Histórico

A Paróquia Santo André, foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição, fundada em 20 de junho de 1971, tem como padroeiro o Apóstolo André, santo que a Igreja celebra sua memória no dia 30 de novembro, data de seu martírio. No dia 30 de novembro de 2014, Dom Redovino Rizzardo elevou à qualidade de paróquia, nomeando o primeiro pároco, o Padre Otair Nicoletti. A equipe de Coordenação do Conselho Comunitário de Pastoral - CCP está formada pelas seguintes pessoas: Coordenação: Laudelino Vieira, Paulo Crippa; Assuntos Econômicos: José Zanetti, Valter Claudino; Secretaria: Marcus Henrique e Naiara Andrade.

sábado, 26 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: SÁBADO 21,20-25

JOÃO 21,20-25 - QUEM AMA, APROXIMA AS PESSOAS DE JESUS
Preparo-me, com todos os internautas, para a Leitura Orante, recordando o que disse Bento XVI: “A oração é o caminho silencioso que nos conduz diretamente ao coração de Deus; é o respiro da alma que nos doa paz nas tempestades da vida”. Assim invoco o Espírito:
Espírito de verdade, a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre e compreenda o seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)
Que diz o texto do dia? 
Leio atentamente o texto: Jo 21,20-25, e observo pessoas, palavras, relações.
Então Pedro virou para trás e viu que o discípulo que Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava ao lado de Jesus durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto dele e perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui? 
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo! 
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?" 
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade. Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.Neste texto que é o final do Evangelho de João, é recordado o discípulo amado – João – como modelo dos seguidores de Jesus. O discípulo amado é aquele que também ama e, por amar, conduz as pessoas a Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Posso me comparar a João? Amo a Jesus e levo outras pessoas por este mesmo caminho?
Disseram os bispos em Aparecida: "O Espírito Santo, que o Pai nos presenteia, identificanos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos filhos seus e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais; e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida nEle”.(DAp 137. )

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade: 
Pai Nosso que estais nos céus.... e ao Espírito Santo:
Ao Espírito Santo ( pedindo-lhe os dons)
Ó Espírito Santo, 
por intercessão da Rainha de Pentecostes, 
cura a minha mente da irreflexão, ignorância, carências, 
dureza, prejuízos, erros, perversões, 
e concebe em mim a Sabedoria de Jesus- Verdade em tudo. 
Cura a minha sensibilidade da indiferença, desconfiança 
e más inclinações, paixões, sentimentos, afetos, 
e concebe os gostos, sentimentos, inclinações de Jesus-Vida, em tudo.
Cura a minha vontade da inércia, superficialidade, 
inconstância, inveja, obstinação, maus costumes, 
e concebe Jesus Cristo-Caminho em mim.
Eleva divinamente em mim: a inteligência com o dom do Intelecto, 
a sabedoria com o dom da Sabedoria, 
a ciência com o a Ciência, 
a prudência com o Conselho,
a justiça com a Piedade, 
e Fortaleza com o dom da Força Espiritual, 
a temperança com Temor de Deus.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é aquele sugerido pelos Bispos da América Latina: “O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a novamente se envolverem com ela.” (DAp 226,d).
Bênção Que Deus todo poderoso repouse sobre teus ombros e proteja todos os teus passos. 
Que o Filho de Maria habite em teu coração e que o Espírito Santo se derrame sobre ti.

Ir. Patricia Silva, fsp


sexta-feira, 25 de maio de 2012

CANTINHO DA CRIANÇA: TEATRO DE PENTECOSTES

Personagens: Catequista, Léo, Juquinha e os demais catequisandos.

Catequista: Bom dia crianças! Eu estou aqui pra contar pra vocês sobre o que nós celebramos hoje, e para isso eu vou contar com a colaboração de dois amiguinhos: o Juquinha e o Léo.
Juquinha: Oi crianças, eu ouvi a senhora falar que hoje nós celebramos um dia muito especial e eu sei que dia é esse...
Léo: Ah, sabe, sabe nada, você só fala besteira...
Juquinha: Eu sei sim, hoje é o dia dos namorados...
Catequista: É verdade, mas não era disso que eu estava falando não... Eu estava falando de algo muito especial, muito melhor que o dia dos namorados, e que hoje a igreja do mundo inteiro celebra: Pentecostes!
Léo: Pentecostes? Já sei: Pente, lembra penta é 5 vezes costes...eu só não sei o que é costes...
Catequista: Nada disso...
Juquinha: Há, há, há, você vive rindo de mim quando eu erro, agora é a minha vez...ha, há, há...
Catequista: Ah, você esta rindo? Então diga: o que é Pentecostes?
Juquinha: Pentecostes? Ora quem não sabe? Pentecostes?
Catequista: Sim, diga...
Juquinha: Pentecostes...essa é fácil, pergunta outra...
Catequista: Já vi que não sabe nada... Pois bem...então eu vou dizer pra vocês e pras crianças: Pentecostes é o dia em que celebramos a vinda do Espírito Santo de Deus sobre nós...sobre toda a terra...
Léo: Eu me lembro... Agora eu já sei... Foi quando Jesus foi para o céu ele enviou o Espírito Santo sobre nós...
Catequista: Muito bem, Léo, é isso mesmo...
Léo: Entendeu Juquinha?
Juquinha: É claro que sim. Tá me chamando de burro?
Léo: Eu não, que eu acho o burro um bichinho muito inteligente...
Catequista: Ninguém tem a obrigação de saber tudo... É por isso que a gente vem à missa, pra saber da vida de Jesus...
Léo: Eu sei um monte de coisa da vida de Jesus... Jesus viveu na terra há muitos anos atrás...
Juquinha: deve ser mesmo, que eu nunca o vi por ai...
Léo: Isso já tem uns dois mil anos... Ele viveu uma vida comum, trabalhado de carpinteiro, ajudando a mãe dele, Maria, e o pai dele, José...aí quando ele completou 30 anos ele saiu de casa...
Juquinha: Ele casou?
Léo: Que casou o que. Jesus nunca se casou...
Juquinha: Fez muito bem...
Léo: Ele saiu pelo mundo pregando a palavra de Deus, mas primeiro ele escolheu os doze apóstolos pra ajudá-lo nesta missão...
Juquinha: Missão? Então era uma missa maior que essa aqui?
Léo: Nada disso, a missão dele, ou seja, o que ele tinha que fazer era falar pra todo mundo a boa nova...
Juquinha: e qual era a novidade?
Leo: A novidade era a seguinte: agora com a vinda dele, o Cristo, as pessoas tinham que amar uns aos outros, quem levasse uma bofetada, tinha que dar a outra face, quem tinha duas túnicas tinha que dar uma pra quem precisava...
Juquinha: Ou tempo difícil este, ainda bem que já passou...
Leo: Passou nada, tudo o que Jesus disse serve pra gente até hoje... Nós aqui também devemos perdoar, amar, dividir, ajudar, ser amigo, ser bom...
Juquinha: Ah, então o pessoal deve ter gostado muito de Jesus, ele só falava coisas boas...
Leo: Gostou nada... Até mataram ele pregado na cruz...
Juquinha: Pregado numa cruz. coitadinho...
Leo: Mas depois de 3 dias ele ressuscitou.
Juquinha: Ele viveu de novo?
Leo: Viveu... Ficou 40 dias andando sobre a terra e depois foi de vez pro céu...
Juquinha: Então Jesus era um fantasma, que andava por aí...
Léo: Claro que não, ele tinha corpo... Mas era um corpo glorioso, lindo, sem machucado nem nada... então um dia, depois de 50 dias que havia ressuscitado, ele foi aonde os apóstolos estavam trancados por que tinham medo que acontecesse algo de mal com eles também.
Juquinha: Eles devem ter tomado um susto...
Léo: Que nada, eles se alegraram e aí Jesus soprou sobre eles o Espírito Santo...
Juquinha: E pra quê?
Léo: Ele soprou e disse: agora vocês vão sair por aí pregando o evangelho, perdoando os pecados e batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo...
Catequista: Que lindo Léo, gostei de ver... Você entendeu direitinho... Parabéns... Nós chamamos este dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo de Deus veio sobre a terra...
Juquinha: Eu sei por que Jesus fez isso?
Léo: Ah é? E por quê?
Juquinha: porque Jesus quando era uma pessoa ele andou por muitos lugares na terra, mas não conseguiu estar em todo lugar, mas o espírito santo de Deus pode estar em todos os lugares, ao mesmo tempo, por todos estes anos, porque ele não morre, não envelhece...
Catequista: é isso aí Juquinha, você também esta de parabéns! E você sabia que quando o espírito santo vem sobre nós ninguém consegue ficar parado, por isso depois os apóstolos saíram pelo mundo pregando a palavra de Deus...
Fim

VÍDEO: JOÃO PAULO II UM PAPA HUMANO



ARTIGOS: PENTECOSTES

"Todos ficaram repletos do Espírito Santo" (At 2,4).

Para entendermos bem o verdadeiro sentido do que foi e é a experiência de Pentecostes ("descida" da Espírito Santo sobre as comunidades) é bom partirmos da nossa realidade e focalizando o mapa do Brasil. Faz bem recordar a diversidade, complexidade e os contrastes, presente no nosso país. Por exemplo, o Brasil tem 8.511.965 Km2; extensão territorial de um continente; 27 estados, quase 5.500 municípios; Diversidade de culturas regionais; um caldeirão de igrejas e religiões "pra todos os gostos"; salário mínimo de R$ 622,00; Salário máximo beirando "as nuvens"; campeão em desigualdade social e distribuição de renda; 1% dos brasileiros possuem 48% da terra do Brasil; Poucos com terra (e riqueza) demais, enquanto a maioria sobrevive sem terra e na miséria; etc, etc. É bom levar no coração e na memória esta realidade brasileira para extrair o sentido em si de Pentecostes e acolher a mensagem que Deus quer nos comunicar através dos primeiros cristãos e cristãs.
Na festa de Pentecostes o Movimento de Jesus, depois da ressurreição, realiza o seu primeiro grande testemunho público em Jerusalém nos anos 30 a 32. Ali nasce a primeira comunidade cristã, sob a inspiração do Espírito Santo. Pentecostes é a primeira memorável aparição da comunidade cristã primitiva. Memorável, não somente porque recebiam a “promessa do Pai” (At 1,4) e o batismo no Espírito, mas era o momento de confrontar com todo o Israel reunido para a grande festa de Pentecostes. Aparecer publicamente empunhando pela primeira vez a bandeira do projeto de Jesus, executado a apenas 50 dias era um desafio enorme. 
Pentecostes marca o antes e o depois dessa comunidade. Antes, pessoas tremendo de medo, com esperança por um fio, dispersas e desunidas. Depois, pessoas corajosas, cheias de esperança, re-unidas, organizadas e articuladas. Os discípulos e as discípulas de Jesus caminharam com o mestre, unidos, da Galiléia a Jerusalém; A execução de Jesus foi "uma tragédia" que dispersou e "desuniu" o grupo, mas com a experiência da Ressurreição, pouco-a-pouco, o grupo foi se re-unindo, elaborando aquele trauma um Espírito novo e animador foi gradativamente contagiando o Movimento de Jesus.
Uma primeira questão a ser respondida é: Teve um único Pentecostes nas comunidades cristãs? Ou foram vários? No livro de Atos fala-se de vários Pentecostes: a) O do Movimento de Jesus, em Jerusalém (At 2,1-13); b) Outro Pentecostes em At 4,31; c) Em At 8,17 relata o Pentecostes dos Samaritanos. d) Em At 10,44-45 Lucas relata o Pentecostes dos pagãos. Estes recebem o Espírito ao ouvir a Palavra do apóstolo Pedro, antes de serem batizados; O Espírito sempre vai na frente; permeia toda a realidade, está em tudo, inunda e contagia tudo e todos; e) Na missão de Paulo o Espírito "desce" outras vezes sobre o povo. As pessoas movidas pelo Espírito começam a falar em línguas e a profetizar (19,4-6). 
Em diversas ocasiões Lucas relata o Espírito descendo sobre as comunidades para que se cumpra o desejo de Deus (e de Moisés): "Tomara que todo o povo de Javé fosse profeta e recebesse o Espírito de Javé!" (Nm 11,29).
1. Hoje também acontece Pentecostes. Na sua comunidade houve algum Pentecostes? Quando? Como? Por que você o chama de Pentecostes?
2. Vamos ler o texto: At 2,1-41. O texto inicia com a descrição de um fato (At 2,1-13). Em seguida, traz o resumo de um discurso que interpreta a mensagem do fato (At 2,14-36). Ele termina com a descrição de outro fato, no qual aparece o resultado da aceitação da mensagem na vida do povo (At 2,37-41).
3. No texto, onde Deus se manifesta? Como? A quem? Para quê? Qual a novidade nesta manifestação?
4. Qual a mensagem principal do símbolo das línguas de fogo? E do vento? Como esta mensagem pode ajudar-nos hoje a perceber a ação de Deus na vida e na história das nossas comunidades, em particular nas comunidades?
Pentecostes é uma festa onde mulheres e homens re-unidos agradeciam a Deus pelos frutos da terra, onde se lia o livro de Rute para confirmar o amor de Deus aos povos, onde se acolhia gente de todos os lugares. É numa festa destas que acontece a prometida dádiva do Espírito Santo (At 2,1-13). O lugar do Pentecostes é o coração dos primeiros cristãos. Coração entendido como razão e sentimentos integrados. 
Outra questão que merecer ser bem respondida é: Quem estava re-unido? Por dezenas de séculos foi colocado na cabeça do povo que o Espírito tinha descido sobre os 12 e Maria, a mãe de Jesus. Infelizmente esta foi uma interpretação reducionista que visava enfatizar a presença do Espírito Santo "quase" que só nos bispos, os "sucessores dos Apóstolos". Mas vamos tirar toda e qualquer mordaça da Bíblia e deixar que ela nos fale. Rastreando o primeiro capítulo de Atos concluímos que estavam re-unidos: “Os 11 e os demais: Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas” (Lc 24,10); Cléofas e sua esposa(1) (“os discípulos” de Emaús – Lc 24,13); “algumas mulheres, Maria, a mãe de Jesus, e seus irmãos” (Lc At 1,14); “Galileus” (At 1,11). É esse grupo, citado acima, especificado como "cerca de 120” (cf. At 1,15-26), que participa da Ascensão, do Pentecostes e que escolhe Matias, o substituto de Judas Iscariotes.

Pentecostes: um novo coração
Terminara os cinqüenta dias entre a Páscoa e Pentecostes. Jerusalém estava repleta de peregrinos. Todos teriam trazido as primeiras colheitas para serem ofertadas no Templo. A peregrinação até Jerusalém teria sido linda. Imagine grupos de pessoas caminhando juntos com cestos de uva, trigo, azeitonas, trigo, mel, etc. Sendo acolhidos em Jerusalém ao som de harpa, flauta e recitação de Salmos. Todos carregavam dentro de si o desejo de agradecer a Deus pelas primeiras colheitas e comemorar o “dom da Torá”, da Lei dada ao povo no monte Sinai tantos séculos atrás. Comemorar o recebimento da Torá era o mesmo que afirmar: no dia de sua revelação eu também estava lá. O ontem se torna hoje. 
Lucas descreve o acontecido em Pentecostes tendo na memória a narrativa do Sinai. Era preciso demonstrar que um novo Sinai estava acontecendo para legitimar a ação da comunidade de Jerusalém. Jesus teria dito para voltar a Jerusalém e lá eles receberiam o Espírito Santo. Pentecostes passa a ser o batismo da comunidade cristã, o qual lhe confirma na missão de ir para o mundo e evangelizar. No texto como temos em nossas Bíblias encontramos dois relatos unidos: um mais antigo (At 2,1-4.12-13) e um mais desenvolvido redacionalmente (At 2,5-11). O objetivo do primeiro relato é chamar a atenção para o fato carismático e apocalíptico de Pentecostes. At 1,1-4.12-13 coloca Pentecostes como um "falar em outras línguas", o que pode se referir Glossolalia ("falar em línguas") ou a Xenolalia (= falar em línguas estrangeiras). Já o segundo relato (At 1,5-11) é mais profético e missionário; aqui a beleza de Pentecostes está em que "cada um fala a sua própria língua" (por três vezes se repete esta expressão; cf. At 2,6.8.11) e todos entendiam. Quer dizer, a pedra de toque de Pentecostes é a comunicação que se cria entre pessoas e grupos diferentes, aonde cada um mantém sua própria "língua-cultura". O diferente é acolhido para enriquecimento; o outro não é visto como uma ameaça. A unidade se faz na pluralidade, na diversidade. 
Em Pentecostes Pedro fez um discurso para três mil pessoas que se aglomeram ao redor da casa onde estavam os "120" discípulos e discípulas. Não podemos afirmar que seja uma cifra exata. A comunidade de Atos quer com isso afirmar que a comunidade dos convertidos era tamanha que se podia chamá-la de massa. A multidão reunida provinha de 12 povos e 3 regiões. Basicamente estavam em Jerusalém três grupos: 1) Nativos do oriente (partos, medos e elamitas); 2) Habitantes do leste (Mesopotâmia), norte (Ásia), sul (Líbia) e os da Judéia, Capadócia, Ponto, Frígia, Panfília e Egito; 3) Estrangeiros (romanos judeus e prosélitos, cretenses – povo marítimo – e árabes – povos do deserto). Eloqüente é o fato que Lucas não menciona o território das Igrejas paulinas (Síria, Macedônia e Grécia). Curiosamente Roma é a última; realmente Roma, o coração do Império Romano, era "os confins do mundo" para os cristãos.
Os fariseus, saduceus, essênios e ... contavam o dia de Pentecostes de modo diferente. Debate que durou séculos. Segundo os Rolos do Templo, da gruta 11, os judeus de Qumrã celebravam 3 pentecostes: Festa das Semanas do Novo Trigo (50 dias após a Páscoa); do Novo Vinho (50 dias após a festa do Novo Trigo) e do Novo Óleo (50 dias após a Festa do Novo Vinho). Isto é, depois da Páscoa, de 50 em 50 dias tinha uma festa de Pentecostes por três vezes. Sendo uma das Festas a do Novo Vinho, podemos entender melhor a zombaria de At 2,13: “Eles estão bêbados” (cf. At 2,15). Lucas pode ter conhecido múltiplos Pentecostes entre os contemporâneos Judeus e fez alusão ao Pentecostes do Novo Vinho, quando fala mais propriamente do Pentecostes do Novo Trigo.
Lucas é o único a narrar sobre pentecostes no NT. Paulo era ciente do dom do Espírito Santo (cf. Gal 3,2), mas ele não fala de Pentecostes. O quarto evangelho fala do recebimento do Espírito Santo no dia do túmulo vazio (cf. Jo 20,22), mas não fala de Pentecostes.

(1) Cruzando as informações de Lc 24,13-35 com Jo 19,25-26 constatamos que "os discípulos de Emaús" se tratavam, na realidade, do casal Cléofas e sua esposa Maria. Está aqui mais uma vez as mulheres ajudando os homens a experimentar a Ressurreição de Jesus e em seus próprios corpos.

Frei Gilvander Luís Moreira, O.Carm

BÍBLIA: AS QUATRO COLUNAS DA COMUNIDADE CRISTÃ

Como deve ser uma comunidade para que seja sinal da vida nova trazida por Jesus? O Novo Testamento traz vários modelos. Nos Atos dos Apóstolos Lucas propõe um modelo de quatro ou pontos ou básicos quando diz: Eles perseveravam no ensinamento dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2,42). Eis as quatro colunas:

1ª Coluna: O ensinamento dos apóstolos: o novo quadro de referências
O ensinamento dos apóstolos é a nova interpretação da vida e da Bíblia a partir da experiência da ressurreição. Os primeiros cristãos tiveram a coragem de romper com o ensina­mento dos escribas, os doutores da época, e seguiam agora o testemunho dos apóstolos que eram considerados pessoas sem instrução (At 4,13). Eles consideravam a palavra dos apóstolos como palavra de Deus (1Tes 2,13). Ampliaram o conceito de Palavra de Deus!
A autoridade dos apóstolos não vinha da tradição ou da raça, nem do poder ou da força, nem de algum curso ou diploma, mas sim dos sinais realizados na comunidade (At 2,43; 4,33; 5,12.15-16), e das "ordens" dadas por Jesus ressuscitado: a Madalena, aos doze apóstolos, aos 120 discípulos, às mulheres, à multidão no Monte das Oliveiras (Mt 28,18-20; Mc 16,15; Lc 24,44-49; Jo 20,23; 21,17). No exercício desta autoridade, os apóstolos eram questionados pela comunidade (Gl 2,11-14; At 11,3) e deviam prestar conta (At 11,4-18).

2ª Coluna: A comunhão: o novo ideal da vida comunitária.
A comunhão indica a atitude de quem não se considera dono do que possui, mas tem a coragem de partilhá-lo com os outros (Rm 15,26; 2 Cor 9,13; Fm 6 e 17). Os primeiros cristãos colocavam tudo em comum a ponto de não haver mais necessitados entre eles (At 2,44-45; 4,32.34-35). Assim, cumpriam a Lei de Deus que diz: "Entre vocês não pode haver pobre!" (Dt 15,4).
O ideal da comunhão era chegar a uma partilha não só dos bens, mas também dos sentimentos e da experiência de vida, a ponto de todos se tornarem um só coração e uma só alma (At 4,32; 1,14; 2,46), a uma convivência sem segredos (Jo 15,15) que supera as barreiras provenientes de religião, classe, sexo e raça (cf Gl 3,28; Cl 3,11; 1 Cor 12,13).

3ª Coluna: A fração do pão: a nova fonte da vida comunitária.
A expressão fração do pão vem das refeições judaicas, onde o pai partilhava o pão com os filhos e com aqueles que não tinham o que comer. Para os primeiros cristãos a expressão lembrava as muitas vezes que Jesus tinha partilhado o pão com os discípulos e com os pobres (Jo 6,11). Lembrava o gesto que abriu os olhos dos discípulos para a presença viva de Jesus (Lc 24,30-35); o gesto do "amor até o fim" (Jo 13,1), a eucaristia, "a comunhão com o sangue e o corpo de Cristo" (1Cor 10,16), a Páscoa do Senhor (1Cor 11, 23-27), a memória da sua morte e ressurreição (1Cor 11,26) que garante a vida aos que se doam pelos outros.
A fração do pão era feita não na majestade do templo, mas sim nas casas (At 2,46; 20,7), o lugar da liturgia "em Espírito e Verdade" (Jo 4,23). Muitas vezes, porém, a realidade ficava abaixo do ideal. Paulo critica os abusos que ocorriam na comunidade de Corinto durante a Ceia do Senhor (1Cor 11,18-22.29-34).

4ª Coluna: As orações: o novo ambiente da vida comunitária.
Através da Oração, os cristãos permaneciam unidos entre si e a Deus (At 5,12b), e se fortaleciam na hora das perseguições (At 4,23-31). Faziam como Jesus que, pela oração, enfrentava a tentação (Mc 14,32). Quando perseguidos, eles rezavam os salmos e reliam o Antigo Testamento, provocando um novo Pentecostes (At 4,27-31). Os apóstolos tinham uma dupla tarefa: "permanecer assíduos à Oração e ao ministério da Palavra” (At 6,4). A Bíblia (a Palavra) era não só luz, mas também fonte de força.
Apesar de seguirem uma doutrina diferente da tradicional, os cristãos não rompiam com os costumes da piedade do povo, mas continuavam freqüentando o Templo (At 2,46). Eles eram conhecidos como o grupo que se reunia no pórtico de Salomão (At 5,12). Tinham a simpatia do povo (At 2,47).
Uma comunidade, cuja vida é marcada por estas quatro colunas, torna-se necessariamente missionária. Torna-se uma "cidade situada no alto da montanha" (Mt 5,14). Sua luz é visível em toda a região. Ela começa a irradiar a Boa Nova. Quanto mais fiel, tanto maior a irradiação! De fato, eles tinham a simpatia do povo (At 2,47; 4,33; 5,13), e os sinais e prodígios realizados pelos Apóstolos atraíam o povo e faziam crescer a comunidade (At 2,43.47; 4,33; 5,14-16). Realmente, a melhor maneira de evangelizar é viver em comunidade. Até hoje é assim! Nada melhor que viver em Comunidade Eclesial de Base!

Frei Carlos Mesters


quinta-feira, 24 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: SEXTA-FEIRA JOÃO 21,15-19

Estamos na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, de 20 a 27 de maio 2012 
Tema: Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo. (cf 1 Cor 15, 51-58).
Começamos nossa oração rezando pela unidade, com uma das Orações da Semana da Unidade: 
Deus Pai, Santo e eterno,
nós te agradecemos por chamar cada um de nós pelo nome.
Em ti vivemos, agimos e crescemos.
Rezamos pelas Igrejas e pelos cristãos do mundo inteiro.
Faze que vivamos sempre mais na fé
e no amor até chegarmos à unidade que tu desejas.


1. Leitura (Verdade)

O que a Palavra diz? 
Faço a leitura lenta e atenta, na Bíblia, do texto da Palavra do dia: Jo 21,15-19.
Quando eles acabaram de comer, Jesus perguntou a Simão Pedro: 
- Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros me amam? 
- Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! - respondeu ele. 
Então Jesus lhe disse: 
- Tome conta das minhas ovelhas! 
E perguntou pela segunda vez: 
- Simão, filho de João, você me ama? 
Pedro respondeu: 
- Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! 
E Jesus lhe disse outra vez: 
- Tome conta das minhas ovelhas! 
E perguntou pela terceira vez: 
- Simão, filho de João, você me ama? 
Então Pedro ficou triste por Jesus ter perguntado três vezes: "Você me ama?" E respondeu: 
- O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor! 
E Jesus ordenou: 
- Tome conta das minhas ovelhas. Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir. 
Ao dizer isso, Jesus estava dando a entender de que modo Pedro ia morrer e assim fazer com que Deus fosse louvado. 
Então Jesus disse a Pedro: 
- Venha comigo!
É a terceira vez que Jesus ressuscitado aparece aos discípulos. O diálogo com Pedro desperta várias reações: de reconciliação, depois que havia negado o Mestre por três vezes; de missão: “Tome conta das minhas ovelhas”. Pedro recebe esta missão especial na comunidade que sempre será o “rebanho” de Jesus.

2. Meditação (Caminho) 
O que a Palavra diz para mim? 
Sob a luz da verdade – Jesus está vivo! – e confia a Igreja aos apóstolos na pessoa de Pedro. Em que consiste “tomar conta do rebanho”? Os bispos, em Aparecida, falaram de “tarefas prioritárias” dos discípulos e missionários de Jesus: “O fato de ser discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos, n'Ele, tenham vida leva-nos a assumir evangelicamente e a partir da perspectiva do Reino as tarefas prioritárias que contribuem para a dignificação do ser humano e a trabalhar junto com os demais cidadãos e instituições para o bem do ser humano. O amor de misericórdia para com todos os que vêem vulnerada sua vida em qualquer de suas dimensões, como bem nos mostra o Senhor em todos seus gestos de misericórdia, requer que socorramos as necessidades urgentes, ao mesmo tempo que colaboremos com outros organismos ou instituições para organizar estruturas mais justas nos âmbitos nacionais e internacionais. É urgente criar estruturas que consolidem uma ordem social, econômica e política na qual não haja iniquidade e onde haja possibilidade para todos. Igualmente, requerem-se novas estruturas que promovam uma autêntica convivência humana, que impeçam a prepotência de alguns e que facilitem o diálogo construtivo para os necessários consensos sociais." .(DAp 384).

3. Oração (Vida)
O que a Palavra me leva a dizer a Deus? 
Meu coração já está em sintonia com todas as Igrejas cristãs que celebram a Semana de Oração pela Unidade. Faço com todos, a oração:
Senhor, reúne-nos todos em Cristo. Faze de nós tua morada.
Difunde sobre nós o teu Espírito para que nos aproximemos sempre mais de Jesus Cristo
e possamos dar testemunho da nossa vida e da nossa unidade nele.
Fortalece nossa ação em favor da paz e da reconciliação na Igreja e na sociedade.
Nós oramos por aqueles que não têm abrigo, refugiados,
que não têm alimento, não têm trabalho, não têm medicamentos, não têm paz.
Que possamos reconhecer e servir Cristo através daqueles que sofrem e passam necessidade.
Reúne-nos todos em Cristo. Faze de nós tua morada.
Ó Deus, com a fecundidade do teu Espírito animaste a vida e a missão dos primeiros discípulos e discípulas de Jesus. Ilumina com o mesmo Espírito os nossos corações, e acende neles o fogo do teu amor, para que sejamos testemunhas da tua Ressurreição. Pedimos isso em nome de Jesus, nosso Senhor. Amém!

4. Contemplação (Vida/Missão)
Passarei o dia com o olhar com fé voltado para a Igreja. Perceberei a ação de Jesus Ressuscitado em cada momento de meu dia.
Bênção

Que Deus todo poderoso repouse sobre teus ombros 
e proteja todos os teus passos.
Que o Filho de Maria habite em teu coração
e que o Espírito Santo se derrame sobre ti.
Amém.

CNBB: MENSAGEM MISSIONÁRIA AO POVO DE DEUS

“Como o Pai me enviou, assim eu vos envio” (Jo 20,21)

O Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB -, reunido em Brasília - DF -, de 22 a 24 de maio, saúda o povo de Deus, em todo o Brasil, neste tempo em que a Igreja vive um profundo momento missionário, preparando o 3º Congresso Missionário Nacional, que acontecerá nos dias 12 a 15 de julho próximo, em Palmas – Tocantins.
Com o tema “discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”-, o Congresso será uma ocasião propícia para refletir sobre a caminhada missionária em nosso país; celebrar as graças que recebemos; contribuir para um renovado impulso missionário; agradecer a criatividade e os sacrifícios dos que testemunham o Evangelho; e aprender a dialogar profeticamente com todos, indo além do mundo que nos rodeia, sem fronteiras para a nossa fé.
A cidade de Palmas, nesses dias, se transformará na casa da missão do Brasil. Pedimos que as comunidades, pastorais, associações, novas comunidades, os movimentos, organismos e serviços eclesiais se unam em orações por este grande evento, a fim de que o coração pulse, a consciência e a cooperação missionária cresçam sempre mais no ritmo da missão.
Como ser discípulo missionário de Jesus Cristo num mundo secularizado e pluricultural como o nosso? Esta é a reflexão que estamos fazendo nas assembleias, nos encontros e nos pré-Congressos que acontecem em todos os Regionais da CNBB.
Nestas últimas semanas de contagem regressiva para o Congresso, fiéis ao espírito das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que apresentam “a Igreja em estado permanente de missão”(DGAE 30-36) como uma das urgências pastorais, convocamos todas as forças missionárias a se envolverem neste processo, através da oração e de momentos celebrativos, do estudo do instrumento de trabalho e, particularmente, da escolha e do envio dos delegados de todas as Dioceses do Brasil.
Muitos já estão conectados com este Congresso através das redes sociais. Convidamos a todos, irmãos e irmãs, para acompanhar a preparação e a realização do Congresso Missionário Nacional através do site: www.pom.org.br/congresso.
A Igreja nasce da missão, vive da missão e está destinada sempre à missão. Esta é, portanto, o coração da Igreja, chamada a cumprir o mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda a criatura”(Mc 16, 15).
Que o Divino Espírito Santo, protagonista da missão, ilumine nosso Congresso; e a Virgem Maria, discípula missionária, inspire a Igreja a viver em estado permanente de missão.
Brasília, 24 de maio de 2012

Cardeal Raymundo Damasceno de Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

José Belisário da Silva 
Arcebispo de São Luis
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner 
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

ARTIGOS: MISSÃO COM INSPIRAÇÃO

“Inspiração”, esta palavrinha do nosso vocabulário, comumente empregada para caracterizar o trabalho de hagiógrafos, profetas, poetas e artistas, deverá servir agora para caracterizar o trabalho missionário da Igreja no Brasil. Nunca uma palavra é tão bem-vinda como esta, nesta contagem regressiva para o 3º Congresso Missionário Nacional. Quando falta inspiração no trabalho da Igreja, sobra transpiração. Este perigo é real. A fé sem inspiração é fé sem missão. Um dia sem inspiração é um dia sem missão e um dia sem missão é um dia sem inspiração. Sem inspiração facilmente caímos na rotina. Um dia sem inspiração e sem missão é um dia de cansaço, de enjoo, de fadiga e de tédio.
Concretamente, uma Igreja sem inspiração é uma Igreja sem missão. Missão sem inspiração é propaganda. Missão sem inspiração é como, para muita gente, um dia sem uma xícara de café. Café para mim é uma fonte de inspiração. Quando estou cansado, repetitivo e sem inspiração, tomo um gole de café e logo me vem a inspiração. Se até uma simples xícara de café faz a diferença no ser humano, imagine o que fará a inspiração divina, o sopro de Deus, a iluminação do Espírito na mente e no coração da Igreja missionária, como aconteceu com os escritores sagrados.
“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17). Sob este tipo de inspiração, João escreveu um belo texto sobre a missionariedade de Deus, nosso Pai e de Jesus, nosso Irmão. Jo 3,16 é o coração missionário da Bíblia, pois, revela o ardor e o amor missionário de Deus. Este texto é modelo para ação missionária da Igreja. Os agentes deste ardor missionário são o Pai que envia seu Filho ao mundo; o Filho, o enviado; o mundo como alvo; o amor como o propósito; e a missão: salvar o mundo.
Agora, inspirados por este texto, deveríamos nos perguntar: hoje quantos pais desejam ver seus filhos missionários e em missão? Quantos filhos obedecem aos desejos missionários de seus pais? E quantos dão o melhor que possuem para salvar o mundo? Deus, nosso Pai e Jesus, nosso Irmão, sob a inspiração do Divino Espírito Santo, são modelos de missionariedade.
O Brasil missionário, portanto, precisa muito desta inspiração para realizar este Congresso Missionário: inspiração para organizar o Congresso; inspiração para preparar os delegados; inspiração para realizar este Congresso. E Palmas precisa de inspiração para se preparar bem para acolher os missionários do Brasil, para participar e aplicar as lições do referido Congresso. Então, inspiração para os organizadores, os assessores e os delegados e inspiração para a Igreja hospedeira e para os hospedeiros.
Portanto, não se vive sem inspiração e sem missão. Precisamos rezar muito, o quanto antes, antes que seja tarde, pedindo inspiração: “livrai-nos, Senhor, de um dia sem inspiração e sem missão!” Lembro aquela frase da Prece Eucarística VI D: “Inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos...”
Não queremos nada e nem ninguém, neste Congresso, sem inspiração missionária, satisfeitos com o que já disseram e já fizeram pela missão. Estes são sinais de missão sem inspiração. Queremos um Congresso de pessoas inspiradas por Deus, que querem ser mais e fazer mais pela missão.

Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas - TO

quarta-feira, 23 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: QUINTA-FEIRA - JOÃO 17, 20-26

JOÃO 17, 20-26 - PARA QUE TODOS SEJAM UM E RECONHEÇAM O PAI
7a Semana da Páscoa
Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo nas proximidades de Pentecostes:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 17,20-26, e observo as palavras de Jesus na sua oração ao Pai.
Jesus continuou:
— Não peço somente por eles, mas também em favor das pessoas que vão crer em mim por meio da mensagem deles. E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste. A natureza divina que tu me deste eu reparti com eles a fim de que possam ser um, assim como tu e eu somos um. Eu estou unido com eles, e tu estás unido comigo, para que eles sejam completamente unidos, a fim de que o mundo saiba que me enviaste e que amas os meus seguidores como também me amas.
— Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do mundo. Pai justo, o mundo não te conhece, mas eu te conheço; e aqueles que me deste sabem que tu me enviaste. Eu fiz com que eles te conheçam e continuarei a fazer isso para que o amor que tens por mim esteja neles e para que eu também esteja unido com eles.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Aprendo de Jesus Mestre a orar ao Pai e faço minhas as suas intenções: pelos que vão crer e para que todos sejam um e conheçam o Pai. Como resposta generosa à oração do Senhor “para que todos sejam um” (Jo 17,21), os Papas nos tem incentivado a avançar pacientemente no caminho da unidade(..) Bento XVI abriu seu pontificado dizendo: “Não bastam as manifestações de bons sentimentos. Fazem falta gestos concretos que penetrem nos espíritos e sacudam as consciências, impulsionando cada um à conversão interior, que é o fundamento de todo progresso no caminho do ecumenismo”(DA 234).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade:
Senhor,
Faze-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade.
Conduze nosso olhar e ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos.
Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração, para que apreciemos a alegria de viver na unidade. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com Bento XVI também eu penso que “não bastam as manifestações de bons sentimentos. Fazem falta gestos concretos que penetrem nos espíritos e sacudam as consciências, impulsionando cada um à conversão interior, que é o fundamento de todo progresso no caminho do ecumenismo”(DA 234).

MENSAGEM: COISAS SIMPLES QUE FAZEM A DIFERENÇA



Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso de um hotel.
Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: “Bem-vindo!” Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.
No quarto, uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite começou a pensar que estava com sorte.
Mudou de roupa para o jantar, a refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo na lareira.
Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: “Sua marca predileta de café. Bom apetite!” Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café.
Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. “Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?” Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor.
Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal. Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemo-nos das pessoas.
O valor das pequenas coisas conta e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!

Reflexão: 
Na sua paróquia, comunidade, pastoral ou movimento, grupo há preocupação com a pessoa humana? Ou as prioridades são outras: reformas da igreja, salão, sala, embelezam o ambiente, capricha na decoração, na iluminação, mas pouco se interessa pelo principal que é o bem estar da pessoa?
Como estão sendo realizadas a acolhida das pessoas em sua comunidade? E o que tem feito às pessoas que chegam para morar no bairro, principalmente as famílias católicas? 
E o que tem feito para encaminhar uma pessoa que sai da comunidade, por força maior, em virtude de mudança? Faz uma carta de apresentação para que a família leve à sua nova comunidade?

terça-feira, 22 de maio de 2012

LEITURA ORANTE: QUARTA-FEIRA JOÃO 17,11b-19

JOÃO 17,11b-19 - JESUS REZA PARA QUE SEJA UM
7a Semana da Páscoa
Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo nesta preparação de Pentecostes:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 17,11b-19, e observo as palavras de Jesus na sua oração ao Pai.
Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um.Quando estava com eles no mundo, eu os guardava pelo poder do teu nome, o mesmo nome que me deste. Tomei conta deles; e nenhum se perdeu, a não ser aquele que já ia se perder para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem. E agora estou indo para perto de ti. Mas digo isso enquanto estou no mundo para que o coração deles fique cheio da minha alegria. Eu lhes dei a tua mensagem, mas o mundo ficou com ódio deles porque eles não são do mundo, como eu também não sou. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Assim como eu não sou do mundo, eles também não são. Que eles sejam teus por meio da verdade; a tua mensagem é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, eu também os enviei. Em favor deles eu me entrego completamente a ti. Faço isso para que, de fato, eles também sejam completamente teus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Aprendo de Jesus Mestre a orar ao Pai e faço minhas as suas intenções: rezo para que todos sejam um.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade:
Senhor,
Faze-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade.
Conduze nosso olhar e ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos.
Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração, para que apreciemos a alegria de viver na unidade. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Com os bispos reconheço:
“Faz mais de quarenta anos que o Concílio vaticano II reconheceu a ação do Espírito Santo no movimento pela unidade dos cristãos. Desde então, temos colhido muitos frutos. Neste campo, necessitamos de mais agentes de diálogo e melhor qualificados.”(DA, 231).

segunda-feira, 21 de maio de 2012

MENSAGEM: A HISTÓRIA DO LÁPIS

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
"Primeira qualidade:
Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade ".
"Segunda qualidade:
De vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor."
"Terceira qualidade:
O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça".
"Quarta qualidade:
O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."
"Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
Ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".
Assim na vida você deve deixar-se ser guiado pelas mãos que o acolhe, deixar-se ser moldado pelas mãos que precisem de você e por fim deixar sempre marcas que farão de você uma pessoa inesquecível na vida de outras pessoas.

LEITURA ORANTE: TERÇA-FEIRA JOÃO 17,1-11

JOÃO 17,1-11 - ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS
7a Semana da Páscoa
Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo nesta preparação de Pentecostes:
Espírito de verdade, a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre e compreenda o seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 17,1-11a, e observo as palavras de Jesus na sua oração ao Pai.
Depois de dizer essas coisas, Jesus olhou para o céu e disse:
- Pai, chegou a hora. Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo. Eu revelei no mundo a tua natureza gloriosa, terminando assim o trabalho que me deste para fazer. E agora, Pai, dá-me na tua presença a mesma grandeza divina que eu tinha contigo antes de o mundo existir. - Eu mostrei quem tu és para aqueles que tiraste do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti. Pois eu lhes entreguei a mensagem que tu me deste, e eles a receberam, e ficaram sabendo que é verdade que eu vim de ti, e creram que tu me enviaste. - Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste. Agora estou indo para perto de ti. Eles continuam no mundo, mas eu não estou mais no mundo.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Aprendo de Jesus Mestre a orar ao Pai e faço minhas as suas intenções: rezo em favor dos que seguem Jesus.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade:
Senhor,
Faze-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade.
Conduze nosso olhar e ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos.
Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração, que apreciemos a alegria de viver na unidade. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Com os bispos reconheço:
“Às vezes esquecemos que a unidade é, antes de tudo, um dom do Espírito Santo, e oramos pouco por esta intenção. “Esta conversão do coração e esta santidade de vida, juntamente com as orações particulares e públicas pela unidade dos cristãos, hão de ser considerado como a alma de todo o movimento ecumênico e com razão pode se chamar ecumenismo espiritual”( DA, 230).
Meu novo olhar é em direção da unidade dos cristãos.

MÊS DA BÍBLIA 2012: DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A PARTIR DO EVANGELHO DE MARCOS

A Bíblia, desde sempre, faz parte da caminhada do povo de Deus. “É nela que penduramos todo o nosso trabalho”, conforme nos ensina frei Carlos Mesters. A partir do Concílio Vaticano II, marco fundamental para o florescimento de uma Pastoral Bíblica da Igreja no Brasil, a Bíblia foi conquistando espaço e recuperando sua condição de valor fundamental na vida e na missão da Igreja.
No Brasil, o desejo de conhecimento e de vivência da Palavra fez surgir, com muito sucesso, a prática da leitura e reflexão da Bíblia nas famílias, nos quarteirões, nos círculos bíblicos, em grupos de reflexão, grupos de rua.
O Mês da Bíblia, criado em 1971 com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus e a difusão da Bíblia, também foi fundamental para aproximar a Bíblia do povo de Deus. Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficazmente para o crescimento da animação bíblica de toda pastoral.
Em continuidade a esta história, a Comissão Episcopal Pastoral Bíblico-catequética da CNBB definiu que, no Mês da Bíblia dos próximos quatro anos (2012-2105), serão estudados os evangelhos de Marcos (2012), Lucas (2013) e Mateus (2014), conforme a sequência do Ano Litúrgico, completando com o estudo de João em 2015.
Esta sequência repete a experiência feita entre 1997-2000, por ocasião da celebração do Jubileu 2000. O enfoque, agora, é outro. Visa reforçar a formação e a espiritualidade dos agentes e dos féis através do seguimento de Jesus, proposto nos quatro evangelhos. Está tanto na perspectiva de discípulos missionários e da Missão Continental, conforme nos pede a Conferência de Aparecida, quanto no esforço da Nova Evangelização proposta pelo papa Bento XVI.
Cada evangelho será relido na perspectiva da formação e do seguimento, destacando o que é específico de cada evangelista, bem como da comunidade que está por trás de cada evangelho.
No Mês da Bíblia deste ano de 2012, será estudado o evangelho de Marcos a partir do tema “Discípulos Missionários a partir do evangelho de Marcos” e do Lema “Coragem! Levanta-te, ele te chama!” (Mc 10,49).

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LEITURA ORANTE: SEGUNDA-FEIRA JOÃO 16,29-33

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Tema: "Todos seremos transformados pela vitória de nosso Senhor Jesus Cristo”
Este ano o tema está baseado na carta do apóstolo Paulo em 1ª Cor. 15. 51-58, pretende contribuir para que irmãos e irmãs de diferentes congregações se juntem em momentos únicos de partilha, comunhão e integração. Diz o texto bíblico: "Vou dar a conhecer a vocês um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final. Sim, a trombeta tocará e os mortos ressurgirão incorruptíveis; e nós seremos transformados. De fato, é necessário que este ser corruptível seja revestido da incorruptibilidade, e que este ser mortal seja revestido da imortalidade.O triunfo da vida. Portanto, quando este ser corruptível for revestido da incorruptibilidade e este ser mortal for revestido da imortalidacle, então se cumprirá a palavra da Escritura: “A morte foi engolida pela vitória. Morte, onde está a sua vitória? Morte, onde está o seu ferrão?” O ferrão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, queridos irmãos, sejam firmes, inabaláveis, façam continuamente progressos na obra do Senhor, sabendo que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor." Comecemos nossa oração rezando pela unidade:
Pai nosso que estás nos céus. Santificado seja o teu nome, venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu e o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 16,29-33, e observando como os discípulos dialogava com Jesus.
Então os seus discípulos disseram:
- Agora, sim, o senhor está falando claramente e não por meio de comparações. Sabemos agora que o senhor conhece tudo e não precisa que ninguém lhe faça perguntas. Por isso nós cremos que o senhor veio de Deus.
E Jesus respondeu:
- Então agora vocês crêem? Pois chegou a hora de vocês todos serem espalhados, cada um para a sua casa; e assim vão me deixar sozinho. Mas eu não estou só, pois o Pai está comigo. Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.
A assimilação prática dos ensinamentos de Jesus estão sendo assimiladas aos poucos pelos discípulos. O Mestre sabe que, apesar disso, os seus mais próximos seguidores, se dispersarão, o abandonarão na hora mais decisiva de sua vida, a sua Paixão. Os discípulos entendem intelectualmente, mas na hora de demonstrar isto na prática, abandonam Jesus. Mas, Ele, prevendo esta fraqueza, os anima, dizendo-lhes que mesmo na deserção dos amigos, Deus não o abandonará: "O Pai está comigo". E adianta-lhes: "vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Às vezes, também eu entendo a proposta de Jesus, sei quais são os caminhos de Deus, mas não os consigo viver no dia a dia. Quero renovar minha fé de que "o Pai está comigo" e, ciente de que Jesus venceu, eu também terei a vitória sobre qualquer mal.

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade:
Senhor,
Faze-nos perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade.
Conduze nosso olhar e
ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos.
Ensina-nos a expulsar todo desprezo de nosso coração,
para que apreciemos a alegria de viver na unidade. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, como o da minha Igreja, é ecumênico: "A compreensão e a prática da eclesiologia de comunhão nos conduz ao diálogo ecumênico. A relação com os irmãos e irmãs batizados de outras Igrejas e comunidades eclesiais é um caminho irrenunciável para o discípulo e missionário, pois a falta de unidade representa um escândalo, um pecado e um atraso do cumprimento do desejo de Cristo: "para que todos sejam um, como tu, Pai,estás em mim e eu em ti. E para que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste" (Jo 17,21) (DA, 227).

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