Histórico

A Paróquia Santo André, foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, fundada em 20 de junho de 1971, tem como padroeiro o Apóstolo André, santo que a Igreja celebra sua memória no dia 30 de novembro, data de seu martírio. No dia 30 de novembro de 2014, Dom Redovino Rizzardo elevou à qualidade de paróquia, nomeando o primeiro pároco, o Padre Otair Nicoletti. A equipe de Coordenação do Conselho Comunitário de Pastoral - CCP está formada pelas seguintes pessoas: Coordenação: Laudelino Vieira, Paulo Crippa; Assuntos Econômicos: José Zanetti, Valter Claudino; Secretaria: Marcus Henrique e Naiara Andrade.

sábado, 17 de março de 2012

DICAS PARA SE FAZER UMA APRESENTAÇÃO EM POWER POINT


1 - Escolha um tema interessante e impactante;
2 - Procure saber quanto tempo você terá para executar a sua apresentação e observe rigorosamente esse tempo. Monitore-se cronometrando o seu tempo durante os ensaios;
3 - Divida sua apresentação em tópicos e procure colocar um assunto em cada lamina, inserindo um máximo sete sub-tópicos;
4 - Faça uma primeira lamina apresentando o tema central o seu nome e ensaie o suficiente o que vai falar sobre essa primeira lâmina;
5 - Faça uma segunda lamina mencionando os principais tópicos a serem abordados. Essa segunda lamina seria a sua agenda ou seja a sua pauta. Informe também nessa lâmina a principal fonte de pesquisa, especificando a obra e o autor. Siga em frente, construindo a sua apresentação;
6 – Estruture sua apresentação, desenvolvendo para cada tópico e lâmina, um texto sobre o que será falado. Imprima o material e treine a fala para cada slide, tomando cuidado para não se perder;
7 – Agora treine somente com os tópicos e sub-tópicos. Nessa fase, enxugue sua apresentação fazendo uma segunda versão somente com os tópicos e sub-tópicos e treine o suficiente de forma que ao olhar para tela saberá por onde iniciar sua fala e que tópicos comentará em cada slide;
8 - Não leia todos os sete tópicos contidos no slide. Destaque e comete os três mais importantes e antes de mudar de lamina, dê uma pausa para que o público leia os demais tópicos mostrados na tela;
9 - Utilize tamanho adequado para as letras. Procure utilizar tamanho 40 a 50 para títulos e tamanho 20 a 30 para os sub-tópicos e textos;
10 – Evite usar letras claras em transparências com fundo claro ou letras escuras em fundo escuro. Cuide do visual da sua apresentação;
11 - Não exagere nas cores dos textos, utilize no máximo três cores e procure utilizar uma única cor para os títulos, inserindo-os sempre na mesma posição em cada slide;
12 – Se for utilizar tabelas, não exagere na quantidade de linhas e tome cuidado com o tamanho das letras e números contidos na tabela. Se construir tabela no ambiente Excel, amplie o tamanho de forma a facilitar o visual;
13 – Construa uma última lamina deixando uma mensagem para reflexão, porém, evite frases comuns e desgastadas e procure não ser repetitivo;
14 – Ensaie o suficiente a conclusão de sua apresentação, agradeça novamente pela oportunidade e atenção de todos, faça um elogio ou um comentário positivo, pertinente e oportuno, seja objetivo, breve e despeça do seu público;
15 – Salve sua apresentação e tenha certeza que sua apresentação está contida na mídia (DVD, CD) salve-a também no seu pendrive e se possível anexe sua apresentação em uma mensagem e a envie para você mesmo, assim você terá mais uma copia disponível;
16 – Chegue cedo ao local do evento. Chegando 30 minutos mais cedo possibilitará testar os equipamentos e a forma de executar a apresentação;
17 – Procure se interagir com as pessoas que vão chegando para assistir ao seu evento. Isso ajuda a liberar a adrenalina e é bom para aliviar a ansiedade;
18 – Se for utilizar alguém para operar o equipamento, combine o sinal que você dará para a mudança dos slides;
19 - Se for utilizar o apontador laser utilize-o com cuidado, não deixando que o foco de luz desse equipamento desconcentre os ouvintes;
20 - Posicione-se em local estratégico possibilitando uma visão do público e das laminas na tela;
21 - Não passe na frente do projetor de luz e observe o espaço disponível para movimentar-se. Seja moderado nos gestos e na movimentação. Procure utilizar todo o espaço disponível;
22 – Faça comunicação visual com a platéia. Não tenha medo dos olhares do público. Não fique olhando para o chão, ou para o além ou ainda somente para a tela. Os olhares enaltecem o orador, pois, se o público prende os olhares no palestrante é por que o assunto e a forma de executar a apresentação estão interessantes. Falar olhando para a platéia facilita a leitura labial e você perceberá o interesse e a reação do público;
23 – Caso necessário, na fase inicial informe que ao final da apresentação será disponibilizado um tempo para perguntas, evitando assim que o público interrompa sua apresentação e consuma o seu tempo;
24 - Seja carismático com o seu público ao executar sua apresentação. Sorrir não é pecado. O sorriso moderado é um ponto favorável ao palestrante, alimenta a alma, ajuda a descontrair o ambiente e a liberar a tensão do palestrante;
25 - Não exagere na quantidade de slides. Seja moderado e objetivo nesse sentido, evite cansar o seu público;
26 - Evite figuras e efeitos animados desnecessários. Evite gracinhas nesse sentido, pois, além de cansar a platéia, isso pode prejudicar a transmissão da mensagem;
27 - Teste sua apresentação quanto à objetividade, clareza, cores, som visual das letras e tabelas. Faça como se você fosse um integrante da platéia, sente no fundo do auditório e teste o visual das laminas.

10 DICAS PARA PERDER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO


1) Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra, pois neste momento estará ocorrendo maior liberação da adrenalina.
2) Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos de apresentação, mesmo que não precise dele. É só para dar mais segurança.
3) Se tiver que ler algum discurso ou mensagem, imprima o texto em um cartão grosso ou cole a folha de papel numa cartolina, assim, se as suas mãos tremerem um pouco o público não perceberá e você ficará mais tranqüilo.
4) Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais tranqüilo que puder, acerte devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito), olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.
5) No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis. Se entre os componentes da mesa estiver um conhecido aproveite também para fazer algum comentário pessoal.
6) Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer, preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.
7) Antes da apresentação evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais simpática. 
8) Antes de fazer sua apresentação, reúna os colegas de trabalho ou pessoas próximas e treine várias vezes. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções, com este cuidado não se surpreenderá diante do público.
9) Se der o branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a seqüência. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais a frente voltará ao assunto. Se ainda assim não se lembrar, provavelmente ninguém irá cobrar por isso.
10) Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.

por: Beto Dias

sexta-feira, 16 de março de 2012

19 MARÇO: DIA DE SÃO JOSÉ



José, homem justo e discípulo fiel
Em 8 de dezembro de 1870, no Concílio Vaticano I, o Papa Pio IX proclamou São José patrono da Igreja no mundo todo. O nome “José” significa: “Deus faça crescer”. A piedade popular invoca São José como padroeiro de uma boa morte e padroeiro dos trabalhadores. É invocado para as obras de conversão, caridade e promoção humana.
A Sagrada Escritura fala pouco dele, mas este pouco é muito: diz que era um “homem justo”. Isto é tudo. Deus confiou a este homem seus dois maiores tesouros: seu próprio Filho e a mãe de seu Filho: Jesus e Maria. Podemos considerar José como o último dos patriarcas do Antigo Testamento. Ele é a ponte para o Novo Testamento.


A origem de José
Conforme o evangelho de Mateus, José é filho de Jacó (Mt 1,16) e conforme o evangelho de Lucas, José é filho de Eli (Lc 3,23). Temos duas versões diferentes. Porém, tanto Mateus como Lucas afirmam que ele era descendente do rei Davi.
A origem era definida pela linhagem paterna. Cada pessoa sabia de que tribo provinha e quem eram seus antepassados. Era uma espécie de carteira de identidade na tradição das famílias judaicas. Jesus é menosprezado por ser o “filho do carpinteiro” (Mt 13,55), pois tal profissão não era valorizada naquela época. Conforme o evangelho de Marcos, o próprio Jesus é chamado de “carpinteiro,” para designar o desprezo e a incredulidade referentes a sua origem (Mc 6,3). Ao iniciar o seu ministério, Jesus tinha cerca de 30 anos e conforme se pensava, era filho de José (Lc 3,23).


José, o homem da interioridade
José não provém do mundo das letras e nem das leis, pois não era escriba e nem fariseu. Não era cobrador de impostos e muito menos saduceu. Não fazia parte da classe sacerdotal ou levítica do Templo. Não pertenceu a nenhum grupo piedoso ou violento do seu tempo, como era o caso dos essênios e dos zelotes.
José era um homem do interior, da pequena cidade de Nazaré, tão pequena e insignificante, que nem é mencionada no Antigo Testamento. Sua profissão era carpinteiro, que na época, significava trabalhar com madeira, pedra e mesmo com o ferro. O carpinteiro tinha normalmente sua oficina no pátio da própria casa. Ademais, ninguém vivia de uma só profissão. Em geral tinham outros trabalhos no cultivo da terra ou no pastoreio de ovelhas, cabritos e gado. A Galiléia possui ainda hoje terras das mais férteis do mundo.


José e seu silêncio
Na Sagrada Escritura não encontramos nenhuma palavra atribuída a ele. Deus fala a José através de anjos e sonhos. Não temos nenhum dado sobre o seu nascimento e nem sobre a sua morte. Falava pelas mãos na carpintaria de Nazaré; pelos braços segurando o menino Jesus; pelos pés caminhando para o exílio no Egito; pelo amor estando junto de Maria e Jesus; pelo trabalho garantindo o sustento para a Sagrada Família.
José era um artesão e não um rabino. Nele contam mais as mãos que a boca, mais o trabalho que as palavras. Ele é modelo dos “cristãos anônimos”. José é o homem do silêncio e foi quem primeiro escutou a Palavra. Ele que veio da obscuridade e da vida cotidiana foi agraciado por primeiro por contemplar a luz do Verbo, que ilumina a todos (Jo 1,9). O seu silêncio não é ficar mudo como quem não tem nada a dizer. José teria muito a dizer. Ele sendo justo, certamente irradiou ao seu redor o testemunho mais pelo exemplo do que pelas palavras. Ou quando os fatos são grandes demais, não temos palavras, fazemos silêncio. O silêncio é pai da palavra.
Em Nazaré estão os três que se amam e vão mudar para sempre o rosto do mundo. Seu silêncio representa o silêncio de Deus Pai. O silêncio revela a natureza do Pai celeste. O silêncio é a essência de José. Tal silêncio revela o nosso cotidiano. Quando queremos ouvir a outra pessoa, temos de silenciar. A vida interior é a vida do silêncio, que é fecundo e não vazio. É do silêncio que nascem as palavras transformadoras da história. José é mestre da vida interior silenciosa.


O noivado de José
Tinha do ponto de vista jurídico, o mesmo valor que o casamento. A noiva deveria ter pelo menos 12 anos e o noivo 13. Mas era costume que se esperasse até ele completar 18 anos, para que o casamento se realizasse. Na Palestina do tempo de Jesus, o casamento era um acerto entre duas famílias. A mulher não casava. Era dada em casamento. O pai de José combinou com o pai de Maria o dote a ser pago pelas duas famílias, visando uma certa segurança à família, em caso de viuvez. Os noivos se comportavam como casados, porém não podiam coabitar. Isso era impensável. Desde o noivado, o noivo devia sustentar a noiva em suas necessidades básicas. A festa de casamento durava uma semana inteira e nas famílias mais pobres, apenas 3 dias.


Os sonhos de José
Na concepção dos antigos, os sonhos colocavam o ser humano em contato com o mundo dos deuses e dos espíritos, sendo usados também como revelação das realidades futuras ou ocultas. No mundo bíblico os sonhos estão presentes, especialmente no Antigo Testamento, e eram considerados como revelação de verdades escondidas ou adivinhações futuras. Algumas vezes, como exortações ou avisos da parte de Deus.
De outro lado, Deus se revela às vezes aos profetas por meio de sonhos. Como os sonhos são geralmente obscuros, só podem ser interpretados por “sábios”. Explicar os sonhos era considerado prerrogativa divina, um efeito do espírito de Deus. Das cinco vezes que a palavra “sonho” aparece nos evangelhos, quatro se referem a José:
– Não temas receber Maria como tua esposa (Mt 1,20-21);
– Toma o menino e a mãe e vai para o Egito (Mt 2,13);
– Toma o menino e a mãe e vai para a terra de Israel (Mt 2,20);
– Volta para Nazaré (Mt 2,22-23).
Em seus sonhos, José é sempre convencido por um anjo, a fazer exatamente o contrário do que ele tinha planejado, isto é, fazer a vontade de Deus e não a sua própria.

Jesus, o filho de José
Os evangelhos chamam José de “esposo de Maria” e Maria, por sua vez, é chamada de “esposa de José”. O filho de Maria torna-se também o filho de José, em virtude do vínculo matrimonial que os une. Por isso, os evangelhos o reconhecem como o “filho de José”. O fato de a gravidez de Maria ter sido misteriosa, por obra do Espírito e não de José, nada impede que haja uma família.
Os evangelhos não dizem nada sobre sua morte. O certo é que em nenhum momento da vida pública de Jesus, José aparece em público ao lado de Maria. A última vez que José apareceu em cena foi quando Jesus tinha 12 anos. Depois disso a figura de dele desaparece.
A expectativa de vida de um judeu, na época de Jesus, era em torno de 25 a 30 anos, aproximadamente. José, deve ter ultrapassado, pelos menos, os 30 anos. O certo é que José não estava aos pés da cruz. Ele não viu a crucificação de Jesus. O fato de o apóstolo João tomar Maria sob seus cuidados, revela que José não estava mais presente.


José, a personificação do Pai
A família divina, num momento preciso da história, assumiu a família humana. O Pai se personalizou em José, o Filho em Jesus e o Espírito Santo em Maria. Assim, a Trindade inteira se autocomunicou, se revelou e entrou de forma definitiva em nossa história. Atingimos aqui a máxima coerência e a suprema sinfonia. A humanidade inteira foi inserida no reino da Trindade. José é o pai presente. A Trindade do céu fez sua morada na família de Nazaré.
Sem José não há encarnação completa, assim como os evangelhos a testemunham. É preciso tirar José da marginalidade em que foi deixado e lhe dar a centralidade que merece. Nos primeiros séculos do cristianismo, José ficou obscuro. Sobre ele não se pronunciou nenhuma homilia, como se fez com Jesus e Maria. A partir da Idade Média é que José começou a ganhar significado com os mestres da época, que perceberam sua importância no mistério da salvação.


A genealogia de Jesus conforme Mateus
Tanto Mateus como Lucas retratam a origem e a infância de Jesus. Mateus escreve para os judeus que tinham se convertido ao cristianismo e precisavam de um argumento convincente, baseado nas Escrituras. Como José era descendente de Davi, preenchia este critério.
A genealogia de Mateus mostra que Jesus, como Messias, tem também uma origem histórica no povo de Israel (Mt 1,1-17). Por 39 vezes ele usa o verbo “gerar”. Quando chega ao ponto crucial dos 40, dá uma reviravolta total, ao dizer que “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo”. A mudança provoca um impacto e uma quebra de seqüência, pois ao dizer que “Jacó gerou José”, era de se esperar que dissesse em seguida que “José gerou Jesus”. Isso não acontece. Mateus começa com Abraão e termina com Jacó, pai de José. É o estilo descendente de apresentar. Parte de cima para baixo. Os dois personagens de destaque são Abraão e Davi. Abraão é o pai da fé e Davi é o fundador de uma dinastia real; ambos são beneficiados pela promessa divina. Sem a presença de José, Jesus não entra na descendência de Davi e não seria o verdadeiro Messias.
Mateus apresenta sua genealogia em três etapas. As 14 gerações primeiras vão de Abraão até Davi para mostrar o ponto alto da História de Israel. Depois temos as 14 seguintes, desde Davi até o Exílio na Babilônia, para mostrar o ponto mais baixo da História. Por fim, as 14 gerações desde o Exílio até Cristo, demonstram o ponto alto e definitivo da História, que culmina em Jesus.
Mateus, menciona, ainda, quatro mulheres: Tamar, a nora de Judá que o engana e seduz (Gn 38); Raab, a prostituta que escondeu os espiões (Js 2); Rute, a estrangeira moabita (Rt 1-4); e Betsabéia, a adúltera, mãe de Salomão (2 Sm 11). A quinta mulher mencionada é Maria. Não chama Maria esposa de José, mas sim o contrário, José esposo de Maria.


A genealogia de Jesus conforme Lucas
Ao contrário de Mateus, que escreve para os judeus, a genealogia de Lucas é destinada ao mundo pagão. Começa com José e termina em Adão e chega até Deus. Nesta lista não figura nenhuma mãe, nem o nome de Maria é citado. Jesus é apresentado como filho de Davi, filho de Abraão, filho de Adão e chega até Deus (Lc 3,23,38).
Lucas começa por José, cujo pai é Eli. É a forma ascendente de apresentar, e a menos usada. Parte de baixo para cima. Lucas apresenta sua lista com setenta e sete nomes, em onze etapas e com Jesus começa a décima segunda etapa. Conforme uma profecia antiga, o Messias deveria aparecer no final da décima primeira semana do tempo previsto, que equivale a 77 dias. Por isso, Lucas apresenta em sua genealogia 77 nomes. É uma numeração original.
Podemos, então, afirmar que os evangelhos não estão interessados em José, pois ele não constituía problema para seus leitores. O problema era apresentar a origem divina de Jesus, da descendência de Davi. José entra na História para resolver tal problema. O centro da questão está em Jesus e não em José. Mas, sem José, Jesus não seria o Cristo, descendente de Davi.
Os dois relatos da infância de Jesus em Mateus e Lucas, são textos tardios. Foram colocados como introdução aos evangelhos. Querem situar Jesus dentro da História de Israel e da História do universo. Tudo começou a ser escrito algumas dezenas de anos depois da ressurreição de Jesus. Se Jesus não tivesse ressuscitado, tudo teria morrido por aí mesmo e José não seria mais lembrado. Com a ressurreição de Jesus, todos os personagens bíblicos são revividos.


Textos para oração:
– Mateus 1,1-17: A genealogia de Jesus conforme Mateus;
– Lucas 3,23-38: A genealogia de Jesus conforme Lucas;
– Mateus 1,18-25: O sonho de José;
– Mateus 2,1-23: O começo de uma nova história.

Pe. Agenor Girardi, msc

MENSAGEM: A FLOR DA AMIZADE



Era uma vez uma flor que nasceu no meio das pedras.
Ninguém sabe como, conseguiu crescer e ser um sinal de vida no meio de tanta tristeza.
Passou uma jovem e ficou admirada com a flor.
Logo pensou em Deus.

Cortou a flor e a levou para a Igreja.
Mas após uma semana a flor tinha morrido.

Passou um homem, viu a flor pensou em Deus, agradeceu e a deixou ali;
não quis corta-lá para não mata-lá.
Mas dias depois veio uma tempestade e a flor morreu...
Passou uma criança e achou que aquela flor era parecida com ela:
Bonita, mas sozinha.

Decidiu voltar todos os dias.
Um dia regou, outro dia podou, depois fez um canteiro, colocou adubo...
Um mês depois, lá onde tinha só pedras e uma flor, havia um jardim!
Assim se cultiva uma amizade...

NOTICIAS: PARÓQUIA PROMOVE RETIRO QUARESMAL

Na manhã do dia do Senhor, 11 de março, um bom número de pessoas da comunidade até o salão paroquial da Catedral para participar do Retiro Quaresmal, dirigido pelo pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus / Dourados, padre Alexandre Mosqueti, Missionário da Milicia Imaculada.

Os participantes tiveram oportunidade de vivenciar e disponibilizar o seu tempo em preparação para para a Páscoa, onde pararam, utilizando-se mais dos ouvidos para ouvir a voz, a mensagem de Deus por meio do orientador, refletiram sobre a missão de Jesus, e fizeram a experiencia da oração.
Jesus também experimentou o silêncio, a meditação e o caminho do deserto. Neste caminho aprendeu a “escutar”. Nos próprios evangelhos percebemos que Jesus se afastava das multidões para se entregar a um momento de contemplação e meditação. Sua vida pública iniciou dentro de um momento de oração e recolhimento no deserto. O mesmo aconteceu com os profetas (Elias, Ezequiel, Amós, e tantos outros). Foi num momento de silêncio que eles perceberam a voz de Deus. Na contemplação sobre o sentido da vida, os profetas sentiram o chamado de Deus e deixaram se tocar pelo silêncio, adquirindo assim forças para desempenhar com fé e coragem a missão que lhes fora confiada por Deus. Todos os cristãos são chamados a caminhar por este deserto.
O retiro encerrou-se às 16 horas com a celebração da eucarístia.

NOTICIAS: CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS NOS SETORES DA COMUNIDADE


Na terça-feira, 13 de março, às 19h, aconteceram simuntaneamente duas celebração eucarística na comunidade Santo André. No setor Nossa Senhora das Graças, o local foi na residência da Eurides, presidida pelo padre Rubens, enquanto no Setor Mãe Peregrina, a casa escolhida foi da Santa, presidindo a missa, padre Leão.
No próximo mês, 10 de abril, aconterão no setores Sagrada Família e Rainha da Paz.

quinta-feira, 15 de março de 2012

MENSAGEM: AS PEDRAS NO VASO


Um professor de ciências de um colégio queria demonstrar um conceito aos seus alunos. 
Ele pegou um vaso de boca bem larga e colocou nele algumas pedras. 
Então perguntou à classe:

- Está cheio?

- Sim!Todos responderam:
O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou tudo dentro do vaso.
Os pequenos pedregulhos alojaram-se nos espaços entre as rochas grandes.
Então, perguntou aos alunos.
- E agora, está cheio?
Desta vez, alguns estavam em dúvida. Mas, a maioria respondeu “sim”!
O professor então pegou uma lata de areia a começou a derramá-la dentro do vaso.
A areia foi preenchendo os espaços entre os pedregulhos. Pela terceira vez, ele perguntou:
- Então, está cheio?
Agora, a maioria dos alunos está receosa, mas novamente muitos disseram “sim”!
O professor agora manda buscar um jarro de água e despejou-a dentro do vaso.
A água saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou à classe:
- Qual o objetivo desta demonstração?
Um jovem e brilhante aluno levantou a mão e respondeu:
- Não importa quanto a agenda da vida está cheia. Ela sempre conseguirá espremer dentro dela mais algumas coisas!
- Não! – Respondeu o professor – O ponto é o seguinte: se você não colocar as pedras grandes em primeiro lugar dentro do vaso, nunca mais as conseguirá colocar lá dentro. As pedras grandes são as coisas mais importantes de sua vida: seu relacionamento com Deus, sua família, seus amigos, seu crescimento pessoal e profissional. Se você preencher sua vida somente com coisas pequenas, como demonstrei com os pedregulhos, a areia e a água, as coisas realmente importantes nunca terão tempo e nem espaço em suas vidas.

MENSAGEM: PERDAS... SAUDADES...


“Falar em perdas é falar em solidão, tristeza, desesperança, medo.”
Quando digo perdas, não estou me referindo apenas aos que morrem, mas a todos que, de alguma forma, nos deixam prematuramente, antes que estejamos preparados.
Um amigo
que se muda para longe, um namoro interrompido abruptamente e até mesmo um ente querido que se vai, sempre provoca em nós uma sensação de vazio.
E por que isso? Porque sofremos tanto mesmo sabendo que estas perdas ou partidas inesperadas são inerentes à vida e que, portanto, não podemos controlá-las?
Não saberia responder com precisão as perguntas acima, mas, o que me parece mais coerente é que nunca estaremos prontos para nos acostumarmos com a falta dos que amamos. Por mais que saibamos que a qualquer instante eles nos faltarão, temos sempre a predisposição em acreditarmos que quem nos ama nunca nos trairia, nos privando de seu afeto
, carinho e amor.
Salvo engano.
São justamente aqueles que amamos que mais nos machucam com suas partidas inesperadas.
Vão-se sem aviso prévio e nos levam a felicidade,
a fé na vida, o equilíbrio.
O que fazer então? Não amarmos? Não nos permitirmos gostar de alguém pelo simples fato de que seremos, mais cedo ou mais tarde, deixados para trás na vida, entregues às nossas angústias e remorsos por não termos dito tudo ou feito o suficiente por eles?
Creio que não.
Se há algo na vida que mais nos trás felicidade é sabermos que somos queridos e não seria honesto nos privarmos de tal sentimento por covardia.
Um amor de pai e mãe, o carinho de um amigo ou afeto de uma relação a dois deve sempre se sobrepujar ao medo da perda.
Porque ela é inevitável; o sentimento, não. Deve ser exercitado todos os dias de nossas breves vidas.
Ele é o que nos move, nos dá o chão para que possamos caminhar pela vida com a certeza de que, haja o que houver, teremos sempre alguém com quem contar, que nos apoiará mesmo nos momentos em que não tenhamos razão.
Esta, deve ser a maior lição deixada pelos que partem sem nos avisar. Lembrar-nos que devemos sempre curtir aqueles que amamos com a intensidade proporcional à brevidade de uma vida.
Porque, quando nos faltarem, saberemos que amamos e fomos amados, que demos e recebemos todo o carinho esperado, que construímos um sentimento que nenhuma perda poderá apagar. Este sentimento transcende o espaço e o tempo, não se limita ao contato físico.
Torna-se parte de nós, impregnado em nossa alma, nos confortando nos dias difíceis, sendo cúmplice de nossas vitórias pessoais, norteando nossa conduta, nos fazendo sentir eternamente amados.
Que me perdoem os físicos, mas, neste caso, acredito sim que dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço.
Basta que permitamos sentir a presença dos que amamos dentro de nós, como se fossem parte de nossa alma. Só assim seremos inteiros.
“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós".

(autoria desconhecida)

quarta-feira, 14 de março de 2012

MENSAGEM: CINCO MINUTOS


No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
Ela disse:
Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.
- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.
- Melissa, o que você acha de irmos?
Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração
Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?
Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!
O homem sorriu e disse:
- Está certo!
- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.
O homem sorriu e disse:
- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado, quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.
Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar...

Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas?
Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!
Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo.
"Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos."

terça-feira, 13 de março de 2012

QUATRO ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE UM ESPAÇO LITÚRGICO

Deus se comunica com a gente através de sinais sensíveis. Ora, é na celebração da divina Liturgia que temos um dos lugares mais excelentes em que Deus, no Cristo e pelo Espírito Santo, comunica ao seu povo o dom de sua presença salvadora. Por isso, a Liturgia é feita de sinais sensíveis. Toda ela, em todos os seus detalhes, tem (e deve ter!) sua indispensável dimensão simbólico-sacramental. A começar pelo lugar físico em que acontece a celebração litúrgica.
Quatro, são os elementos fundamentais que não devem faltar na organização do espaço litúrgico, pelos quais nos é dado perceber a presença amorosa de Deus na celebração da divina Liturgia.

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Quatro elementos fundamentais de um espaço litúrgico

ORGANISMOS DA CNBB LANÇAM CARTILHA DAS ELEIÇÕES 2012

Organismos da CNBB lançam cartilha das eleições 2012

segunda-feira, 12 de março de 2012

MENSAGEM: O AMOR


O dia mais belo: hoje
A coisa mais fácil: errar
O maior obstáculo: o medo
O maior erro: o abandono
A raiz de todos os males: o egoísmo
A distração mais bela: o trabalho
A pior derrota: o desânimo
Os melhores professores: as crianças
A primeira necessidade: comunicar-se
O que traz felicidade: ser útil aos demais
O pior defeito: o mau humor
A pessoa mais perigosa: a mentirosa
O pior sentimento: o rancor
O presente mais belo: o perdão
o mais imprescindível: o lar
A rota mais rápida: o caminho certo
A sensação mais agradável: a paz interior
A maior proteção efetiva: o sorriso
O maior remédio: o otimismo
A maior satisfação: o dever cumprido
A força mais potente do mundo: a fé
As pessoas mais necessárias: os pais
A mais bela de todas as coisas: O AMOR!!!

(Madre Tereza de Calcutá)

MENSAGEM: PRECISAMOS DE SANTOS


Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte. 
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".


(João Paulo II)

MENSAGEM DO SANTO PADRE PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2012


Mensagem do Santo Padre (traduzido por Agência Fides)

“Chamados a fazer brilhar a Palavra de verdade” (Porta Fidei n. 6)

Queridos irmãos e irmãs,

A celebração do Dia Mundial das Missões se reveste este ano de um significado todo especial. A circunstância do 50° aniversário do decreto conciliar ad Gentes, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre o tema da Nova Evangelização convergem em reafirmar a vontade da Igreja de se empenhar com mais coragem e ardor na missio ad gentes para que o Evangelho chegue até os extremos confins da terra.
O Concílio Ecumênico Vaticano II, com a participação dos Bispos católicos provenientes de todos os ângulos da terra, foi um sinal luminoso da universalidade da Igreja, acolhendo pela primeira vez um número tão alto de Padres Conciliares provenientes da Ásia, da África, da América Latina e da Oceania. Bispos missionários e Bispos autóctones, Pastores de comunidades espalhadas entre populações não-cristãs trouxeram para a Reunião conciliar a imagem de uma Igreja presente em todos os Continentes e se fizeram intérpretes das complexas realidades do então chamado ‘Terceiro Mundo’.
Enriquecidos com a experiência derivada de ser pastores de Igrejas jovens e em via de formação, animados pela paixão pela difusão do Reino de Deus, eles contribuíram de maneira relevante para reafirmar a necessidade e a urgência da evangelização ad gentes, e, portanto, para trazer ao centro da eclesiologia a natureza missionária da Igreja.


Eclesiologia missionária
Esta visão hoje não está em segundo plano; pelo contrário, conheceu uma fecunda reflexão teológica e pastoral, e, ao mesmo tempo, se repropõe com renovada urgência porque cresceu o número daqueles que ainda não conhecem Cristo: “Os homens à espera de Cristo, constituem ainda um número imenso”, afirmava o Beato João Paulo II na sua encíclica Redemptoris missio acerca da permanente validez do mandato missionário; e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus” (n. 86). Também eu, ao convocar o Ano da Fé, escrevi que Cristo “hoje, como outrora, envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta Apostólica Porta fidei, 7). Proclamação que, como se expressava também o Servo de Deus Paulo VI na Exortação apostólica Evangelii nuntiandi, “não é para a Igreja uma contribuição facultativa: é um dever que lhe incumbe, por mandato do Senhor Jesus, a fim de que os homens possam acreditar e ser salvos. Sim, esta mensagem é necessária. É única. É insubstituível.” (n. 5). Portanto, necessitamos retomar o mesmo ímpeto apostólico das primeiras comunidades cristãs, que, pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e o testemunho, de difundir o Evangelho em todo o mundo até então conhecido.
Consequentemente, não surpreende que o Concílio Vaticano II e o sucessivo Magistério da Igreja insistam de modo especial sobre o mandato missionário que Cristo confiou aos seus discípulos e que deve ser compromisso de todo o Povo de Deus, Bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e leigos. O cuidado em anunciar o Evangelho a todas as partes da terra pertence primeiramente aos bispos, responsáveis direitos pela evangelização do mundo, quer como membros do colégio episcopal, quer como pastores das Igrejas particulares. Eles, de fato, “foram consagrados não apenas para uma diocese, mas para a salvação de todo o mundo” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris missio, 63), “pregadores da fé, que conduzam a Cristo novos discípulos” (Ad gentes, 20) e tornam “presentes e como que palpáveis o espírito e o ardor missionário do Povo de Deus, de maneira que toda a diocese se torna missionária” (ibid., 38).


A prioridade de evangelizar
O mandato de pregar o Evangelho não se esgota, portanto, para um Pastor, na atenção por aquela porção do Povo de Deus confiada aos seus cuidados pastorais, nem no envio de sacerdotes, leigos ou leigas fidei donum. Ele deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e operar. O Concílio Vaticano II o indicou com clareza e o Magistério sucessivo o reiterou com força. Isso requerer adequar constantemente estilos de vida, planos pastorais e organização diocesana a esta dimensão fundamental do ser Igreja, especialmente no nosso mundo em contínua transformação. E isso vale também para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, como também para os Movimentos eclesiais: todos os componentes do grande mosaico da Igreja devem sentir-se fortemente interpelados pelo mandato do Senhor de pregar o Evangelho, para que Cristo seja anunciado em todos os lugares. Nós, Pastores, os religiosos, as religiosas e todos os fiéis em Cristo, devemos colocarmo-nos nas pegadas do apóstolo Paulo, o qual, “prisioneiro de Cristo para os gentios” (Ef 3, 1), trabalhou, sofreu e lutou para levar o Evangelho em meio aos pagãos (cfr. Ef. 1, 24-29), sem poupar energias, tempo e meios para divulgar a Mensagem de Cristo.
Também hoje a missão ad gentes deve ser o constante horizonte e o paradigma por excelência de toda atividade eclesial, porque a própria identidade da Igreja é constituída pela fé no mistério de Deus, que se revelou em Cristo para nos trazer a salvação, e pela missão de testemunhá-lo e anunciá-lo ao mundo, até o seu retorno. Como são Paulo, devemos estar atentos aos que estão distantes, àqueles que ainda não conhecem Cristo e ainda não experimentaram a paternidade de Deus, conscientes de que “a cooperação missionária alarga-se hoje para novas formas, não só no âmbito da ajuda econômica, mas também da participação direta na evangelização” (JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptoris missio, 82). A celebração do Ano da Fé e do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização serão ocasiões propícias para um relançamento da cooperação missionária, sobretudo nesta segunda dimensão.


Fé e anúncio
O anseio de anunciar Cristo nos impulsiona a ler a história para analisar os problemas, aspirações e esperanças da humanidade, que Cristo deve curar, purificar e preencher com a sua presença. A sua mensagem, de fato, é sempre atual, penetra no coração da história e pode dar resposta às inquietações mais profundas de todo homem. Por isso, a Igreja, em nome de todos os seus componentes, deve estar consciente de que “os horizontes imensos da missão eclesial e a complexidade da situação presente requerem hoje modalidades renovadas para se poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus.” (Bento XVI, Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, 97). Isto exige, antes de tudo, uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo, “num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver” (Carta Apostólica Porta fidei, 8).
Efetivamente, um dos obstáculos ao impulso evangelizador é a crise de fé, não apenas no mundo ocidental, mas em grande parte da humanidade, que, faminta e sedenta de Deus, também deve ser convidada e conduzida ao pão de vida e à água viva, como a Samaritana que vai ao poço de Jacó e dialoga com Cristo. Como narra o Evangelista João, a vicissitude desta mulher é particularmente significativa (cfr Jo 4, 1-30): encontra Jesus, que lhe pede de beber, mas depois lhe fala de uma água nova, capaz de saciar a sede para sempre. No início, a mulher não entende, permanece no nível material, mas lentamente é conduzida pelo Senhor a realizar um caminho de fé que a leva a reconhecê-lo como o Messias. A esse propósito, Santo Agostinho afirma: “depois de acolher Cristo Senhor no coração, que mais poderia ter feito (aquela mulher) senão abandonar a ânfora e correr para anunciar a boa nova?” (Homilia 15, 30). O encontro com Cristo como pessoa viva que sacia a sede do coração só pode levar ao desejo de compartilhar com os outros a alegria desta presença e fazê-Lo conhecer para que todos a possam experimentar. É preciso renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã que estão perdendo Deus como referência, a fim de redescobrir a alegria de crer. A preocupação de evangelizar nunca deve permanecer à margem da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas sim caracterizá-la fortemente, conscientes de ser destinatários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho. O ponto central do anúncio permanece sempre o mesmo: o Kerigma do Cristo morto e ressuscitado pela salvação do mundo, o Kerigma do amor de Deus absoluto e total por todo homem e por toda mulher, cujo ápice está no envio do Filho eterno e unigênito, o Senhor Jesus, que não se eximiu de assumir a pobreza de nossa natureza humana, amando-a e resgatando-a, por meio da oferta de si na cruz, do pecado e da morte.
A fé em Deus, neste desígnio de amor realizado em Cristo, é antes de tudo um dom e um mistério a receber no coração e na vida e pelo qual agradecer sempre ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para ser compartilhado; é um talento recebido para que produza frutos; é uma luz que não deve ficar escondida, mas iluminar toda a casa. É o dom mais importante que nos foi feito em nossa existência e que não podemos guardar para nós mesmos.


O anúncio se faz caridade
“Ai de mim, se não anunciar o Evangelho”, dizia o Apóstolo Paulo (1 Cor. 9,16). Esta palavra ressoa com força para todo cristão e para toda comunidade cristã em todos os Continentes. Também para as Igrejas em territórios de missão, Igrejas em grande parte jovens, em sua maioria de recente fundação, a missionariedade se tornou uma dimensão conatural, mesmo que elas ainda precisem de missionários. Muitos sacerdotes, religiosos e religiosas, de todas as partes do mundo, inúmeros leigos e até mesmo inteiras famílias deixam seus países, suas comunidades locais, rumo a outras Igrejas para testemunhar e anunciar o Nome de Cristo, no qual a humanidade encontra a salvação. Trata-se de uma expressão de profunda comunhão, compartilha e caridade entre as Igrejas, para que cada homem possa ouvir ou re-ouvir o anúncio que cura e aproximar-se dos Sacramentos, fonte da verdadeira vida.
Juntamente a este elevado sinal da fé que se transforma em caridade, recordo e agradeço às Pontifícias Obras Missionárias, instrumento para a cooperação com a missão universal da Igreja no mundo. Através da sua ação, o anúncio do Evangelho se transforma em ação de ajuda ao próximo, justiça com os mais pobres, possibilidade de instrução nas aldeias mais distantes, assistência médica em lugares remotos, emancipação da miséria, reabilitação dos marginalizados, apoio ao desenvolvimento dos povos, superação das divisões étnicas, respeito pela vida em todas as suas fases.
Queridos irmãos e irmãs, invoco sobre a obra de evangelização ad gentes, e de modo especial, sobre seus operários, a efusão do Espírito Santo, para que a Graça de Deus a faça caminhar com mais decisão na história do mundo. Com o Beato John Henry Newman, gostaria de rezar: “Acompanha, ó Senhor, os Teus missionários às terras a evangelizar, coloca as palavras certas em seus lábios, torna frutífera a sua fadiga”. Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja e estrela da Evangelização, acompanhe os missionários do Evangelho.

Vaticano, 6 de janeiro de 2012, Solenidade da Epifania do Senhor

A CRISE DA ÁGUA E A SEDE DE VIDA



Marcelo Barros, Monge beneditino e escritor
Adital


Na próxima semana, dia 22, a ONU celebra mais um dia internacional da água. Em vários países, devido à urgência do problema, as reflexões e eventos sobre esse dia tomarão toda a semana. De fato, estamos em situação de risco. O sistema de vida no planeta Terra está ameaçado e a água se torna o bem mais precioso. Hoje, 1,1 bilhão de pessoas já não têm acesso à água potável, e 2,4 bilhão de pessoas não têm saneamento básico. Cada ano, seis milhões de pobres, dos quais quatro milhões de crianças, morrem de enfermidades ligadas a águas contaminadas. Até o ano 2025, conforme um estudo da ONU, este problema afetará metade da humanidade.

Há diversos motivos para esta crise. O planeta Terra tem 75% de sua superfície ocupada por oceanos, mas a água doce representa apenas 2,5% deste total. No último século, a população mundial aumentou muito e na maioria dos países a urbanização se fez de modo descontrolado. É ao redor das 217 bacias fluviais internacionais que se concentra 40% da população da humanidade. Por causa do crescimento demográfico e da poluição, nos últimos 30 anos, os recursos hídricos foram reduzidos em 40%. Da água disponível que tínhamos, a humanidade acabou com 5000 Km2. E muitos, ainda se comportam como se a água fosse um bem inesgotável. Usam os recursos hídricos de modo irresponsável e injusto.

A água é um recurso natural limitado e pode acabar. Tem valor econômico e competitivo no mercado. Não pode ser desperdiçada (cada vez que se toma um banho com chuveiro aberto todo o tempo desperdiça-se mais água do que se usa). Quase todos os países atualizam legislações sobre a água. Em vários lugares, há conflitos entre povos por causa da água. Há quem diga que as guerras do futuro serão por causa de água. Organizações não Governamentais e movimentos populares defendem que a água não deve ser mercantilizada – ela é mais do que uma mercadoria – e menos ainda privatizada. A Pastoral da Terra declara: "Sendo a água constitutiva do ser humano, da vida como um todo e do meio ambiente, ela é um direito natural, patrimônio da humanidade, dádiva divina e não obra humana. Por isso, ela não pode ser reduzida a uma mercadoria e a um bem particular. E nenhum ser humano pode arrogar a si o poder de negar a qualquer semelhante ou ser vivo este bem essencial à vida”.

O cuidado com a água tem, então, motivos sociais e econômicos. Mas, a nossa relação com a água só mudará se aprendermos com as culturas religiosas antigas a nos relacionarmos com a terra e com a água de forma amorosa e espiritual. A Bíblia fala da água como símbolo do Espírito de Deus que derrama sobre o universo uma vida nova. Cuidar bem da água e defender os rios e fontes é uma forma de reconhecer a presença divina no universo, defender a vida e participar da Páscoa pela qual Deus "renova todas as coisas” (Ap 21, 5).

Nota:
(1) Quem quiser aprofundar mais este assunto, leia o livro: MARCELO BARROS, O Espírito vem pelas Águas, Ed. Loyola, Rede, 2003.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012