uma exortação para que não façamos das coisas de Deus, cabide para os nossos interesses. Ao mesmo tempo em que nós devemos respeitar a casa de Deus como um lugar sagrado, de recolhimento e oração, nós também precisamos fazer do nosso interior um templo sagrado onde habita Deus. Assim como Jesus expulsou os vendilhões do templo, nós também com toda determinação necessitamos expulsar do nosso coração tudo o que possa transformar o nosso interior numa casa de negócios, onde paire os pensamentos maus, interesseiros e as más intenções. “O zelo por tua casa me consumirá”.. Os nossos pensamentos motivam os nossos sentimentos e estes, determinam as nossas ações. Reflita – O que tem ocupado os seus pensamentos? – As sugestões que partem do seu interior têm sido salutares para a sua vida e a dos seus irmãos? Você guarda ódio e ressentimentos? – Você tem um coração alegre e confiante em Deus?

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos e concluo com a oração do bem-aventurado Alberione:
“Jesus, Mestre:
que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração.
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua.
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas.
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações.
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém”.

4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela presença de Jesus Cristo, acolhido no meu coração e no coração das demais pessoas.
Rezo:
Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Ó Jesus Mestre, Verdade - Caminho - Vida, tem piedade de nós.

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NOTÍCIAS: LEGIÃO DE MARIA DO BRASIL SE REÚNE EM APARECIDA

Anualmente os membros do movimento da Legião de Maria reúnem-se na Casa da Mãe em Aparecida, no primeiro final de semana de junho.
Neste ano a romaria será nos dias 02 e 03 de junho, com membros vindos de todos os cantos do Brasil. Da comunidade Santo André,  na quinta-feira, 31 de maio, às 13h, está saindo um ônibus levando aproximadamente 40 pessoas para lá se juntar a um grande exército de legionárias e legionários do Brasil, para celebrar aos pés da Mãe Aparecida. Este ano, o padre Rubens acompanhará o grupo no evento de fé, devoção a Deus expressada no amor a Mãe de Jesus.

Programação – Romaria/2012:
Sábado, dia 02 de Junho, de 2012
8:00 Ofício Cantado na Praça da Basílica Velha 
9:00 Descida ao Cruzeiro com a Reza do Rosário
09:30 Início da Via-Sacra no Morro do Cruzeiro
15:00 Concentração na Tribuna Papa Bento XVI 
16:00 Missa no Santuário com presença de Estandartes
17:10 Procissão Luminosa na passarela em direção à Basílica Velha
18:00 Encerramento do dia em frente à Basílica Velha
Domingo, dia 03 de Junho, de 2012
08:00 Concentração em frente à Tribuna Papa Bento XVI
09:00 Início do Rosário 
10:00 Missa no Santuário com presença de Estandartes.
Obs: Horário de Brasilia

LEITURA ORANTE: QUINTA-FEIRA LUCAS 1,39-56

LEITURA ORANTE: Lc 1,39-56 - Maria visita Isabel: 
Maria vai visitar Isabel  - A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual, paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! ...

clique no titulo acima para continuar a reflexão...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: MARCOS 10,46-52

MARCOS 10,46-52 - PERCEBER O QUE OS OUTROS NÃO PERCEBEM
(Como coincide com o dia 31 de maio, Festa da Visitação de Nossa Senhora, as leituras mudam. Abaixo a reflexão quando este dia não coincide) 
Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione) 

1. Leitura (Verdade) O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Mc 10,46-52, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Jericó. Quando ele estava saindo da cidade, com os discípulos e uma grande multidão, encontrou um cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. O cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu alguém dizer que era Jesus de Nazaré que estava passando, o cego começou a gritar:
- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!
Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais:
- Filho de Davi, tenha pena de mim!
Então Jesus parou e disse:
- Chamem o cego.
Eles chamaram e lhe disseram:
- Coragem! Levante-se porque ele está chamando você!
Então Bartimeu jogou a sua capa para um lado, levantou-se depressa e foi até o lugar onde Jesus estava.
- O que é que você quer que eu faça? - perguntou Jesus.
- Mestre, eu quero ver de novo! - respondeu ele.
- Vá; você está curado porque teve fé! - afirmou Jesus.
No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho.
Bartimeu, cego, marginalizado, "sentado à beira do caminho, pedindo esmola", percebe o que outros não percebem: Jesus de Nazaré que passa. A sua fé, mesmo se imperfeita, é um órgão mais luminoso do que a vista dos que enxergavam. É através desta fé que ele receberá de Jesus o dom da recuperação da visão. Curado "porque teve fé", Bartimeu "segue" Jesus pelo caminho. O itinerário deste cego é um forte testemunho de fé, iluminação, chamado e seguimento do Mestre.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A minha vivência da fé em Jesus Cristo é para ser comunicada. Como dizem os bispos da América Latina:
"Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DA 32).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma nova visão no meu modo de pensar e agir, conforme o Projeto de Jesus Mestre.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

NOTÍCIAS: MENSAGEM DE DOM ALBERTO FÖRST

A minha mensagem não é de futebol, nem de crise econômica ou, talvez, de guerra, mas de paz e amizade. Já faz três anos que, por motivos diversos, deixei o Brasil e voltei à minha terra natal. O principal deles é o Plano de Saúde, que me faltava no Brasil, mas que, na Alemanha, a Ordem Carmelitana o oferece a todos os membros da Província. Assim, aqui estou assegurado e, tendo mais de 80 anos, era óbvio que devia voltar para cá.
Percebi que o passo foi acertado, porque no ano passado fiquei doente, passando vários meses na UTI. Consegui sobreviver e recuperei a saúde relativamente. Voltei a exercer as minhas funções na Casa de Repouso São Martinho, celebrando diariamente a santa missa e fazendo as funções de assistente eclesiástico.
Em novembro do ano passado, festejei, ao lado dos meus irmãos, parentes, o 85º aniversário de nascimento, e neste ano - se Deus quiser - celebrarei os 60 anos de vida sacerdotal no dia 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo. 55 deles, trabalhei no Brasil, e gostaria de ter continuado por lá, mas a saúde não me permitiu mais.
Mantenho-me informado pelo boletim da CNBB e pelo ELO que se tornou uma revista de destaque, e por outros jornais que recebo, além dos telefonemas que, às vezes, recebo e, assim fico bem informado dos acontecimentos de lá e da Igreja do Brasil.
O meu coração é ainda do Brasil e bate pelo Brasil e pela Igreja do Brasil e da América Latina. Apesar de todas falhas, é uma Igreja viva e atuante, que se mexe e se vira e faz acontecer e, por isso, posso dizer: o meu coração bate pelo Brasil.
Saudações para todos e um grande abraço do vosso.

Dom Alberto Först, OCarm
Bispo emérito de Dourados
Eggolsheim - Alemanha

Fonte: Mensagem publicada na Revista ELO, edição de julho/2012 n.359, ano 37, pág. 7


Veja abaixo em arquivo pdf, um breve resumo da vida de Dom Alberto Först.

LEITURA ORANTE: QUARTA-FEIRA MARCOS 10,35-45


MARCOS 10,35-45 - OS APÓSTOLOS QUERIAM HONRARIAS
Saudação 
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai, 
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus,
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão. 
(Bv. Alberione)


1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Mc 10,35-45, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Depois Tiago e João, filhos de Zebedeu, chegaram perto de Jesus e disseram:
- Mestre, queremos lhe pedir um favor.
- O que vocês querem que eu faça para vocês? - perguntou Jesus.
Eles responderam:
- Quando o senhor sentar-se no trono do seu Reino glorioso, deixe que um de nós se sente à sua direita, e o outro, à sua esquerda.
Jesus respondeu:
- Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber e podem ser batizados como eu vou ser batizado?
Eles disseram:
- Podemos.
Então Jesus disse:
- De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber e receberão o batismo com que vou ser batizado. Mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi Deus quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse:
- Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente. Tiago e João pedem a Jesus um favor. Um favor pretensioso: queriam sentar-se à direita e à esquerda do Mestre no Reino glorioso.
Os filhos de Zebedeu sonham com honrarias, poder, destaque. Querem estar acima dos demais apóstolos. E Jesus lhes diz mais uma vez que seu Reino não é este que eles sonham. É um Reino onde quem quer ser mais importante serve os demais e quem quer ser o primeiro deve se tornar escravo dos outros. A comunidade do Mestre rege-se por critérios e atitudes opostas aos critérios do mundo. A ambição e o desejo de ser o melhor e o maior são substituídos pelo espírito de serviço. Não no sentido de que o serviço é exercido para obter o primeiro lugar, mas no sentido de que no serviço reside a dignidade. A referência ao cálice e ao batismo pode ser interpretada como a Eucaristia e o batismo como participação no mistério pascal de Cristo. O Mestre convida Tiago e João a reverem seu pedido a partir de uma revisão da mentalidade. E a assumirem os critérios do Reino.

2. Meditação (Caminho) 

O que o texto diz para mim, hoje?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Minha vida reflete as atitudes de Tiago e João ? O meu Projeto de vida traz os critérios do Mestre Jesus Cristo?
Os bispos da América Latina me animam: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor, ao nos chamar e nos eleger, nos confiou” (DA 18).


3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai. Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão) 

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos do Mestre. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme os critérios de Jesus Mestre.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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NOTÍCIAS: PARÓQUIA DA CATEDRAL PROMOVE ENCONTRO SOBRE O CONCÍLIO VATICANO II

A Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Catedral/Dourados, promove nos dias 29 e 30 de junho, um Encontro para Lideranças da paróquia e aberto a outras paróquias sobre o CONCÍLIO VATICANO II: 50 ANOS DEPOIS. Dom Vitório Pavanello, arcebispo emérito da Arquidiocese de Campo Grande será o assessor deste evento. 
A abertura acontece na sexta-feira (29), às 19h, prolongando-se até às 22h. Reinicia os trabalhos no sábado, 14 horas, encerrando com a missa as 19 horas.
O local será no auditório do Centro de Pastoral Paroquial, ao lado da Catedral e a taxa de inscrição será de R$ 10,00 (dez reais), segundo informou o pároco Pe. Rubens. As fichas de inscrições estão sendo encaminhadas às coordenações de grupos de serviços, pastorais e movimentos das comunidades Matriz e Santo André.

O Concílio Ecumênico Vaticano II
No dia 11 de outubro de 1962, o papa João XXIII abria de modo solene do Concílio Ecumênico Vaticano II. No dia 11 de outubro deste ano, Bento XVI abrirá as comemorações do cinquentenário desse Concílio, que foi o evento mais marcante da Igreja Católica no século XX e um dos mais importantes de toda a sua história, quase bimilenar.
Teve a participação de mais de 2.500 bispos, em 4 sessões, ao longo de 4 anos. Produziu 16 Documentos sobre vários assuntos e contou com a liderança de 2 Papas: João XXIII, que faleceu após a 1ª. sessão, e Paulo VI. Produziu uma transformação sem precedentes na Igreja e mudou de maneira evidente sua face, sem, no entanto, mudar sua identidade e missão. 
O Concílio pretendeu preparar a Igreja para a modernidade e abrir novos canais de diálogo com o mundo contemporâneo, na tentativa de renovar as estruturas eclesiais e possibilitar uma nova dinâmica para o testemunho de Cristo e o anúncio do Evangelho. Decorrido meio século desde a abertura do Concílio e considerando que, nos últimos 50 anos, as mudanças ocorridas no mundo, na sociedade, na cultura, nas ciências, nos meios de transporte e de comunicação foram maiores e mais radicais do que nos últimos 500 anos, ocorre naturalmente a pergunta: é ainda atual o Concílio Vaticano II?
A conclusão que se chega: que não perdeu sua atualidade e continua, qual bússola, a indicar, de maneira segura, os rumos para a Igreja no século XXI.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: TERÇA-FEIRA MARCOS 10,28-31

Mc 10,28-31 – “CEM VEZES MAIS”

Preparo-me para a Leitura, rezando ao Espírito.
Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em nós, falas em nós,
rezas em nós, ages em nós.
Te pedimos: ajuda-nos a fazer espaço às tuas palavras,
à tua oração, para que possamos conhecer
o mistério da vontade de Deus na história.
Acende em nós aquele mesmo fogo
que ardia no coração de Jesus,
quando ele falava do reino de Deus.
Somente tu, Espírito Santo, podes acendê-lo
e a ti, portanto, apresentamos a nossa fragilidade, a nossa pobreza, o nosso coração apagado,
para que tu o reacendas com o calor da santidade da vida,
do amor fraterno e da potência do Reino.
Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mc 10,28-31,
Aí Pedro disse:
- Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor.
Jesus respondeu:
- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.Jesus, responde a Pedro, garantindo-lhe “cem vezes mais” do que tem aqui na terra, pelo fato de o haver seguido. Mais ainda: o tesouro da “vida eterna”.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Os que decidem por seguir Jesus Cristo encontram-se diante desta garantia. Seguir Jesus Cristo significa optar por segui-lo, sabendo que nele está toda minha riqueza. Os bispos, em Aparecida, disseram:
“No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação.” (DA 351)

3.Oração (Vida)
O que o texto diz para mim?
O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo a Oração do Amor:
Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, vou olhar o mundo e as pessoas com as disposições de Jesus; oferecer-lhes a verdadeira vida.
Assim também vou considerar a minha vocação de seguimento de Jesus.
Bênção Bíblica
O Senhor o abençoe e guarde!
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!’ (Nm 6,24-27)

Font: http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/2010/05/mc-1028-31-cem-vezes-mais.html

LITURGIA: SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE - ANO B

A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de "um Deus em três pessoas"; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.
Na primeira leitura, Jahwéh revela-se como o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens, que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira.
A segunda leitura confirma a mensagem da primeira: o Deus em quem acreditamos não é um Deus distante e inacessível, que se demitiu do seu papel de Criador e que assiste com indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e definitiva.
No Evangelho, Jesus dá a entender que ser seu discípulo é aceitar o convite para se vincular com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os discípulos de Jesus recebem a missão de testemunhar a sua proposta de vida no meio do mundo e são enviados a apresentar, a todos os homens e mulheres, sem excepção, o convite de Deus para integrar a comunidade trinitária.

LEITURA I - Deut 4,32-34.39-40
Moisés falou ao povo, dizendo:
«Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra. Dum extremo ao outro dos céus, sucedeu alguma vez coisa tão prodigiosa? Ouviu-se porventura palavra semelhante? Que povo escutou como tu a voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a viver?
Qual foi o deus que formou para si uma nação no seio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates, com mão forte e braço estendido, juntamente com tremendas maravilhas, como fez por vós o Senhor vosso Deus no Egito, diante dos vossos olhos?
Considera hoje e medita no teu coração que o Senhor é o único Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra, e não há outro.
Cumprirás as suas leis e os seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».

AMBIENTE
o Livro do Deuteronômio é aquele "livro da Lei" ou "livro da Aliança" descoberto no Templo de Jerusalém no 18° ano do reinado de Josias (622 a.C., cf. 2 Re 22). Neste livro, os teólogos deuteronomistas - originários do Norte (Israel) mas, entretanto, refugiados no sul (Judá) após as derrotas dos reis do norte frente aos assírios - apresentam os dados fundamentais da sua teologia: há um só Deus, que deve ser adorado por todo o Povo num único local de culto (Jerusalém); esse Deus amou e elegeu Israel e fez com Ele uma aliança eterna; e o Povo de Deus deve ser um único Povo, a propriedade pessoal de Jahwéh (portanto, não têm qualquer sentido as questões históricas que levaram o Povo de Deus à divisão política e religiosa, após a morte do rei Salomão).
Literariamente, o livro apresenta-se como um conjunto de três discursos de Moisés, pronunciados nas planícies de Moab. Pressentindo a proximidade da sua morte, Moisés deixa ao Povo uma espécie de "testamento espiritual": lembra aos hebreus os compromissos assumidos para com Deus e convida-os a renovar a sua aliança com Jahwéh.
O texto que hoje nos é proposto apresenta-se como parte do primeiro discurso de Moisés (cf. Dt 1,6-4,43). Na primeira parte desse discurso (cf. Dt 1,6-3,29), em estilo narrativo, o autor deuteronomista põe na boca de Moisés um resumo da história do Povo, desde a estadia no Horeb/Sinai, até à chegada ao monte Pisga, na Transjordânia; na parte final desse discurso (cf. Dt 4,1-43), o autor apresenta, em estilo exortativo, um pequeno resumo da Aliança e das suas exigências. Esta secção final do primeiro discurso de Moisés começa com a expressão "e agora, Israel 0, que enlaça esta secção com a precedente: mostra-se que o compromisso que agora se pede a Israel se apoia nos acontecimentos históricos anteriormente expostos. A ação de Deus ao longo da caminhada do Povo pelo deserto deve conduzir ao compromisso.
O capítulo 4 do Livro do Deuteronômio é um texto redigido, muito provavelmente, na fase final do Exílio do Povo de Deus na Babilônia. Perdido numa terra estrangeira e mergulhado numa cultura estranha, hostilizado quando tentava afirmar a sua fé em Jahwéh e celebrá-Ia através do culto, impressionado com o esplendor ritual e as solenidades do culto babilônico, o Povo bíblico corria o risco de trocar Jahwéh pelos deuses babilônicos. É neste contexto que os teólogos da escola deuteronomista vão convidar o Povo a olhar para a sua história, a redescobrir nela a presença salvadora e amorosa de Jahwéh e a comprometer-se de novo com Deus e com a Aliança.

MENSAGEM
No trecho que nos é proposto, o autor deuteronomista começa por convidar Israel a contemplar a história "desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra". O resultado dessa contemplação é a constatação do contínuo empenho de Jahwéh no sentido de oferecer ao seu Povo a vida e a salvação.
Toda a história da relação entre Deus e Israel é uma extraordinária história de relação, na qual se manifesta o amor de um Deus empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. Jahwéh escolheu Israel de entre todos os povos da terra, veio ao seu encontro, falou-lhe ao coração e realizou gestos destinados a trazer ao Povo ao encontro da vida. De mil formas, Deus fez ouvir a sua voz, indicou caminhos, conduziu o seu Povo da escravidão para a liberdade.
Como é que Israel se deve situar diante deste Deus? Como é que o Povo deve responder aos apelos de Deus?
Na perspectiva do teólogo deuteronomista, Israel deve, em primeiro lugar, reconhecer que "só o Senhor é Deus, e que não há outro". D'Ele e só d'Ele brotam a vida, a salvação, a felicidade, a liberdade. Esta constatação convida o Povo a não colocar a sua esperança e a sua realização noutros deuses, noutras propostas ilusórias e enganadoras. Israel deve, em segundo lugar, cumprir as leis e os mandamentos de Deus, pois essas leis e mandamentos são o caminho seguro para a felicidade.
Este "caminho" aqui apontado aos crentes de Israel (e aos crentes de todas as épocas e lugares) não é um caminho de dependência e de servidão; mas é um caminho de felicidade. Deus não se imiscui na vida dos homens para os tornar dependentes, mas para os libertar e para os levar à vida verdadeira, à felicidade plena.

ATUALIZAÇÃO
- Quem é Deus? Como é Ele? Qual a sua relação com os homens? O Deus em quem acreditamos é um Deus sensível aos problemas dos homens e que Se preocupa em percorrer com eles um caminho de amor e de relação, ou é um Deus insensível e distante, que olha com enfado e indiferença o caminho que percorremos e que Se recusa a sujar as mãos com a nossa humanidade? Trata-se de um Deus capaz de amar os homens e de aceitar, com misericórdia, as nossas falhas, ou de um Deus intolerante, duro e insensível, que castiga sem piedade qualquer deslize do homem? A Solenidade da Santíssima Trindade é, antes de mais, um convite a descobrir o verdadeiro rosto de Deus. A primeira leitura deste domingo dá-nos algumas pistas para perceber Deus e para reconhecer o seu verdadeiro rosto.
- Nesta catequese do livro do Deuteronômio, Jahwéh revela-Se como o Deus da relação, empenhado em estabelecer comunhão e familiaridade com o seu Povo. É um Deus que vem ao encontro dos homens, que lhes fala, que lhes indica caminhos seguros de liberdade e de vida, que está permanentemente atento aos problemas dos homens, que intervém no mundo para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime e para nos oferecer perspectivas de vida plena e verdadeira. Por vezes, ao longo da nossa caminhada pela vida, sentimo-nos sós e perdidos, afogados nas nossas dúvidas, misérias e dramas, assustados e inquietos face ao rumo que a história segue. Mas a certeza da presença amorosa, salvadora e reconfortante de Deus deve ser uma luz de esperança que ilumina o nosso caminho e que nos permite encarar cada passo da nossa existência com alegria e serenidade.
- O catequista deuteronomista garante que Jahwéh é o único Deus capaz de realizar estas obras em favor do homem e que só n'Ele o homem encontra a verdadeira vida e a verdadeira liberdade. Esta afirmação convida-nos a refletir sobre o papel que outros "deuses" (bem mais falíveis, bem menos dignos de confiança) desempenham na nossa existência. Em quem é que pomos a nossa esperança? Esses "deuses" que tantas vezes nos seduzem (o dinheiro, o poder, a fama, o sucesso, o reconhecimento social, os valores da rnoda que tantas vezes atraem a nossa atenção e condicionam as nossas opções, são verdadeiramente garantia de vida e de felicidade? Esses "deuses" trazem-nos liberdade e esperança ou escravidão e alienação?
- O autor do texto que nos é proposto convida o Povo a cumprir as leis e os mandamentos que Deus propõe; e garante que as propostas de Deus são o caminho seguro para a felicidade e para a realização plena do homem. Os mandamentos não são propostas destinadas a limitar a nossa liberdade e a prender-nos a um deus ciumento e castrador; mas são sugestões de um Deus que nos ama, que quer a nossa felicidade e realização plena e que, no respeito absoluto pela nossa liberdade, não desiste de nos indicar o caminho para a verdadeira vida.

SALMO RESPONSORIAL - Salmo 32 (33)
Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para sua herança.
A palavra do Senhor é reta, da fidelidade nascem as suas obras. Ele ama a justiça e a retidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor criou os céus, o sopro da sua boca os adornou. Ele disse e tudo foi feito, Ele mandou e tudo foi criado.
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem, para os que esperam na sua bondade, para libertar da morte as suas almas e os alimentar no tempo da fome.
A nossa alma espera o Senhor: Ele é o nosso amparo e protetor. Venha sobre nós a vossa bondade, porque em Vós esperamos, Senhor.

LEITURA 11- Romanos 8,14-17
Irmãos:
Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no temor,
mas o Espírito de adoção filial, pelo qual exclamamos: «Abba, Pai». O próprio Espírito dá testemunho, em união com o nosso espírito, de que somos filhos de Deus.
Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo; se sofrermos com Ele, também com ele seremos glorificados.

AMBIENTE
A Carta aos Romanos é um texto sereno e amadurecido, escrito por Paulo por volta do ano 57/58 e no qual o apóstolo apresenta uma síntese da sua mensagem e da sua pregação. O pretexto para a carta é um projeto de passagem por Roma, a caminho de Espanha (cf. Rom 16,23-24): Paulo sente que terminou a sua missão no oriente e quer anunciar o Evangelho de Jesus no ocidente.
Na verdade, esse projeto de passagem por Roma parece ser, sobretudo, um pretexto para Paulo se dirigir aos Romanos e para lhes expor as suas ideias acerca da salvação. Na comunidade cristã de Roma - como, aliás, em quase todas as comunidades cristãs de então - havia divergências entre cristãos vindos do judaísmo e cristãos vindos do paganismo acerca do caminho cristão. Para os judeo-cristãos, a salvação dependia, além da fé em Cristo, da prática da Lei de Moisés; para os pagano-cristãos, a adesão a Cristo bastava. A uns e a outros, Paulo vai apresentar o essencial da mensagem cristã. O apóstolo insiste, sobretudo, no facto de a salvação não ser uma conquista do homem (que resulta dos atos ou dos méritos do homem), mas um dom do amor de Deus. Na verdade, todos os homens vivem mergulhados no pecado, pois o pecado é uma realidade universal (cf. Rom 1,18-3,20); mas Deus, na sua bondade, a todos "justifica" e salva (cf. Rom 3,1-5,11); e essa salvação é oferecida por Deus ao homem através de Jesus Cristo; ao homem, resta aderir a essa proposta de salvação, na fé (cf. Rom 5,12-8,39).
O texto que hoje nos é proposto faz parte de um capítulo em que Paulo reflete sobre a vida nova que Deus oferece ao batizado e que Paulo chama "a vida no Espírito". O pensamento teológico de Paulo atinge, neste capítulo, um dos seus pontos culminantes, pois todos os grandes temas paulinos (o projeto salvador de Deus em favor dos homens; a ação libertadora de Cristo, através da sua vida de doação, da sua morte e da sua ressurreição; a nova vida que faz dos crentes Homens Novos e os torna filhos de Deus) se cruzam aqui.
Paulo procura, de forma especial, mostrar que os cristãos, libertos da Lei, do pecado e da morte por Jesus Cristo, deixaram a vida velha da "carne" (que é viver em oposição a Deus, numa vida da egoísmo, de auto-suficiência, de orgulho, de fechamento) para viverem a vida nova do Espírito (que é viver em relação com Deus, escutando as suas propostas e sugestões, na obediência aos projetos de Deus e na doação da própria vida aos irmãos).

MENSAGEM
O crente que acolhe a proposta de salvação que Deus faz em Jesus vive "no Espírito". Aceitar essa proposta de vida é aceitar uma vida de relação e de comunhão com Deus. Nessa relação, o crente é alimentado com a vida de Deus.
Os que aceitam receber a vida de Deus e vivem "no Espírito" são "filhos de Deus": Deus é, para eles, um Pai que continuamente os cria e lhes dá vida. A partir de então, os crentes integram a "família de Deus". Não são escravos que vivem no medo de um patrão ciumento e exigente (como era a Lei de Moisés); mas são "filhos" queridos, que Deus ama com amor infinito. Ao dirigirem-se a Deus, os crentes podem usar, com propriedade, a palavra "abba" (a palavra com que, familiarmente, as crianças se dirigem ao pai e que pode traduzir-se como "papá") - expressão de intimidade filial, que define uma relação marcada pelo amor, pela familiaridade, pela confiança, pela ternura.
A condição de "filhos" equipara os crentes com Cristo. Eles tornam-se, assim, "herdeiros de Deus e herdeiros com Cristo". Qual é essa "herança" que lhes está reservada? É a vida plena e definitiva, que Deus oferece àqueles que aceitaram a proposta de Cristo e percorreram com Ele o caminho do amor, da doação, da entrega da vida.
O nosso Deus é, de acordo com a catequese de Paulo, o Deus da relação, apostado em vir ao encontro dos homens, em oferecer-lhes vida, em integrá-los na sua família, em amá-los com amor de Pai, em torná-los herdeiros da vida plena e definitiva.

ATUALIZAÇÃO
- Mais uma vez a Palavra que nos é proposta reafirma esta realidade: o Deus em quem acreditamos não é um Deus distante e inacessível, que Se demitiu do seu papel de criador e que assiste com indiferença e impassibilidade aos dramas dos homens; mas é um Deus que acompanha com paixão a caminhada da humanidade e que não desiste de oferecer aos homens a vida plena e verdadeira. Há, ao longo da nossa caminhada pela vida, momentos de solidão e de desespero, em que procuramos Deus e não conseguimos descortinar a sua presença; mas, sobretudo nesses momentos dramáticos, é preciso não esquecer que Deus nunca desiste dos seus filhos e que nenhum de nós Lhe é indiferente.
- À oferta de vida que Deus faz, o homem pode responder positiva ou negativamente. Se o homem preferir recusar a vida que Deus oferece e trilhar caminhos de egoísmo, de orgulho e de auto-suficiência, está a rejeitar a possibilidade de aceder à vida plena e verdadeira; se o homem estiver disponível para acolher a salvação que Deus oferece em Jesus, torna-se herdeiro da vida eterna. Em que situação é que eu me coloco, diante dos dons de Deus?
- Os membros da comunidade cristã, que pelo Batismo aderiram ao projeto de salvação que Deus apresentou aos homens em Jesus e cuja caminhada é animada pelo Espírito, integram a família de Deus. O fim último da nossa caminhada é a pertença à família trinitária.
- Esta "vocação" deve expressar-se na nossa vida comunitária. A nossa relação com os irmãos deve refletir o amor, a ternura, a misericórdia, a bondade, o perdão, o serviço, que são as consequências práticas do nosso compromisso com a comunidade trinitária. É isso que acontece? As nossas relações comunitárias refletem esse amor que é a marca da "família de Deus"?

ALELUIA - Ap 1,8
Aleluia. Aleluia.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, ao Deus que é, que era e que há-de vir.

EVANGELHO - Mt 28,16-20
Naquele tempo, os onze discípulos partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n'O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus aproximou-Se e disse-lhes: «Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra. Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei. 
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

AMBIENTE
o texto situa-nos na Galileia, após a ressurreição de Jesus (embora não se diga se é muito ou pouco tempo após a descoberta do túmulo vazio - cf. Mt 28,1-15). De acordo com Mateus, Jesus, pouco antes de ser preso, havia marcado encontro com os discípulos na Galileia (cf. Mt 26,32); na manhã da Páscoa, os anjos que apareceram às mulheres no sepulcro (cf. Mt 28,7) e o próprio Jesus, vivo e ressuscitado (cf. Mt 28,10), renovam o convite para que os discípulos se dirijam à Galileia, a fim de lá encontrar o Senhor.
A Galileia - região setentrional da Palestina - era uma região próspera e bem povoada, de solo fértil e bem cultivado. A sua situação geográfica fazia desta região o ponto de encontro de muitos povos; por isso, um número importante de pagãos fazia parte da sua população. A coabitação de populações pagãs e judias fazia, certamente, com que os judeus da Galileia vivessem a religião de uma maneira diferente dos judeus de Jerusalém e da Judeia: a presença diária dos pagãos conduzia, provavelmente, os galileus a suavizar a sua prática da Lei e a interpretar mais amplamente as regras que se referiam, por exemplo, às impurezas rituais contraídas pelo contacto com os não judeus. No entanto, isto fazia com que os judeus de Jerusalém desprezassem os judeus da Galileia e considerassem que da Galileia "não podia sair nada de bom".
No entanto, foi na Galileia que Jesus viveu quase toda a sua vida. Foi também na Galileia que Ele começou a anunciar o Evangelho do "Reino" e que começou a reunir à sua volta um grupo de discípulos (cf. Mt 4,12-22). Para Mateus, esse facto sugere que a o anúncio libertador de Jesus tem uma dimensão universal: destina-se a judeus e pagãos.
Mateus situa este encontro final entre Jesus ressuscitado e os discípulos, num "monte que Jesus lhes indicara". Trata-se, no entanto, de uma montanha da Galileia que é impossível identificar geograficamente, mas que talvez Mateus ligue com a montanha da tentação (cf. Mt 4,8) e com a montanha da transfiguração (cf. Mt 17,1). De qualquer forma, o "monte" é sempre, no Antigo Testamento, o lugar onde Deus se revela aos homens.

MENSAGEM
O texto que descreve o encontro final entre Jesus e os discípulos divide-se em duas partes.
Na primeira (vers. 16-18), descreve-se o encontro. Jesus, vivo e ressuscitado, revela­-se aos discípulos; e os discípulos reconhecem-n'O como "o Senhor" e adoram-n'O. Depois de descrever a adoração, Mateus acrescenta uma expressão que alguns traduzem como "alguns ainda duvidaram" e outros como "eles que tinham duvidado" (gramaticalmente, ambas as traduções são possíveis). No primeiro caso, a expressão significaria que a fé não é uma certeza científica e que não exclui a dúvida; no segundo caso, a expressão aludiria a essa dúvida constante dos discípulos - expressa em vários momentos, ao longo da caminhada para Jerusalém - e que aqui perde qualquer razão de ser.
Ao reconhecimento e à adoração dos discípulos, segue-se uma manifestação do mistério de Jesus, que reflete a fé da comunidade de Mateus: Jesus é o "Kyrios", que possui todo o poder sobre o mundo e sobre a história; Jesus é "o mestre", cujo ensinamento será sempre uma referência para os discípulos; Jesus é o "Deus­ connosco", que acompanhará, a par e passo, a caminhada dos discípulos pela história.
Na segunda (vers. 19-20), Mateus descreve o envio dos discípulos em missão pelo mundo. A Igreja de Jesus é, essencialmente, uma comunidade missionária, cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação que Jesus veio trazer aos homens e que deixou nas mãos e no coração dos discípulos. A primeira nota do envio e do mandato que Jesus dá aos discípulos é a da universalidade da missão dos discípulos destina-se a "todas as nações".
A segunda nota dá conta das duas fases da iniciação cristã, conhecidas da comunidade de Mateus: o ensino e o batismo. Começava-se pela catequese, cujo conteúdo eram as palavras e os gestos de Jesus (o discípulo começava sempre pelo catecumenato, que lhe dava as bases da proposta de Jesus). Quando os discípulos estavam informados da proposta de Jesus, vinha o batismo - que selava a íntima vinculação do discípulo com o Pai, o Filho e o Espírito Santo (era a adesão à proposta anteriormente feita).
Uma última nota: Jesus estará sempre com os discípulos, "até ao fim dos tempos". Esta afirmação expressa a convicção - que todos os crentes da comunidade materna possuíam - que Jesus ressuscitado estará sempre com a sua Igreja, acompanhando a comunidade dos discípulos na sua marcha pela história, ajudando-a a superar as crises e as dificuldades da caminhada.

ATUALIZAÇÃO
- Este texto evangélico foi escolhido para o dia da Santíssima Trindade, pois nele aparece uma fórmula trinitária usada no batismo cristão ("em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"). O nosso texto sugere, antes de mais, que ser baptizado é estabelecer uma relação pessoal com a comunidade trinitária… No dia em que fomos baptizados, comprometemo-nos com Jesus e vinculamo-nos com a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A minha vida tem sido coerente com esse compromisso?
- Quem acolheu o convite de Deus (apresentado em Jesus) para integrar a comunidade trinitária, torna-se testemunha, no meio dos homens, dessa vida nova que Deus oferece. O papel dos discípulos é continuar a missão de Jesus, testemunhar o amor de Deus pelos homens e convidar os homens a integrar a família de Deus. Os irmãos com quem nos cruzamos pelos caminhos da vida recebem essa mensagem? As nossas palavras e os nossos gestos testemunham esse amor com que Deus ama todos os homens? As nossas comunidades são a imagem viva da família de Deus e apresentam um convite credível e convincente aos homens para que integrem a comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo?
- A missão que Jesus confiou aos discípulos - introduzir todos os homens na família de Deus - é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculo para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Todos os homens e mulheres, sem excepção, têm lugar na família de Deus. Tenho consciência de que Jesus me envia a todos os homens - sem distinção de raças, de etnias, de diferenças religiosas, sociais ou econômicas - a anunciar-lhes o amor de Deus e a convocá-los para integrar a comunidade trinitária? Tenho consciência de que sou chamado a apresentar a todos os homens - mesmo àqueles que habitam no outro lado do mundo - o convite para integrar a família de Deus?
- Num mundo onde Deus nem sempre faz parte dos planos e das preocupações dos homens, testemunhar o amor de Deus e apresentar aos homens o convite para integrar a família de Deus é um enorme desafio. O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração… Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus:
"Eu estarei convosco até ao fim dos tempos". Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
- A celebração da Solenidade da Trindade não pode ser a tentativa de compreender e decifrar essa estranha charada de "um em três". Mas deve ser, sobretudo, a contemplação de um Deus que é amor e que é, portanto, comunidade. Dizer que há três pessoas em Deus, como há três pessoas numa família - pai, mãe e filho - é afirmar três deuses e é negar a fé; inversamente, dizer que o Pai, o Filho e o Espírito são três formas diferentes de apresentar o mesmo Deus, como três fotografias do mesmo rosto, é negar a distinção das três pessoas e é também negar a fé. A natureza divina de um Deus amor, de um Deus família, de um Deus comunidade, expressa-se na nossa linguagem imperfeita das três pessoas. O Deus família torna-Se trindade de pessoas distintas, porém unidas. Chegados aqui, temos de parar, porque a nossa linguagem finita e humana não consegue "dizer" o indizível, não consegue definir cabalmente o mistério de Deus.

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE 
1. A PALAVRA MEDITADA AO LONGO DA SEMANA.
Ao longo dos dias da semana anterior à Solenidade da Santíssima Trindade, procurar meditar a Palavra de Deus deste domingo. Meditá-Ia pessoalmente, uma leitura em cada dia, por exemplo… Escolher um dia da semana para a meditação comunitária da Palavra: num grupo da paróquia, num grupo de padres, num grupo de movimentos eclesiais, numa comunidade religiosa… Aproveitar, sobretudo, a semana para viver em pleno a Palavra de Deus…

2. BILHETE DE EVANGELHO.
Se na montanha da Galileia alguns dos onze tiveram dúvidas, é talvez porque eles pensavam tomar a iniciativa do encontro com o Ressuscitado, só contavam com eles para acreditar: a sua inteligência procurava compreender, os seus olhos queriam ver, as suas mãos procuravam tocar, o seu coração desejava amar, mas não esqueciam então que era o Ressuscitado que tinha a iniciativa? Então Jesus assegura-lhes, é Ele que os envia: "Ide!" É em nome de Deus Pai, Filho e Espírito que deverão baptizar; e os mandamentos que farão observar são os mesmos que o próprio Jesus lhes deu. Enfim, Jesus não reprova as suas dúvidas, apenas lhes assegura: "Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos". Duvidar, não será falta de confiança? Ter medo, não será esquecer uma presença?

3. À ESCUTA DA PALAVRA.
Trindade, Movimento de Amor! Um mais um igual a um! As matemáticas divinas não obedecem à nossa lógica! Para além da expressão um pouco técnico da palavra, a fé na Trindade é o coração absoluto do cristianismo. Está na concepção mais fundamental que temos de Deus. Quando São Mateus escreve: "Batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", utiliza uma antiga fórmula batismal muito precisa. Trata-se de ser mergulhado, imerso num movimento, aquele que diz o próprio Nome de um Deus que é Pai, Filho e Espírito. São João diz também, no final do seu prólogo, que "o Filho único está no seio do Pai". Longe de ficar estático, "instalado", o Filho só encontra a verdade última do seu ser na medida em que está ligado ao Pai por um movimento de amor. Com efeito, a grande revelação que Cristo veio trazer, é que "Deus é Amor". O Ser de Deus é o Amor em estado puro, mais precisamente ainda, é amar. Deus nada pode fazer senão amar. Ora, o amor não existe se não for movimento, reciprocidade, dom e acolhimento. Deus, Aquele que Jesus chama "Abba", "papá", só pode existir como fonte de amor. Ele não se pode definir unicamente como o "Ser Supremo". O Pai é a fonte que Se dá, eternamente, gratuitamente. O Filho surge deste dom como a perfeita Imagem do Pai. Quanto ao Espírito, Ele é este mesmo Movimento de Amor que liga eternamente o Pai e o Filho. O Espírito é o "peso" que, brotando do Coração do Pai, O faz "abanar" no dom total de Si mesmo ao Filho. Isto só se pode aceitar na fé, proclamando um Deus que só é Amor e nada mais. É neste Movimento que são mergulhados os batizados. A vida dos cristãos não é uma realidade estática, nem simples conformidade aos mandamentos. É movimento de amor, aberto aos outros, no próprio movimento de amor que é Deus. "Assim como Eu vos amei, amai-vos uns aos outros".

4. PARA A SEMANA QUE SE SEGUE
Ver em cada um… Não é preciso questionarmo-nos muito tempo sobre como fazer para amar os outros… Basta ver Jesus em todo o ser humano, junto de cada um, e saber que o Reino se constrói nos gestos humildes de hoje!

Grupo Dinamizador
Pe. Joaquim Garrido - Pe. Manuel Barbosa - Pe. Ornelas Carvalho
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