08/06/2012 15h46
Sergipano “Zé Passarinho” um dos baluartes do Jardim Santo André
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Maryuska Pavão
Segundo “Zé Passarinho”, o pai que era dono de um bar, que existe até hoje e é comando pelo irmão, durante a década de 60, alguns moradores foram até ao bispo Dom Carlos Schmitt, solicitar a criação de uma capela no bairro. Com o parecer favorável, foi solicitado pelo bispo que os moradores conseguissem um local para tal finalidade.
Com dois terrenos doados por Austrílio Ferreira de Souza, um grupo de moradores retornou ao bispo solicitando a autorização para a construção da igreja. Após o aval do bispo eles, começaram a idealizar a parte mais difícil, colocar as “mãos na massa” e levantar a capela.
Primeira Diretoria: José Altino, Moacir, Vicente, Antonio.
Durante esse período integrantes da comunidade formaram a primeira diretoria do bairro, que também trabalhava diretamente com as ações da igreja, na época apenas uma capela, e tinha como membros as seguintes pessoas: Moacir Djalma Barros, José Altino dos Santos, Tsutomia Motomia, Vicente Ferreira de Almeida, Antonio Francisco dos Santos e Romeu Martins de Almeida.
José Altinho Filho nasceu e cresceu no bairro e em relatos, conta que viu muitas vezes o pai e os outros integrantes da diretoria reunidos planejando melhorias no bairro e na igreja que ainda não tinha saído do papel. “Como era crianças me lembro das reuniões que eles realizavam, bem como das grandiosas festas que faziam, tudo era para levantar fundos e ajudar a construir a igreja, todos era muito companheiros, amigos e era uma das melhores comunidades da cidade.” disse.
Além das festas José Altinho Filho, contou que após alguns anos, ele já estava maior, e acompanhava o pai em visitas aos comércios, olarias e madeireiras para conseguir doações para a construção da Igreja. “Um fato curioso é que o cascalho era recolhido na beira das estradas, a cada domingo, montava-se um mutirão de homens que iam buscar de caminhão, a areia, e ela era recolhida na beira da estrada, na época buscava-se principalmente na estrada que ligava Dourados à Ponta Porã, mas foram momentos engraçados, e quando voltavam as mulheres estavam reunidas fazendo a refeição para os que estavam trabalhando na contrução.” relatou, acrescentando ainda que “toda a comunidade ajudou, adultos, jovens e crianças, posso afirmar que a nossa capela tem a ajuda de muita gente, de muitas famílias e hoje é uma realidade para todos” disse.
Em 1971, o local servia aos moradores como extensão da Escola Joaquim Murtinho, Mobral, do Clube de Mães. Neste mesmo ano mais exatamente dia 20 de junho domingo, às 16 horas o bispo Dom Teodardo Leitz presidia a primeira missa no bairro. A partir desta data, o frei Eucário Schimit atenderia a mais nova comunidade da paróquia, a Comunidade Santo André.
Zé Passarinho relembra com grande felicidade, em tudo que foi construído pela comunidade, mas lembra principalmente do pai, o “Passarinho”, dos muitos finais de semana dedicado na construção da igreja, nas reivindicações por melhorias no bairro. “Meu pai se uniu com os moradores e todos por um mesmo ideal, com esforço e trabalho, se doaram e levantaram a igreja e boa parte do Bairro Santo André, que hoje é um lugar agradável de se viver” finalizou.
José Altino Filho contou que por volta dos anos 90 após o pai falecer, foi elaborado um projeto na Câmara de Vereadores pedindo que a rua tivesse o nome de seu pai, mas por fim não foi aceito
Fonte: http://www.douradosnews.com.br/cultura-lazer/sergipano-ze-passarinho-um-dos-baluartes-do-jd-santo-andre
Fonte: http://www.douradosnews.com.br/cultura-lazer/sergipano-ze-passarinho-um-dos-baluartes-do-jd-santo-andre
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