1. Importância das
visitas
- Jesus visitava o povo
- Suas visitas eram marcadas pela situação concreta
das pessoas
- Eram orientadas pelo sonho da vida plena...
A importância de viver bem a SEMANA MISSIONÁRIA
* Importância dos GESTOS
* Importância dos SÍMBOLOS
* O cuidado com a LITURGIA, as CELEBRAÇÕES...
* O Sacramento da CONFISSÃO
* O Sacramento da EUCARISTIA
* O Serviço do ACONSELHAMENTO
2. Como devem acontecer
as visitas missionárias
A visita é uma questão de amor. Quem ama de
verdade toma a iniciativa missionária e vai. Vai visitar e partilhar a alegria
de sua fé. Vai viver a vida de comunhão, de fraternidade numa comunidade de
irmãos.
Visitar as famílias é continuar o projeto de
Deus. É colocar o humano em contato com o divino e vice-versa, vivendo a
relação de comunhão à imagem da Trindade Santa.
A visita é sempre uma oportunidade de escutar o
que os outros têm a dizer como forma de construir a verdadeira partilha (cf. Lc
24,13-33).
A visita é sempre um ir à casa dos irmãos e
irmãs em nome de Deus (cf. Mt 26,17-19) com amor, carinho e afeto. É buscar
juntos uma maneira nova de ser, viver e conviver. São Paulo, pela visita de
Ananias, recupera a vista e descobre um novo objetivo em sua vida (cf. At
9,10-19).
As visitas às famílias serão realizadas com
maior sucesso se forem precedidas de alguns encontros com os visitadores e com
eles forem trabalhados os aspectos que as envolvem. Mas como todo o projeto das
Santas Missões Populares, as visitas não poderão ser reduzidas à mera técnica.
Faz-se necessário dar aos visitadores uma forte motivação bíblico-teológica. Em
outras palavras, é preciso refletir com eles a espiritualidade que envolve o
fato de adentrar a casa de alguém para levar-lhe a paz de Jesus. Conforme a
comunidade, as visitas poderão ser precedidas, por exemplo, de um retiro espiritual.
Antes da missão, a oração!
3, Objetivo das visitas
- Sondar, investigar os sinais do Espírito presentes na
realidade a ser visitada;
- criar condições para que as pessoas se manifestem,
revelando suas vidas e, assim, promover os valores que estão nas pessoas;
- valorizar a cultura dos diferentes grupos detectados nas
visitas;
- viver, na doação de si mesmo e na gratuidade evangélica, o
autêntico espírito missionário;
- conhecer a realidade das famílias e instituições;
- ouvir as necessidades e esperanças das pessoas;
- levar o Evangelho, com destaque ao serviço e à prática da
misericórdia;
- colocar a serviço das pessoas o que a comunidade tem para
oferecer;
- criar laços de amizade, canal de futuros engajamentos
evangelizadores;
- criar clima de união entre os moradores de uma rua,
prédio, quadra, vila;
- lançar as sementes de futuros grupos de reflexão, círculos
bíblicos;
- descobrir novas lideranças, despertar vocações.
4. Quem deve fazer as
visitas missionárias?
- Todas as pessoas (idosos, adultos, jovens e crianças)
motivadas e preparadas para este ministério das visitas missionárias, mesmo que
já atuem em outras pastorais ou movimentos e queiram ampliar sua ação;
- os agentes de pastoral, inclusive os padres, religiosos e
religiosas que se preparam para esse ministério.
5. Qualidades essenciais
dos visitadores
- Ser uma pessoa equilibrada, discreta e simpática.
- Ter uma vida cristã participativa na comunidade.
- Ter espírito de oração e doação.
- Ser pessoa estimada e otimista.
- Ter conhecimento da Doutrina Cristã e da Bíblia.
- Conhecer e amar a Igreja.
- Saber trabalhar em equipe.
- Conhecer os trabalhos e os recursos da diocese, paróquia e
comunidade que poderão ser apresentados aos visitados.
- Conhecer os fundamentos bíblicos das visitas.
- Ser discreto e ter capacidade para manter a mais completa
discrição sobre o que ficar sabendo nas visita.
- Ter o mínimo de perspicácia para perceber quando está
ajudando e quando está se tornando inoportuno.
- Ter o carinho do “Bom Pastor”, sendo acolhedora e
compreensiva.
- Saber dialogar e respeitar as diferenças.
- Saber escutar com paciência as críticas e esclarecer os
possíveis mal-entendidos.
- Ouvir mais que falar.
- Ser simples e claro.
- Adaptar-se aos horários das pessoas.
6. Postura dos visitadores
- na medida do possível, entrar em todas as casas onde
houver acolhimento;
- observar bem o ambiente para saber como agir;
- em caso de situações mais difíceis (doença, fome,
conflitos ...), fazer o que estiver ao alcance e tentar envolver também os vizinhos,
criando assim uma corrente de solidariedade;
- se encontrar casas fechadas, voltar depois ou deixar o
recado com os vizinhos;
- entrar nos bares, lojas, escritórios, bancos... se houver
condições, dando uma mensagem ou, pelo menos, abrir o convite para os
encontros, orações, celebrações;
- entrar nas casas de pessoas de outras igrejas ou grupos
religiosos, se houver condições favoráveis e acolhimento, procurando sempre
evitar conflitos desnecessários;
- nunca perder de vista que os missionários/as são
mensageiros da paz, da justiça e testemunhas do amor de Jesus;
- criar atitudes de diálogo, de entrosamento, de
solidariedade;
- onde for possível, ler um trecho da Bíblia, entoar um
canto, fazer uma oração, dar uma bênção...
- se a comunidade julgar conveniente, os visitadores poderão
ter alguma identificação: camiseta, cruz, Bíblia. Não se esquecer, porém, que o
que mais identifica um visitador cristão é a sua atitude.
7. O que e a quem
devemos visitar?
- a todas as famílias e instituições como escolas, fábricas,
sociedades de amigos do bairro, igrejas de outras confissões, hospitais,
centros comerciais, mercados...
- de modo preferencial, a todos os que passam por momentos
difíceis como os doentes, os desempregados, os enlutados, os que vivem
solitários, os portadores de câncer, as pessoas que estão na prostituição, os
marginalizados, os presos, os sofredores de rua...
- as famílias que estão vivendo momentos importantes como
espera e o nascimento de um bebê ou celebram bodas, noivados, casa nova...
8. Momentos da Semana Missionária
I – ANTES
* Formar uma Equipe Paroquial para pensar –
organizar a Semana Missionária
* Convocar os missionários e as missionárias
* Marcar e organizar um encontro preparatório de
formação para os/as missionários/as
* Mapear o território onde serão realizadas as
missões (visitas)
* A comunidade poderá preparar um folder, cartão,
cartaz, um sinal sensível, contendo:
- o endereço da comunidade e os horários de celebrações e
outras funções comunitárias;
- uma relação de programas católicos nas rádios e TVs; uma
relação de revistas e jornais católicos;
- oração pelas famílias;
- se a família manifestar-se favorável, os visitadores
poderão benzer a casa e as pessoas, deixando uma lembrança.
* Planejar e organizar a Celebração de Envio
* Definir (por afinidade, sorteio) as duplas
missionárias
II – DURANTE
Sugestão para visita e bênção das casas
Cada missionário/a organize-se conforme a situação.
O importante são as atitudes. O esquema pode ser o seguinte:
- Saudação
- Partilha da vida
- Clima de oração
- Leitura da Palavra de Deus
- Oração
- Bênção da casa.
Ao ser recebido na porta, identificar-se e dizer em poucas
palavras, e com bondade, o sentido da visita.
1- Se convidados a entrar, saudar os que estão na casa, um
por um. Procurar gravar o nome das pessoas. Criar um clima espontâneo, aberto.
Ter postura humilde, de respeito e atenção.
2- Recordação da vida com partilha de notícias pessoais,
familiares, locais, nacionais, mundiais, conforme o interesse. Falar do
trabalho missionário que estão fazendo; do por que e dos objetivos. Saber
escutar, valorizar opiniões diferentes, visando sempre à construção de relações
fraternas e transformadoras.
3- Quando possível, criar um clima de oração. Mostrar a
beleza da oração e da bênção das casas. É a visita de Deus ao seu povo querido.
4- Pode-se orar da seguinte maneira: “Em nome do Pai... A graça e a Paz
da Trindade Santa estejam com os que moram nesta casa”.
5- Momento de silêncio e pequena oração: “Ó
Deus, Pai de todos nós, aqui estamos na casa de ... Que a nossa visita seja um
sinal da Vossa presença. Ajudai-nos a ter um coração aberto, para sentir e
ouvir vossa santa vontade. Por Cristo Nosso Senhor. Amém”.
6- Leitura de algum texto do Evangelho, conforme o evangelho
do ano litúrgico (Mateus) ou as circunstâncias (por exemplo, lembrar alguma
visita de Jesus: Lc 19,1-10; Lc 10,38-42; Mc 1,29-31; Mt 9,9-13; Jo 3,1-8).
Pequeno comentário partilhado: O que está nos dizendo esse texto? Quais as
luzes e apelos?
7- Oração espontânea.
8- Oração da bênção. Estender as mãos sobre os que moram na
casa.
Oremos
Pai santo, abençoai os que moram nesta casa e os que aqui
chegarem. Acompanhai-os quando saem de casa; que eles voltam guiados pela vossa
mão. Que esta casa seja acolhedora, aberta e aconchegante. Que a vossa bênção
traga paz, vida, saúde e perdão aos seus moradores. Que reine e cresça o amor
entre nós, e que um dia cheguemos todos à morada eterna. Por Cristo Nosso
Senhor. Amém.
10- asperge água benta nos cômodos da casa.
11- Pai-Nosso. Abraços. Pode-se fazer algum convite.
Sugestões de bênçãos
Benção da água
Senhor, nosso Deus, dignai – vos abençoar esta água, criatura
vossa, que será aspergida sobre nós, para que seja um sinal da vossa graça,
recordando a água do batismo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
Benção da casa (I)
Senhor Jesus Cristo, fazei entrar em nossa casa a felicidade
sem fim, a alegria serena, a caridade benfazeja, a saúde duradoura e o amor que
santifica.
Retirem – se todos os males e que a paz reine em nossos
corações. Desapareça de nossa casa a discórdia, os ciúmes e a falta de amor.
Manifestai, Senhor, o poder de vosso nome e abençoai esta
casa. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém! (aspergir a casa com
água benta).
Benção de casa (II)
Bendito sejais, Deus, nosso Pai, por esta casa que concedeis
para habitação desta família. Que a vossa benção permaneça sobre ela e que o
vosso Espírito Santo penetre os corações e as vidas de seus moradores, fazendo
– os arder em amor por vós e pelo próximo. Que todas as pessoas, que por aqui
passarem, encontrem o acolhimento da bondade, do amor e da paz que vem de vós.
Nós vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e nosso irmão, na unidade do
Espírito Santo. Amém! (aspergir a casa com água benta).
Benção de pessoa
enferma
Senhor nosso Deus, que enviastes o vosso Filho ao mundo para
carregar as nossas enfermidades e levar sobre si as nossas dores, nós vos
suplicamos por estes vossos filhos enfermos, para que, com a paciência
fortalecida e a esperança renovada, superem a doença por vossa benção e voltem
a gozar saúde por vossa ajuda. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Benção de criança
enferma
Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que vos
dignais velar com piedade pelas vossas criaturas e dais a todos saúde de corpo
e de alma, livrai da enfermidade estas crianças, a fim de que, por todos os dias
da vida, crescendo em graça e sabedoria diante de vós e dos homens, vos sirvam
em justiça e santidade e rendam graças à vossa misericórdia. Por Cristo, nosso
Senhor. Amém!
Benção de pessoa
idosa
Senhor Deus de amor, que transmitistes a estes vossos filhos
longa vida, dignai-vos comunicar – lhes vossa benção. Que eles vos sintam
sempre a seu lado. Olhando para o passado, alegrem – se com vossa misericórdia,
e vendo o futuro, perseverem na santa esperança. Por Cristo, nosso Senhor.
Amém!
Benção da família
Ó Deus, criador e misericordioso salvador do vosso povo, vós
quisestes fazer da família, constituída pela aliança nupcial, o sacramento de
Cristo e da Igreja; derramai copiosa benção sobre esta família, reunida em
vosso nome, a fim de que os que vivem num só amor possam, com fervor e
constância na oração, ajudar-se uns aos outros em todas as necessidades da vida
e mostrar sua fé pela palavra e pelo exemplo. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!
Benção geral
“O Senhor nos abençoe. Encha nossos pés de danças nossos
braços de força. Cumule nossos corações de ternura e nossos olhos de alegria.
Povoe nossos ouvidos de música e nosso nariz de perfume. Inunde nossa boca de
júbilo e nossa alma de prazer. Conceda-nos os dons do deserto: silêncio, água
pura e confiança. Infunda, sem cessar em nós nova energia para dar rosto à
esperança. O Senhor nos abençoe”.
III – DEPOIS
Avaliação e partilha da
pós-visita
- necessidades manifestas pelas
pessoas visitadas;
- expectativas das pessoas
visitadas em relação ao bairro, à comunidade e à religião;
- partilhar em grupo ou em
comunidade as experiências das visitas, sem nunca entrar em detalhes sobre a
vida dos visitados, dando atenção aos seguintes
pontos:
* dados positivos
percebidos;
* o que deu certo e o
que não foi tão bom;
* o que se pode fazer
para melhorar.
* encaminhar para
soluções de algumas situações encontradas durante as visitas